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As empresas que participam em programas de formação adequada às suas realidades são mais competitivas

Bons gestores e formação à medida dão origem a um tecido empresarial com maior competitividade, mas também com mais qualidade de produção e melhores serviços prestados.

16 de Maio de 2022 às 17:47
João Pedro Guimarães, secretário-geral da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP)
João Pedro Guimarães, secretário-geral da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP)
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Para termos um país mais desenvolvido, com uma economia forte e um tecido empresarial apto a responder às constantes mudanças é obrigatório ter gestores competentes, formados em bons cursos executivos. Isto é evidente. Mas para percebermos melhor a importância que os empresários, os executivos e os gestores têm no crescimento da atividade económica e social de Portugal, entrevistámos João Pedro Guimarães, secretário-geral da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP).


Passados mais de dois anos, estamos a sair de uma pandemia. Como se encontra atualmente o tecido industrial e empresarial em Portugal?
Estamos a atravessar um período muito conturbado e de grandes incertezas, mas uma das características das empresas portuguesas é a resiliência e a extraordinária capacidade de conseguirem ultrapassar momentos difíceis. As empresas estão ainda a sofrer os danos decorrentes da pandemia e agora têm de lidar também com os efeitos de uma inesperada guerra na Europa, em especial com a subida dos custos da energia, com a inflação e nalguns casos com uma maior dificuldade no acesso a matérias-primas. 

No que respeita às empresas exportadoras, e segundo o INE, o primeiro trimestre de 2022 registou um aumento em 18,7%, em relação ao período homólogo. Comparando com o 1º trimestre de 2020, registaram-se acréscimos de 26,2% nas exportações e face ao 1º trimestre de 2019, o aumento foi de 22,0%. Pela análise destes números podemos ter uma perspetiva otimista de que 2022 será um ano positivo para a grande maioria das empresas exportadoras portuguesas. No entanto, e pelo período muito conturbado e de grandes incertezas que continuamos a viver, nomeadamente com os elevados custos energéticos, a inflação, a falta de mão de obra, a dificuldade no acesso a matérias-primas e os custos de transporte elevadíssimos, podemos afirmar que o tecido industrial e empresarial em Portugal está naturalmente muito apreensivo em relação ao futuro.


Quais são os principais desafios e oportunidades das empresas em Portugal?

As empresas enfrentam um período particularmente desafiante, os gestores têm de estar preparados para novos cenários e modelos de negócio enquadrados nas áreas da digitalização e da sustentabilidade. A sua evolução depende de uma aposta na tecnologia e também nas pessoas para qualificar os recursos de novas competências digitais, sem esquecer a inovação, para poderem oferecer produtos e serviços diferenciados, que é essencial para manterem a sua competitividade. 

Com a quase total abertura de todos os mercados internacionais, face às restrições vividas durante a pandemia, torna-se fundamental que as empresas apostem novamente em dotar as suas equipas e estruturas de meios para abordar de uma forma transversal, robusta e com mais constância estes mesmos mercados. A digitalização é crucial, mas tem de ser acompanhada com contactos e promoção presencial nos mercados, cada um com a sua especificidade e com oportunidades que são apenas possíveis de alcançar se estivermos regularmente nestes países. A economia nacional necessita de uma maior diversificação dos mercados de exportação, para não estarmos tão dependentes dos 4-5 principais países de exportação portuguesa. A CCIP tem apostado em ações concretas em mercados tão distintos como o Quénia, os Países Bálticos, o Egito, o Azerbaijão, a Arábia Saudita, o México, entre tantos outros países que têm contribuído para um aumento desta diversificação territorial a nível internacional.

"Os gestores têm de estar preparados para novos cenários e modelos de negócio enquadrados nas áreas da digitalização e da sustentabilidade."

Os gestores que frequentem programas de formação executiva podem ajudar as empresas de maior dimensão e as PME portuguesas nestes desafios e oportunidades que apontou e torná-las mais competitivas? 

