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Energias renováveis oceânicas dão cartas em Portugal

Situado no Alto Minho, o cluster concentra ainda empresas de robótica marinha e tem já diversos projetos em desenvolvimento.

22 de Março de 2021 às 12:32
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Sendo um país com uma grande frente oceânica, Portugal não poderia deixar de contar com um cluster neste campo. Situado no Alto Minho, o cluster reúne não só as energias renováveis oceânicas, mas também a área de robótica marinha e já tem provas dadas.

 

 

O concelho vianense está neste momento a desenvolver o projeto WindFloat, o maior projeto europeu de energias eólicas em plataformas flutuantes liderado pela EDP Inovação. Diz a empresa que o WindFloat Atlantic tem uma capacidade total instalada de 25 MW e é o primeiro parque eólico flutuante semisubmersível do mundo. Prevê-se que venha a gerar energia suficiente para abastecer o equivalente a 60.000 utilizadores por ano, poupando quase 1,1 milhões de toneladas de CO2, assegura a EDP.

 

 

A tecnologia WindFloat permite a exploração do potencial eólico no mar, em profundidades superiores a 40 metros. A grande inovação deste projeto acaba por estar no desenvolvimento da plataforma flutuante semisubmersível e triangular, que tem a sua origem na indústria de extração de petróleo e de gás. É nesta plataforma que assenta uma turbina eólica com vários MW de capacidade de produção.

 

 

Energia das ondas

 

 

Igualmente em desenvolvimento está um outro projeto de aproveitamento de energia das ondas, da responsabilidade da CorPower Ocean. O objetivo passa por desenvolver conversores de energia das ondas. Em causa está o projeto HiWave-5, considerado pioneiro na área.

 

 

Foi também aprovada a instalação, por parte da Autoridade Portuária, de um projeto-piloto de energia fotovoltaica flutuante, que deverá nascer no estuário do rio Lima. Já o INESC centralizou em Viana do Castelo um projeto de investigação europeu, aprovado pela Comissão Europeia através do Horizonte 2020, para utilização da robótica na monitorização e reparação de infraestruturas, plataformas e equipamentos flutuantes em espaço marítimo.

 


Trata-se do Atlantis Test Center, o primeiro centro europeu de teste de robôs marítimos em ambiente real. O investimento rondou os 8,5 milhões de euros e foi financiado pelo Horizonte 2020 – Programa-Quadro para a Investigação e Inovação. O projeto vai ter um centro de testes, com uma unidade de preparação em terra e uma unidade real nas plataformas do WindFloat.

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