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Custo da dívida vai continuar a baixar em 2021, diz Fitch

A Fitch argumenta que apesar do aumento dos níveis de endividamento para fazer face à pandemia, o custo desta dívida vai continuar a diminuir.

09 de Dezembro de 2020 às 12:14
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O esforço dos países para suportar a recuperação levou a um forte crescimento dos níveis de endividamento. Apesar deste aumento, a Fitch prevê que o custo desta dívida continue a baixar em 2021, suportado pelas políticas de expansão monetária.

 

A implementação de programas de recuperação, para ajudar as economias a recuperarem do choque provocada pela pandemia da covid-19, conduziu a maiores rácios de dívida. Ainda que não se espere um travão nos estímulos orçamentais, a Fitch prevê que 2021 seja "mais favorável em termos de dinâmica de dívida", na medida em que as previsões apontam para taxas de crescimento nominal positivas em todos os países avaliados pela entidade.

A ajudar os países a pagar a fatura da dívida vai continuar a política monetária. Segundo a agência de "rating", o custo a pagar pela dívida vai continuar a cair, no próximo ano.

"A média da taxa de juros efetiva global continua a diminuir, como tem acontecido por mais de uma década, consistente com as políticas do banco central destinadas a manter as taxas de juros baixas e os custos de financiamento dos governos reduzidos", escreve a Fitch no seu "outlook" para a dívida soberana em 2021. Na mesma nota, a agência adianta que espera que esta tendência continue em 2021, "com a taxa efetiva média prevista para os soberanos de mercados desenvolvidos e emergentes a atingir novos mínimos, de 1,7% e 3,9%, respetivamente".

Segundo os cálculos da Fitch, a dívida pública global vai atingir os 78 biliões de dólares no final de 2020 e 84 biliões, no final de 2021, aproximando-se de 100% do PIB global. Ainda assim, a entidade nota que há muitas discrepâncias em termos mundiais, com os Estados Unidos a representarem cerca de um terço da dívida. "A média de dívida pública global é mais estável do que as somas parecem mostrar", refere a Fitch, que calcula uma dívida pública global média de 60% do PIB em 2020 e de 62%, em 2021.


Ano novo, preocupações antigas

Em termos de riscos, a Fitch considera que os principais fatores que vão afetar os níveis de risco dos "ratings" se mantêm inalterados. A contenção da pandemia e a eficácia da vacina vão continuar a ser fatores determinantes.

 

"A incerteza em torno das implicações económicas imediatas e de longo prazo do coronavírus vai continuar a exercer pressão sobre as finanças públicas por meio de estabilizadores automáticos e da implementação de medidas políticas mais ativas", escreve a entidade.

 

Ainda assim, o surgimento de soluções médicas para o vírus e antecipando-se uma retoma da economia no próximo ano, "o ambiente para o crédito soberano será mais favorável em 2021". Tendo em conta estes fatores, a Fitch mantém uma perspetiva estável para o "rating" soberano global em 2021.

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