Acreditamos que as empresas que se permitem participar em programas de formação adequada às suas realidades apresentam resultados de maior competitividade, mas também mais qualidade de produção e melhorias nos serviços prestados. Isso deve-se essencialmente à realização de formação à medida, pois a CCIP, enquanto conhecedora da realidade atual das empresas e dos seus desafios e necessidades diárias, ajuda a construir soluções únicas e desenhadas à medida, não só das empresas de maior dimensão, como também das PME portuguesas, para que estas possam estimular o desenvolvimento eficaz das competências dos seus gestores, das suas equipas. 

Num estudo que a CCIP realizou em 2021, aquando do levantamento de necessidades de formação, verificou-se que a procura por ações de formação estava diretamente relacionada com o contexto pandémico da altura, na medida em que a área de formação mais solicitada foi a comportamental e do desenvolvimento pessoal. Para solucionar os desafios é mais vantajoso para as organizações formarem mais pessoas em áreas como liderança, gestão do tempo, gestão de conflitos, gestão de equipas, e não só, através desta modalidade.

"A sua evolução [das empresas] depende de uma aposta na tecnologia e também nas pessoas para qualificar os recursos de novas competências digitais, sem esquecer a inovação."

Outro grande benefício da modalidade de formação à medida é que esta possibilita reduzir os custos globais com a formação e o retorno do investimento traduz-se em transformar os desafios em oportunidades, sendo que esse retorno será sempre garantido em benefício da própria empresa.


Os associados da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa podem ver as suas empresas desenvolverem-se mais por terem nos seus quadros gestores que frequentaram este tipo de formação em escolas de referência?

Isso para nós é muito claro. A CCIP é uma entidade formadora certificada pela DGERT em cinco áreas: desenvolvimento pessoal, gestão e administração, marketing e publicidade, comércio e direito. Este facto per se já a torna credível, contudo, o que nos faz ser entidade de referência no panorama da formação profissional é sobretudo a experiência de mais de 180 anos de relações com gestores, executivos, empresários e empresas portuguesas. O facto de a CCIP ser mais antiga do que a fundação de algumas instituições de ensino do país permite-nos ter a capacidade para fazer a ponte entre os diversos agentes do panorama empresarial nacional e estimular a formação especializada desses executivos.


A CCIP também tem uma pós-graduação em Gestão Aplicada para Gestores de PME. Pode falar-me um pouco desse programa? 

É sempre um enorme orgulho para a CCIP falar sobre este programa executivo de formação para gestores de PME e microempresas, que já está na 3ª edição. Criada pela Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, em parceria com a Nova SBE, a pós-graduação em Gestão Aplicada para Gestores de PME visa aprofundar os conhecimentos e competências nas várias áreas de gestão de uma empresa e, apesar de ser uma formação de nível pós-graduada, abriu este ano novamente a possibilidade à participação de gestores não licenciados. Este facto é sinónimo desta flexibilidade e do enorme respeito pelos empresários que procuram ter uma visão abrangente das principais áreas de gestão dos seus negócios, identificar as melhores práticas e as ferramentas que permitam ganhos de competitividade e crescimento. 

"Outro grande benefício da modalidade de formação à medida é que esta possibilita reduzir os custos globais com a formação e o retorno do investimento traduz-se em transformar os desafios em oportunidades."

A abrangência desta experiência constrói-se através do acompanhamento de um painel de 11 especialistas e docentes da Nova SBE e oradores convidados, case studies, workshops, role plays e debates, que ocorrem sempre em modalidade presencial, mesmo em tempos de pandemia. Esta 3ª edição teve início em março e decorrerá até julho, num total de 144 horas, abrangendo 13 grandes áreas de estudo.

Em 2022 e pelo 3º ano consecutivo, a YUNIT Consulting afirma a sua ligação a esta iniciativa, à qual se juntou também a Softfinança pelo 2º ano, cujos patrocínios permitiram um maior apoio à concretização dos nossos objetivos com esta formação.

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