Os bancos inquiridos pelo Banco de Portugal revelam que mantiveram "praticamente sem alterações" as condições exigidas para concederem financiamento a grandes empresas, bem como a pequenas e médias empresas (PME), de acordo com o inquérito aos bancos sobre o mercado de crédito divulgado esta quinta-feira, 30 de Janeiro.

Ainda assim foi reportado "por parte de alguns bancos" uma "ligeira diminuição" das restrições nos "critérios de concessão de empréstimos", adianta a mesma fonte. Os bancos justificam evolução com as "melhorias da posição de liquidez dos bancos, aumento da pressão exercida por outras instituições bancárias e pelas expectativas mais favoráveis quanto à actividade económica".

Ainda assim observaram-se melhorias nas condições aplicadas nos empréstimos, sobretudo com spreads e comissões mais baixas a "empresas com menor risco", revela a mesma fonte.

Para o primeiro trimestre do ano, alguns bancos prevêem uma "continuação da diminuição da restritividade nos critérios aplicados à aprovação de empréstimos a PME".

Condições de financiamento a particulares mantêm-se

Já os particulares não terão sentido diferenças nas condições de acesso ao crédito, já que os bancos revelaram ter mantido os critérios e as condições aplicadas aos empréstimos às famílias. Apenas uma instituição reportou "uma ligeira diminuição da restritividade nos critérios de aprovação do crédito ao consumo".

"No próximo trimestre, é antecipada, por todos os inquiridos, a manutenção dos critérios e das condições aplicadas nos empréstimos a particulares, tanto para habitação como para consumo e outros empréstimos", adianta o documento divulgado pelo Banco de Portugal.

Empresas devem aumentar procura de crédito no primeiro trimestre

O inquérito revela ainda que os bancos reportaram uma manutenção dos níveis gerais de procura de financiamento, quer no caso dos particulares quer das empresas.

Contudo, "alguns dos bancos inquiridos antevêem um aumento ligeiro da procura de empréstimos por empresas, especialmente empréstimos a PME, e empréstimos de curto prazo.” Já os particulares não deverão aumentar a procura.