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Organizações vivem momento de incerteza

Setor encontra-se apreensivo em relação ao próximo ano

11 de Novembro de 2020 às 12:21
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A pandemia colocou praticamente todas as atividades e setores num momento de grande insegurança. Indagada sobre como se encontra atualmente a área AVAC&R (Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado & Refrigeração) em Portugal e que problemas trouxe a pandemia, Odete de Almeida, presidente da EFRIARC – Associação Portuguesa dos Engenheiros de Frio industrial e Ar Condicionado, começa por referir que a refrigeração é um segmento em evolução devido ao crescimento da população, à urbanização e às alterações climáticas. A preservação da cadeia de refrigeração de um modo eficiente até à mesa do consumidor, na sua opinião, "é a garantia de que as empresas do mercado da refrigeração continuarão a expandir". A pandemia, recorda, solicitou ainda mais este segmento devido ao elevado consumo de alimentos congelados e refrigerados no período de confinamento.

 

Odete de Almeida não conhece qualquer dado estatístico oficial que possa apresentar e comentar sobre o impacto da covid-19 no setor do AVAC. "Contudo, tenho lido artigos publicados em revistas do setor, e escutado empresas das diversas áreas do mercado do ar condicionado, e de uma forma redutora, a incerteza é o substantivo que indica o estado das empresas."

 

Um pouco alinhada com o setor, também a responsável da EFRIARC se mostra cautelosa em perspetivar já o efeito que a covid-19 irá provocar no segmento do ar condicionado. "De qualquer forma, pela informação que nos é distribuída sobre o setor da hotelaria, o interesse na aquisição de espaços comerciais e serviços e a estagnação na compra de habitação, prevejo que em 2021 a atividade da construção desça relativamente a 2020, e com isso o setor do ar condicionado também."

O futuro do setor

Em relação aos desafios para o futuro deste setor, Odete de Almeida deixa a sua opinião, antevendo o que vai acontecer no que diz respeito ao desenvolvimento de equipamentos, à climatização de edifícios ou à obrigatoriedade do uso de refrigerantes naturais com menor potencial de aquecimento global.

As tendências observadas atualmente no setor do AVAC&R, indicam um futuro marcado pela eficiência energética e reduzido impacto ambiental. Penso que estes continuarão a ser os vetores que determinarão o desenvolvimento tecnológico de equipamentos e soluções técnicas no mercado.

Especificamente no campo da climatização em edifícios, já projetamos edifícios com envolventes que contribuem para a redução da carga térmica e que já não estão somente comprometidos com aspetos estéticos. A concepção e remodelação de um edifício, de modo a que este obtenha um balanço energético nulo (NZEB, Net Zero Energy Buildings), continua a ser um desafio para o futuro. Todavia, já conhecemos a metodologia BIM, e as vantagens de conceber um modelo enriquecido com dados e informações que ultrapassam simplesmente o aspeto puramente geométrico. Por conseguinte, considero que a utilização do BIM será um verdadeiro desafio para o futuro do ar condicionado e de uma forma holística para o edifício.

Embora os avanços na fase do desenho do edifício e na aplicação de novos materiais possam contribuir para o aumento dos níveis de desempenho energético, a manutenção e operação dos sistemas de um edifico, de uma forma inteligente, será um dos desafios que também determinará a eficiência energética no futuro. A implementação de soluções baseadas na Internet das Coisas será uma das soluções tecnológicas mais fascinantes. A automatização dos edifícios, segundo uma análise e tomada de decisão por algoritmos inteligentes, irão garantir uma operação otimizada, por exemplo dos sistemas de climatização, maximizando o conforto térmico e qualidade do ar interior, assim como a redução do consumo de energia.

Destacaria um outro grande desafio que está presente e que continuará no futuro na indústria do AVAC&R, e que é a obrigatoriedade do uso de refrigerantes naturais com menor potencial de aquecimento global, para assim se alcançar a neutralidade carbónica.

A contribuição atual e futura dos sistemas de climatização e de ventilação para a mitigação da covid-19 são discutidos na nossa associação pela Comissão Técnica. Neste momento, a EFRIARC preside à Federação das Associações Ibero-Americanas de Ar Condicionado e Refrigeração (FAIAR), onde recolhe experiências do setor com uma representatividade de 600 milhões de consumidores.  Em maio de 2022 será realizado em Lisboa, o Congresso IberoAmericano de Ar Condicionado e Refrigeração com a presença de muitos especialistas do AVAC&R da América, Europa e Ásia. Este congresso é um evento único onde a inovação do setor AVAC&R é concebida.

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