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Ensino Superior 2018
Notícia

O futuro começa agora

Acesso ao ensino superior é uma porta que se abre. É um desafio. São os primeiros passos que se dão a caminho do mercado laboral. Alunos devem ponderar bem na altura de escolherem o seu curso.

16 de Julho de 2018 às 19:17
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O acesso ao ensino superior é um dos momentos mais marcantes da vida de um estudante. É o futuro que está em causa. Quando os jovens terminam o 12.º ano, e depois da aprovação na fase dos exames, têm de tomar decisões. Muitas vezes escolhe-se uma área, entra-se num curso e sai-se para o mercado de trabalho. Outras vezes, os jovens chegam à conclusão de que não estão na área certa, percebem que não se vão realizar profissionalmente e mudam de licenciatura. Não seria esta a sua vocação. Aliás, é importante ter esta consciência: que se pode mudar de curso. Registe-se que a apresentação da candidatura à primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior começa já a 18 de Julho. Há igualmente a opção de fazer candidatura directamente num estabelecimento de ensino privado.

 

Instituições públicas e privadas acolhem dezenas de milhares de alunos todos os anos. Dados de 2017 da Direção-Geral do Ensino Superior revelam que existe um crescimento no número de alunos colocados nas universidades e politécnicos públicos. As faculdades privadas ouvidas neste especial revelam igualmente que têm registado um aumento contínuo de alunos nos últimos anos. Também há mais cursos, mas a realidade mudou. Actualmente (ou olhando para os últimos anos), Medicina deixou de ser o curso com a média mais alta. As engenharias destronaram a Medicina. Estamos a falar da Engenharia Aeroespacial e Engenharia Física Tecnológica, do Instituto Superior Técnico, e de Engenharia e Gestão Industrial, na Universidade do Porto. De facto, o mundo está em constante mudança. Vamos ver como será no ano corrente.

 

A considerar

 

Porém, o que devem ter em atenção os jovens quando se candidatam a uma universidade? "Além de terem em consideração o prestígio associado à instituição, os jovens devem procurar perceber qual o sentimento vivido por amigos e familiares relativamente à instituição e área científica que pretendem escolher", explica Cláudia Carvalho, directora de Marketing e Comunicação da Universidade Portucalense (UPT). No caso da UPT, conta a responsável, "o passa-palavra positivo é de facto um dos principais factores invocados pelos alunos quando são inquiridos sobre os motivos subjacentes à sua escolha".

 

Manuel Fontaine, director da Escola de Direito do Porto da Universidade Católica Portuguesa, diz que o aluno deve candidatar-se "aos cursos de que acha que vai gostar mais". "Mas deve também estar disponível para mudar de curso se, porventura, concluir ao fim do primeiro ano que está no caminho errado", ressalva.

 

Raquel Campos Franco, "associate dean" da Católica Porto Business School, relembra que nos dias de hoje o mundo muda a uma velocidade estonteante e os jovens sabem isso de forma natural. "Mas devem também desenvolver a consciência de que a formação é algo em que têm de investir toda a vida e nesta primeira fase de uma forma muito empenhada." "Fazer uma licenciatura em Economia ou em Gestão connosco é uma oportunidade de começarem a dominar os conceitos e as ferramentas essenciais no mundo das organizações."

 

Eduardo Marçal Grilo, antigo ministro da Educação, disse recentemente à Sábado, quando indagado sobre esta mesma questão, que os jovens devem "escolher um curso que lhes dê uma boa formação de base". Segundo Eduardo Marçal Grilo, "o futuro é muito imprevisível, é muito arriscado dizer hoje a um jovem ‘escolhe Engenharia Mecânica, escolhe Direito, escolhe um curso de Ambiente, Filosofia ou História’". "Há estudos que indicam que mais de 60% das actividades profissionais daqui por dez anos não se conhecem ainda."

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