Notícia
S&P corta perspectiva da Parpública para "negativa"
A agência de notação financeira S&P cortou, no passado dia 5 de Julho, a perspectiva de Portugal de “estável” para “negativa”, algo que reflectiu hoje no "rating" da Parpública.
“Continuamos a avaliar a probabilidade de apoio governamental extraordinário para a Parpública como ‘muito alto’, baseado na nossa avaliação da forte ligação da empresa à República e ao seu muito importante papel público”, afirmou a agência em comunicado.
O "rating" de “B” mantém-se inalterado, apesar da alteração da perspectiva de “estável” para “negativa”, em concordância com o que aconteceu com a República portuguesa, no passado dia 5 de Julho.
A Parpública é uma empresa detida a 100% pelo Estado português, com investimentos em filiais operacionais e com um portefólio de activos no ramo do imobiliário, segundo afirma a S&P. “Executou com sucesso muitas privatizações, que ajudaram o Estado a reduzir a sua dívida”, como o caso da EDP e da REN, tendo em mãos várias operações, como a TAP.
Contudo, a agência de notação financeira decidiu rever em baixa a perspectiva da empresa portuguesa pela “muito forte” ligação da Parpública ao Governo português, e pela “grande” probabilidade desta precisar de apoio do mesmo.
A S&P reitera que a perspectiva negativa reflecte a perspectiva para Portugal, e que o "rating" desta poderá ser revisto em baixa, caso o mesmo ocorra com Portugal. O rating da Parpública poderá manter-se no nível a que se encontra, caso o “rating” de Portugal passe a estável. “Não esperamos uma deterioração financeira da empresa, e não antecipamos um enfraquecimento do apoio do Governo à empresa”, adianta.