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Dos setores mais fortes aos vulneráveis, há desafios para todos

No horizonte deste ano, as PME portuguesas enfrentam um cenário empresarial volátil e marcado por fatores que empurram os setores mais fortes e desafiam os mais vulneráveis.

28 de Fevereiro de 2024 às 10:16
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De acordo com Sandra Rebelo, da Universidade do Algarve (UAlg), o turismo, especialmente no Algarve, e o setor da construção destacam-se como áreas de força para as Pequenas e Médias Empresas (PME) em 2024. Estes setores beneficiam de investimentos contínuos e de uma procura sólida, proporcionando oportunidades significativas de crescimento e de expansão para as empresas locais.

 

Por sua vez, João Pedro Guimarães, da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), considera que há um conjunto de setores que têm um peso muito particular na economia portuguesa e, ao que tudo indica, assim continuará a ser. É o caso do turismo, do calçado, da metalúrgica e metalomecânica, das energias renováveis, dos setores alimentar, químico e farmacêutico, entre outros. "Estes são setores muito valiosos e, alguns deles, com uma margem de progressão muito assinalável, abrindo várias oportunidades às empresas, e podendo contribuir para o crescimento da economia portuguesa no curto prazo", revela o responsável.

 

No entanto, a investigadora da UAlg observa que o setor agrícola enfrenta desafios emergentes, especialmente relacionados com as mudanças climáticas e a escassez de água, que representam ameaças significativas para a produtividade e a viabilidade a longo prazo deste setor. Além disso, salienta que "as novas regulamentações europeias, embora tenham objetivos pertinentes, introduzem complexidade e incerteza adicionais".

 

Instabilidade geopolítica pede resiliência

A instabilidade geopolítica na Europa continuará a afetar as PME durante este ano, já que as tensões e conflitos têm o potencial de impactar as relações comerciais, as cadeias de abastecimento e os mercados financeiros. João Pedro Guimarães defende que setores como o automóvel, o retalho, o têxtil ou o tecnológico podem ser particularmente afetados pela crise no Mar Vermelho. Sandra Rebelo reconhece que este ambiente incerto requer que as PME sejam particularmente ágeis e adaptáveis, não apenas nas suas estratégias de mercado interno, mas também nos seus planos de exportação e expansão internacional.

 

Ambos os especialistas concordam que a transformação digital é uma oportunidade e um imperativo estratégico para todas as PME. Integrar ferramentas digitais e práticas de cibersegurança nos negócios é fundamental para melhorar a eficiência, expandir o mercado e fortalecer a resiliência das empresas num ambiente de negócios em constante mudança. "As PME que conseguirem navegar com sucesso por estas águas turbulentas estarão mais bem posicionadas não só para sobreviver, mas também para prosperar, transformando incertezas em oportunidades de crescimento e inovação", reconhece Sandra Rebelo.
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