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IGCP cancela leilão de dívida da próxima semana

O IGCP anunciou que não vai realizar o duplo leilão de Bilhetes do Tesouro previsto para a próxima quarta-feira, não tendo avançado com explicação para a decisão.

10 de Setembro de 2021 às 17:45
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O instituto que gere a dívida pública anunciou hoje a não realização do leilão das linhas de Bilhetes do Tesouro (BT) programado para a próxima quarta-feira e com um montante indicativo entre 1.000 e 1.250 milhões.

 

Em comunicado, o IGCP, liderado por Cristina Casalinho (na foto), não explica os motivos para esta decisão, referindo apenas que "decidiu não realizar, no próximo dia 15 de setembro, o leilão de BT referente às linhas a 6 e 12 meses.

 

A 1 de julho, o IGCP tinha anunciado as linhas de atuação para o terceiro trimestre, que incluem emissões de obrigações do tesouro (OT) através de leilões, bem como três leilões de BT, tendo ressalvado que poderia "introduzir ajustamentos".

O segundo leilão do terceiro trimestre, de BT a três e 11 meses, com um montante indicativo entre 750 e 1.000 milhões de euros, estava agendado para 18 de agosto. E agora o terceiro leilão de BT foi também cancelado.

 

Este foi o quarto cancelamento de um leilão desde o início da pandemia. O último a ser cancelado foi o que estava agendado para 18 de agosto.

 

Também no final do ano passado a agência tinha previsto realizar dois leilões duplos de bilhetes do Tesouro – em outubro e novembro –, mas acabou por adiar ambos e não realizou qualquer emissão destes títulos no último trimestre. Regressou no início de 2021, voltando a fazer uma nova pausa em agosto e agora.

 

O cancelamento poderá estar relacionado com o dinheiro da Europa que o país já começou a receber. Em inícios de agosto, Portugal recebeu os primeiros milhões do ansiado Plano de Recuperação e Resiliência (PRR): 2,2 mil milhões de euros da fatia de pré-financiamento. O próximo cheque deverá chegar entre dezembro e janeiro.

Portugal tem direito a um total de 16,6 mil milhões de euros, 13,9 mil milhões relativos a subvenções a fundo perdido e 2,7 mil milhões referentes a empréstimos em condições favoráveis. À componente de empréstimos poderão ainda somar-se 2,3 mil milhões de euros a que o país tentará aceder de forma condicional, isto é, se tal verba for considerada necessária para reforçar os capitais próprios das empresas via Banco de Fomento, uma decisão que terá de ser tomada pelas autoridades nacionais até 2023.

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