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Garland Logistics assegura negócio em rota ascendente

Em 2020, a empresa faturou mais 9% do que no ano anterior, com um aumento do número de expedições de e-commerce na casa dos 13%. No primeiro semestre de 2021, o crescimento foi ainda mais acentuado.

03 de Novembro de 2021 às 11:58
Ricardo Sousa Costa, CEO da Garland Logistics
Ricardo Sousa Costa, CEO da Garland Logistics
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Certos da importância do e-commerce a nível da economia global, a Garland Logistics tem vindo a reforçar a sua aposta na disponibilização de serviços e infraestruturas modernas e capazes de responder às necessidades do mercado global. Em entrevista ao Negócios em Rede, Ricardo Sousa Costa, CEO da Garland Logistics, explicou quais os principais pontos da estratégia adotada e apontou algumas das conquistas da empresa que lidera.

 

Como olham para o e-commerce no nosso país?

O e-commerce é já o presente e será cada vez mais o futuro. A tendência é global, mas, no nosso país, é uma área que não pára de crescer. A Garland Logistics – empresa do Grupo Garland dedicada à área de negócio da logística, que inclui serviços de armazenagem, e-commerce e distribuição – prestou desde sempre serviços pontuais de comércio eletrónico a alguns dos seus clientes.  Em 2016, decidimos entrar definitivamente neste negócio, que já então encarávamos como estratégico para o nosso crescimento futuro. Atualmente, dispomos de 20.400 m2 dedicados exclusivamente a atividades de e-commerce, distribuídos por Cascais, Aveiro, Vila Nova de Gaia e Maia. Em quatro anos, aumentámos a área dedicada a este negócio em 240%, tendo ainda condições para aumentar a capacidade existente.

 

Face à estratégia que já expôs, qual o peso no negócio?

As atividades subjacentes à atividade de e-commerce têm já um peso de 30% na Garland Logistics e, em 2020, faturámos com este negócio mais 9% do que no ano anterior. Ainda no ano passado, vimos o nosso número de expedições de e-commerce crescer 13% face ao ano anterior e 60% no primeiro semestre de 2021 comparativamente a igual período de 2020.

 

Em que medida a pandemia trouxe novos desafios à Garland, nomeadamente no âmbito do e-commerce?

É incontornável, todos os estudos o apontam, o e-commerce veio para ficar e a pandemia apenas acelerou esta tendência nos hábitos de consumo dos portugueses. O facto de termos despertado para esta área de negócio bem antes da pandemia fez com que rapidamente nos adaptássemos ao crescimento exponencial de expedições. Apenas tivemos de nos adaptar a uma maior diversificação do tipo de mercadorias, mas temos uma longa experiência em logística, pelo que facilmente criámos respostas adequadas às exigências.

 

O que foi então feito da vossa parte?

Além de termos aumentado bastante a nossa capacidade, tanto em área logística como em recursos humanos, estamos a converter um dos nossos centros logísticos na Maia numa unidade totalmente dedicada ao picking à peça, fundamentalmente dedicada à logística de e-commerce e do setor da moda (têxtil e calçado). Temos atualmente um total de 14.000 m2 de plataformas totalmente dedicadas ao e-commerce na Maia e estamos a converter racks em mezzanines, decorrendo atualmente a segunda fase do projeto. Com esta transformação, acreditamos que vamos aumentar a nossa quota de mercado na logística de e-commerce.

 

Um centro logístico de referência

 

Falou do Centro Logístico da Garland na Maia que acolhe a logística de eCom no setor da moda.  Qual a importância deste espaço, por exemplo?

Este centro logístico, inaugurado em 2012 e construído de raiz com as mais atualizadas tecnologias, continua a ser o ex-líbris da Garland, apreciado por todos os nossos clientes pela funcionalidade, segurança e competitividade nos serviços prestados. Concentra há alguns anos a nossa atividade mais fina, de manipulação à peça das encomendas, pelo que tendo em conta a expansão deste mercado, é e continuará a ser um dos mais importantes centros logísticos da Garland.

 

Está prevista a abertura de outros centros logísticos específicos para o e-commerce em Portugal?

O nosso objetivo é continuarmos a expandir-nos nesta área. A capacidade de conversão do centro logístico da Maia ainda não está no seu limite, havendo ainda espaço para converter racks em mezzanines. Estamos sempre atentos às oportunidades que possam surgir e estamos preparados para, de uma forma expedita, criar condições para aceitar mais clientes nesta área.

 

Quais os vossos parâmetros de serviço ao nível do e-commerce?

Respondemos com prazos cada vez mais apertados para a preparação dos pedidos e com um nível de serviço irrepreensível, tanto nos envios como nas devoluções. Temos também disponíveis serviços de personalização e diversos tipos de embalamento, o que para muitos clientes faz toda a diferença. Além disso, temos instalações equipadas com as melhores tecnologias de gestão de armazém e de segurança para as mercadorias.

 

Genericamente, como se posiciona a Garland em Portugal?

Com 245 anos, o Grupo Garland é uma das empresas mais antigas em atividade no nosso país. Atualmente, somos um dos principais players nacionais no setor de logística, transportes e navegação.

 

Black Friday e Natal aumentam volume de compras

 

Os dois últimos meses do ano são sinónimo de mais compras por parte dos consumidores, pondo à prova as empresas que atuam na área do e-commerce. Ricardo Sousa Costa lembra que entre 1 de novembro, data em que se iniciou o período de promoções das marcas com uma Black Friday antecipada, e 11 de dezembro, a Garland viu em 2020 "o número de expedições de e-commerce aumentar 143% face aos dois meses anteriores" e ainda "125% face ao mesmo período do ano anterior".

 

Ricardo Sousa Costa refere que "a tendência ascendente foi mais acentuada em artigos de moda, em que, no período de promoções, o número de expedições aumentou 161% face aos dois meses anteriores (sem promoções) e 129% face a mesmo período" de 2019.

 

Para este ano, perspetiva-se um crescimento ainda maior. "Tal como aconteceu no ano passado, nesta época, teremos de reforçar a equipa envolvida no e-commerce da Garland, além de mantermos as precauções de segurança, uma vez que ainda estamos em pandemia e não sabemos como esta irá evoluir nos próximos meses".

O facto de termos despertado para esta área de negócio bem antes da pandemia fez com que rapidamente nos adaptássemos ao crescimento exponencial de expedições Ricardo Sousa Costa, CEO da Garland Logistics
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