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Portugal avança com emissão sindicada a 15 anos

O IGCP já contratou um sindicato bancário para a colocação de obrigações com maturidade em outubro de 2035, segundo a Bloomberg. A operação deverá acontecer esta quarta-feira.

Cristina Casalinho
30 de Junho de 2020 às 13:41
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Portugal vai avançar com uma emissão sindicada de obrigações a 15 anos, uma operação que deverá ocorrer esta quarta-feira.

De acordo com a informação adiantada pela Bloomberg, o IGCP já contratou um sindicato bancário para colocar estes títulos com maturidade em outubro de 2035, que é composto pelo CaixaBI, Credit Agricole CIB, Deutsche Bank, Goldman Sachs, J.P. Morgan e Nomura.

A agência de notícias não adianta qual o montante da emissão nem a data, referindo apenas que a operação será realizada "no curto prazo, sujeita às condições do mercado". Contudo, Portugal vai normalmente ao mercado às quartas-feiras pelo que o mais provável é que a operação decorra já amanhã.

Já era esperado que o instituto liderado por Cristina Casalinho avançasse com uma emissão sindicada no terceiro trimestre, depois das duas operações do mesmo género que já foram realizadas desde o início do ano.

No programa de financiamento revelado há menos de duas semanas, o IGCP estimou que terá de emitir mais 14 mil milhões de euros este ano em títulos de dívida de longo prazo para fazer face ao aumento das necessidades de financiamento do Estado, decorrentes das alterações induzidas pelo Orçamento Suplementar.

 

Para o período entre julho e setembro, o IGCP antecipou emissões de OT através da combinação de sindicatos e leilões, com colocações de 1.250 a 1.500 milhões de euros por leilão.

 

Na Orçamento Suplementar, as necessidades de financiamento líquidas do Estado aumentam 10,7 mil milhões de euros face à projeção inicial para 20,3 mil milhões de euros. O que significa que o valor que Portugal vai colocar nos mercados este ano é substancialmente superior ao registado em 2019, 2018 e 2017 (sempre abaixo de 17 mil milhões de euros).

 

A taxa de juro da dívida portuguesa a 15 anos está a subir um ponto base para 0,751% no mercado secundário, um valor que poderá ser indicativo do preço que Portugal terá de pagar nesta emissão.

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