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Portugal pretende emitir 13,9 mil milhões em obrigações do Tesouro em 2024

A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) aprovou ontem o Programa de Financiamento da República Portuguesa para 2024.

A agência liderada por Miguel Martín não emite obrigações do Tesouro no mercado desde setembro.
D.R.
21 de Dezembro de 2023 às 10:18
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Ao longo do próximo ano, Portugal espera ir ao mercado para emitir 13,9 mil milhões de euros em obrigações do Tesouro, de acordo com a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) que divulgou esta quinta-feira o Programa de Financiamento da República Portuguesa para 2024, aprovado ontem.

"A estratégia de financiamento para 2024 centrar-se-á na emissão de títulos de dívida pública em euros nos mercados financeiros, com a realização regular de emissões de obrigações do Tesouro (OT) para promover a liquidez e o eficiente funcionamento dos mercados primário e secundário", explica o instituto liderado por Miguel Martin em comunicado.

Um montante de 13,9 mil milhões de euros será obtido via emissão bruta de OT, combinando sindicatos e leilões com periodicidade mensal. Os leilões de OT terão a participação dos Operadores Especializados de Valores do Tesouro (OEVT) e Operadores de Mercado Primário (OMP) e serão realizados à segunda ou quarta quartas-feiras de cada mês. Como é habitual, o montante indicativo e as linhas de OT a reabrir serão anunciados ao mercado até três dias úteis antes do leilão.

Já no que diz respeito a dívida de curto prazo, em 2024, o IGCP espera que o financiamento líquido resultante da emissão de bilhetes do Tesouro (BT) produza um impacto positivo de 6,1 mil milhões de euros. "Será mantida a estratégia de emissão ao longo de toda a curva de curto prazo, combinando prazos mais curtos com prazos mais longos", explica.

No primeiro trimestre, a agência calendarizou três leilões de BT. O primeiro será a 17 de janeiro, de duas linhas a seis e 12 meses. A 21 de fevereiro serão colocados títulos a 7 e 11 meses e a 20 de março novamente a 6 e 12 meses.

O plano do IGCP para o próximo ano indica ainda que o montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2024 deverá situar-se em cerca de 11,9 mil milhões de euros. O valor fica muito acima dos 3,7 mil milhões de euros deste ano.

"A gestão do risco de refinanciamento implica que as operações de financiamento a realizar evitem a criação de excessivas concentrações temporais de amortizações, assim como prevê a possibilidade de realização de operações de recompra de dívida, a anunciar oportunamente ao mercado. Como habitualmente, o IGCP mantém a flexibilidade para introduzir na execução deste programa os ajustamentos que se venham a revelar necessários face à evolução dos mercados e das necessidades de financiamento ao longo do ano", acrescenta.
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