Na Baker Tilly, consultora que presta serviços de auditoria, "outsourcing", consultoria fiscal, corporate finance, incentivos e formação no mercado nacional, desde 2009, defende-se o "fit" entre as necessidades e a oferta formativa como um dos maiores desafios para as PME. Segundo João Aranha, "partner", "deve existir mais oferta de formação à medida, e os aspectos relacionados com as áreas de inovação, qualidade e eficiência devem ser prioridades". E só faz sentido existir formação para executivos quando esta está alinhada com as necessidades do negócio. Sem dúvida, é o "know-how" apreendido na formação que vai permitir a superação dos desafios e a procura de oportunidades no normal decurso de cada negócio. A natureza de cada negócio origina riscos mais ou menos relevantes em áreas diferentes. João Aranha salienta que a formação deve estar preparada para capacitar os gestores a saberem identificar esses riscos e aprontar caminhos de solução. "Num sector de capital intensivo, os conhecimentos na área financeira serão mais importantes e, por exemplo, numa empresa tecnológica os conhecimentos de 'digital management', inovação ou protecção de dados serão mais relevantes", remata.
Do ponto de vista de oferta de cursos, a procura por parte dos executivos, ao nível das PME, está, segundo o "partner" da auditora, mais focada na gestão. "As nossas PME necessitam de formação em áreas como estratégia empresarial, organização de processos, 'corporate governance', gestão de riscos, gestão comercial, qualidade e inovação", refere, acrescentando que os gestores saem das escolas com conhecimentos teóricos.
As áreas de 'risk management', gestão financeira, incentivos e controlo das operações têm vindo a manifestar-se cada vez mais importantes." João Aranha partner