Se existe escola que demonstra bem atualmente a importância e o sucesso do ensino híbrido ou online é a Les Roches. Pedro Martins, Les Roches educational counselor Portugal, faz um balanço positivo do ensino à distância. “Os Executive Programs são um bom exemplo da relevância do ensino híbrido e da eficácia das plataformas disponibilizadas pela Les Roches aos seus alunos, com o objetivo de tornar o ensino à distância tão bom como o presencial, apesar de a presença no campus ser sempre mais frutífera, pelo contacto e experiência. E o feedback foi excelente, permitindo elevar ainda mais a plataforma Connect”, sublinha.
O responsável da escola hoteleira explica que estes programas de aprendizagem à distância de nove a 12 meses “estão divididos em diferentes módulos, permitindo aos participantes estudar sem interromper a sua carreira e equilibrar a atividade profissional em ritmo acelerado com uma aprendizagem aprofundada, o que é perfeito para este tipo de estudantes”. Pedro Martins acrescenta que o módulo de aprendizagem presencial é “condensado, intensivo e visa alargar os horizontes através de visitas de campo aos bastidores de marcas de prestígio e operadores inovadores em destinos de hospitalidade de última geração na Suíça, Londres, Espanha e Dubai”. “Os principais objetivos destes programas incluem networking e a ligação com peritos e pares do setor.”
Um sucesso sem fronteiras
Os bons exemplos sucedem-se. Outro caso de sucesso é o ISVOUGA, onde os cursos para executivos ministrados via digital já existem há algum tempo. Adelina Portela, diretora do ISVOUGA, recorda que ainda antes da pandemia este tipo de formação já compatibilizava o ensino presencial com outras metodologias, designadamente de e-learning e ensino à distância. “Os sucessivos confinamentos decorrentes da pandemia vieram nalguns casos obrigar ao ensino à distância e noutros influenciar nesse sentido. Exemplo deste último caso é o curso de especialização avançada em Direito do Trabalho, que funcionou exclusivamente à distância e com grande êxito, permitindo atrair formandos de todo o país, desde o Algarve, zona de Lisboa, até às ilhas, bem como do estrangeiro.”
Perguntámos igualmente aos responsáveis da Católica-Lisbon e da Católica Porto Business School que balanço fazem dos formatos de ensino híbrido e 100% online? E que feedback têm recebido dos gestores?
Comecemos por Céline Abecassis-Moedas, diretora da Formação de Executivos da Católica-Lisbon, que diz que, atualmente, além dos programas online e blended, todos os programas da sua escola “podem ser ministrados em formato digital, incluindo os programas de formato presencial”. “Foi uma inovação necessária que abriu a porta a que qualquer participante não tenha de perder acesso a uma sessão por não poder, por motivos justificados, marcar presença em sala. Isto permitiu-nos estabelecer ligações com participantes por todo o mundo, incluindo muitos antigos alunos de referência que não estão em Portugal, o que enriqueceu a heterogeneidade dos grupos e a experiência dos nossos participantes executivos em sala”.
Por sua vez, Carlos Vieira, diretor executivo para a Formação Executiva da Católica Porto Business School (CPBS), relembra que o ensino híbrido foi muito importante na fase da pandemia, em que as limitações de saúde pública impunham um modelo que não prejudicasse os alunos. Após este período de evolução, a CPBS entendeu que “os modelos híbridos não são os melhores para todas as partes envolvidas”. “Assim, estamos a privilegiar o modelo blended em que cada equipa pedagógica de cada curso define as unidades curriculares que serão dadas exclusivamente em formato presencial ou online. Também temos alguns cursos exclusivamente online que têm funcionado muito bem. Destaco o curso geral de Fiscalidade e o curso internacional Globally Responsible Leadership for Sustainable Transformation, em parceria com outras seis universidades de quatro continentes.”