Começa no dia 7 de agosto a primeira fase do concurso de acesso ao ensino superior. Os alunos deixam o secundário para trás e preparam-se para entrar na vida académica. Tudo será diferente. A realidade das instituições de ensino superior é diferente. Nas páginas deste trabalho, ajuda-se os estudantes a conhecer melhor este novo mundo. As universidades, as áreas mais procuradas, as novas regras dos exames de acesso, os cursos que aumentaram vagas e as médias mais altas. Mostra-se ainda como vai ser o próximo ano letivo, atendendo ao surto de covid-19.
Auxilia-se igualmente os alunos no que diz respeito a potenciais dúvidas que tenham em relação ao seu futuro. Inicialmente, os estudantes podem candidatar-se a seis instituições ou cursos (para se saber tudo sobre candidaturas ao concurso nacional deve aceder-se ao site da Direção-Geral do Ensino Superior). Existem alunos que sabem perfeitamente o que querem e para onde vão. Outros são assaltados por muitas dúvidas. É perfeitamente normal, é importante o que está em jogo. Por isso, alguns responsáveis das instituições deixam aqui conselhos importantes nesse sentido.
Uma escolha que deve ser bastante ponderada
À questão o que deve ter um aluno em consideração quando se prepara para escolher um curso no ensino superior, Elvira Pacheco Vieira, diretora-geral do ISAG – European Business School, responde que "esta deve ser uma escolha ponderada, por ser determinante para o futuro". "O estudante deve não só analisar o plano curricular, mas também procurar que estratégias e oportunidades lhe oferece a instituição de ensino superior na preparação do seu futuro", explica e continua: "Por exemplo, deverá ter em conta os programas de estágio ou mobilidade, as parcerias com empresas ou outras instituições de ensino e também os programas de apoio ao percurso académico. Nesta escolha, há ainda fatores complementares como as atividades não letivas, que permitem experienciar a cultura académica da instituição e da cidade."
Por sua vez Helena Correia, associate dean for Undergraduate Education da Católica Porto Business School, recorda que "os jovens de hoje conhecem bem a velocidade estonteante a que o mundo muda e a incerteza associada a essa mudança". "Mas devem tomar como certo que a formação será algo em que têm de investir toda a vida e, nesta primeira fase, de uma forma muito empenhada".
Mestrados e pós-graduações acrescentam competências
Como a formação é para toda a vida os estudantes devem também interiorizar que uma licenciatura é apenas o começo, não o fim. Reitores, presidentes e diretores das instituições de ensino ouvidos neste trabalho aconselham os alunos a prosseguir os estudos no futuro para mestrados, pós-graduações e não só de modo a evoluir profissional e pessoalmente.
Maria João Cortinhal, dean da Iscte Business School explica que os mestrados e pós-graduações "conferem um conjunto de competências adicionais, que são elementos essenciais para o acesso a funções mais especializadas e a melhores perspetivas
de carreira e renumeração, reduzindo a vulnerabilidade do emprego em situações de crise económica". "A maioria dos estudantes recém-licenciados, bem como profissionais no ativo, têm já hoje essa perceção, assistindo-se, por isso, a uma procura crescente por este tipo de programas", informa.