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Centro 2020 aprovou 2.275 milhões de euros de investimento

Um dos grandes desafios é conseguir que a produção de conhecimento se traduza em criação de valor. A interação entre empresas e entidades do sistema científico e tecnológico é crucial para alcançar essa meta.

11 de Janeiro de 2019 às 12:01
Projetos aprovados na Região Centro por Concelho (€)
Projetos aprovados na Região Centro por Concelho (€)
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A CCDR Centro possui um poderoso instrumento financeiro para promoção do desenvolvimento regional, o Programa Operacional Regional – Centro 2020.

O Programa Centro 2020 já aprovou 4.677 projetos que se traduzem num investimento de 2.275 milhões de euros, sendo 1.271 milhões de euros com apoio dos fundos da União Europeia. Dentro destes projetos há 3.002 empresariais e 606 municipais. Do bolo total de investimento, já foram executados 426 milhões de euros.


Um dos grandes desígnios do Centro 2020 é aumentar a inovação, a competitividade e a internacionalização da economia regional. Para o efeito, há que apoiar diretamente as empresas, bem como a sua envolvente, tornando-a facilitadora e mais amigável do investimento produtivo inovador.

No apoio direto às empresas, através dos Sistemas de Incentivos, pelo Centro 2020, mas também pelo Compete 2020, as empresas da região revelam uma grande dinâmica.

Já foram aprovados na região, pelos dois programas referidos, no contexto do Portugal 2020, 3928 projetos, com uma intenção de investimento no montante de 3 mil milhões de euros e um apoio de fundos europeus de 1.6 mil milhões de euros. As empresas já executaram 42% dos fundos aprovados, ou seja, 648 milhões de euros.

 

Ciência e inovação

Promover contextos que reforcem as interações entre o espaço da ciência e o espaço das empresas e comunidade, é um dos grandes desafios da CCDRCentro. A entidade fomenta a orientação das instituições do saber para o desenvolvimento de ciência e tecnologia aplicada e sensibilizando as empresas e as comunidades para o potencial de crescimento e de geração de riqueza que pode significar interagir com o sistema científico e tecnológico (SCT).


Por isso é tão importante o apoio que tem dado às infra-estruturas científicas e tecnológicas (centros tecnológicos, incubadoras e aceleradoras de empresas, parques de ciência e tecnologia) e que assegura continuar a dar, para as ajudar num esforço permanente de capacitação, de inserção em redes nacionais e internacionais.


Sendo a maioria das empresas da região Centro de natureza familiar e de pequena dimensão, o associativismo é a forma de ganhar a escala e a dimensão que não possuem individualmente. É também através do associativismo empresarial que as empresas têm acesso a conhecimento e a competências que obteriam com mais dificuldade de forma individual. Num mundo globalizado, a concorrência chega às empresas por todas as vias, pelo que há a necessidade de se renovarem constantemente as suas competências e de inovarem permanentemente nos produtos e serviços que colocam no mercado, na forma de organização e até na forma como abordam o mercado.

 

Papel das associações

As associações empresariais têm uma função muito importante no sentido de despertarem as empresas para estes desafios e de as apoiarem no processo de os enfrentar.


Outro aspecto relevante para a competitividade das empresas e dos territórios é a existência de mão de obra em quantidade e qualidade. Neste contexto, uma vez que só um terço dos jovens chegam ao ensino superior, há a preocupação de trabalhar as comunidades para que uma maior percentagem de jovens tenha acesso ao ensino superior. Depois, há a prática de adaptar a formação às necessidades das empresas, o que reforça a importância das escolas de formação profissional, do papel dos politécnicos, que em geral têm por natureza uma ligação mais próxima ao território.

 

Aumento da qualidade de vida

Outro dos grandes desígnios que o Programa Centro 2020 afirma ter é o aumento da qualidade de vida das pessoas nos centros urbanos. A esmagadora maioria da população da região vive e trabalha nos centros urbanos. Existe a intenção de valorizar e requalificar, sobretudo, as zonas mais históricas que tradicionalmente têm sido abandonadas. Com a política de cidades criam-se novas centralidades nos centros urbanos, promove-se a mobilidade sustentável, a qualificação das zonas mais desfavorecidas, como os bairros sociais, e a requalificação das zonas industriais degradadas.


A região Centro tem 100 centros urbanos, para os quais aprovou cerca de 300 milhões de euros de fundos europeus no âmbito da política da regeneração física, social e económica dos centros urbanos. A região continua a ser desigual e, por isso, outra das prioridades é a aposta na coesão social e territorial. Neste contexto, é importante diversificar e reforçar a base económica das regiões mais frágeis.

 

Apoiar o empreendedorismo e o emprego

No âmbito do Portugal 2020, e nos programas operacionais regionais, foi criado um Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e Emprego (SI2E), que apoia pequenos projetos empresariais e a contratação de trabalhadores.


A região viu aprovados 676 pequenos projetos empresariais localizados maioritariamente em territórios de baixa densidade e que vão qualificar a oferta de bens e serviços inovadores e fixar população, com o propósito de criar riqueza e com isso ter mais pessoas a viver.


A CCDR Centro tem também utilizado os fundos europeus para definir e apoiar estratégias que tenham em conta as especificidades do território, afirmando que as mesmas são participadas ou com a iniciativa dos atores da região.

 

Programas de Valorização económica de recursos Endógenos

Foi neste contexto que nasceram os PROVERE – Programas de Valorização Económica de Recursos Endógenos, cujo objetivo é fomentar a competitividade dos espaços de baixa densidade, através da dinamização de atividades de base económica inovadoras e alicerçadas na valorização de recursos endógenos, tendencialmente inimitáveis.


Foi assim que surgiram os PROVERE das Aldeias Históricas de Portugal, da Rede das Aldeias do Xisto, das Estâncias Termais da região Centro e da Beira Baixa Terras de Excelência, abordagens botton-up, que asseguram o envolvimento dos territórios e dos seus agentes, promovem uma nova cultura de parceria e de trabalho em rede, hoje centradas nas componentes imateriais da valorização dos recursos, que contribuem de forma mais sustentável para a atratividade dos territórios, visando simultaneamente estimular e consolidar as identidades territoriais.

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