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Leonor criou o seu emprego com ajuda do microcrédito

Aos 37 anos o desemprego bateu-lhe à porta. Por questões de saúde, Leonor Brito teve de abandonar o trabalho como educadora de infância. Durante alguns meses procurou trabalho noutras áreas. Mas, a cada oportunidade que surgia, esbarrava no obstáculo da idade. Resolveu avançar para o seu próprio negócio, recorrendo ao microcrédito.

Bruno Simão/Negócios
28 de Fevereiro de 2013 às 00:01
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Licenciada em Educação de Infância, Leonor Brito trabalhava num centro de acolhimento temporário como educadora de infância há três anos, quando lhe foi diagnosticado um problema de saúde incompatível com a profissão. Confrontada com uma situação de desemprego, e depois de ver as "hipóteses de trabalho muito limitadas", Leonor pensou em criar o seu próprio emprego.

Foi aqui que o microcrédito se assumiu como uma ferramenta para mudar de vida. Depois de pesquisar na Internet, chegou ao contacto com a Associação Nacional de Direito ao Crédito (ANDC), onde deu início ao processo. "Foi muito rápido, até porque eu já tinha em mente muito do que queria", explicou Leonor ao Negócios.

Em cerca de um mês reuniu as condições necessárias para aceder a esta forma de financiamento. "O microcrédito é um incentivo à criação do próprio emprego", considera a antiga educadora de infância que é agora a proprietária de uma loja de artigos ecológicos para bebés, grávidas e mães.

A funcionar desde o início do ano passado, a "Nascer Ecológico" conta com uma loja "online" para além da loja física. Aqui são vendidas fraldas reutilizáveis, brinquedos ecológicos e produtos orgânicos. "Vendo até mais na loja ‘online’, porque me permite ter um público mais vasto", resume Leonor.

Impedida de continuar a ser educadora de infância, Leonor conseguiu continuar a trabalhar com crianças. Mudou de vida, mas continuou a fazer aquilo de que gosta. O financiamento de que precisava chegou através do microcrédito. "A mais-valia do microcrédito é que não exige garantias, que eu não tinha, como o faz o empréstimo bancário, para além das condições de financiamento, que nenhum banco tem", resumiu.

Leonor pediu um financiamento no valor de 8.500 euros, a quatro anos, beneficiando de um "spread" inferior ao praticado no crédito bancário tradicional. Além disso, o banco que aprovou o microcrédito proporcionou uma carência de juros nos primeiros dois meses de actividade.

Para dar corpo ao negócio, Leonor constituiu um projecto bem estruturado e viável, com a ajuda do técnico da ANDC que ainda continua a acompanhá-la assiduamente. Essencial é também um estudo de mercado exaustivo que permita perceber como se pode fazer a diferença no mercado.

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