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Setor de petróleo e gás sustenta Europa no verde em dia sem "farol" de Wall Street
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
Setor de petróleo e gás sustenta Europa no verde em dia sem "farol" de Wall Street
Os principais índices europeus encerram a sessão em alta, sustentados por ganhos no setor de petróleo e gás e na banca. O dia de negociação teve menor volume, uma vez que é dia de ação de graças nos Estados Unidos e as bolsas norte-americanas não estiveram, por isso, a negociar.
O índice de referência do Velho Continente, Stoxx 600, somou 0,27% para 458,47 pontos, perto de máximos de 20 de setembro, ou seja, mais de dois meses.
A registar os maiores ganhos esteve o setor de petróleo e gás, que subiu 1,29%, após dois dias de perdas. Já o setor da banca avançou 0,66%, à boleia dos bancos suecos, depois de o Riskbank ter anunciado uma pausa no ciclo de subida das taxas de juro.
Em sentido oposto, os bancos holandeses caíram, depois de uma vitória inesperada do partido de extrema-direita, Partido para a Liberdade, liderado por Geert Wilders, que venceu as eleições legislativas realizadas esta quarta-feira nos Países Baixos.
"O 'rally' que temos visto nos últimos meses é bem-vindo, mas, ao mesmo tempo, está mais ou menos a recuperar as perdas das semanas anteriores", disse à Bloomberg Michael Field, analista da Morningstar.
"É difícil ver os mercados continuarem a subir sem nenhum catalisador além do sentimento dos investidores", acrescentou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,23%, o francês CAC-40 valorizou 0,24%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,28%, o britânico FTSE 100 subiu 0,19% e o espanhol IBEX 35 pulou 0,18%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,3%.
Juros agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro agravaram-se, o que significa uma menor aposta dos investidores nas obrigações. Isto num dia em que mostraram um maior apetite pelo risco, com as ações europeias a negociarem no verde.
A "yield" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos subiu 6 pontos base para 3,247% e a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, agravou-se 5,8 pontos base para 2,615%.
Os juros da dívida soberana italiana aumentaram 7,2 pontos base para 4,382%, a "yield" da dívida espanhola cresceu 6,7 pontos para 3,616% e os juros da dívida francesa agravaram-se 6,5 pontos para 3,181%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica subiram 10 pontos base para 4,249%, um dia depois de o ministro das Finanças, Jeremy Hunt, apresentar a proposta de orçamento.
Petróleo cai mais de 1% com adiamento de reunião da OPEP+
O preço do petróleo está a desvalorizar, penalizado pelo adiamento da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) e por uma menor negociação devido ao feriado do Dia de Ação de Graças, nos Estados Unidos.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, perde 1,5% para 75,94 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, cai 1,35% para 80,85 dólares por barril.
A OPEP+ decidiu adiar o encontro - inicialmente marcado para este fim de semana - para dia 30 de novembro, devido a um desentendimento sobre a produção de crude por parte dos países africanos.
Este adiamento colocou o ouro negro a cair, uma vez que coloca em causa a ideia de que a OPEP+ iria prolongar os cortes ou até aprofundá-los.
O atraso da reunião da OPEP+ "salientou o drama, mas, possivelmente, não o resultado", consideraram analistas do Citigroup, numa nota a que a Bloomberg teve acesso. Os especialistas esperam que a Arábia Saudita mantenha o corte voluntário de 1 milhões de barris por dia no próximo ano.
Ouro valoriza com dólar mais fraco, mas mantém-se abaixo dos 2 mil dólares por onça
O ouro está a valorizar, à boleia de um dólar mais fraco numa altura em que os investidores tentam perceber o curso da política monetária.
O preço do metal amarelo tende a subir quando a divisa norte-americana perde uma vez que, por ser cotado em dólares, se torna mais atrativo para quem negoceia com outras moedas.
O metal precioso sobe 0,19% para 1.992,66 dólares por onça. Ainda assim, o ouro mantém-se abaixo da fasquia dos 2.000 dólares por onça. Noutros metais, o paládio cede 1,13% para 1.050,47 dólares e a platina cai 0,85% para 918,13 dólares.
No mercado cambial, o euro valoriza 0,17% para 1,0907 dólares, depois de dados que mostram que a produção industrial alemã superou as expectativas. O PMI (índice dos gestores de compras) na indústria fixou-se em 42,3% em novembro.
Europa no verde. "Mid" e "large caps" holandesas em queda com vitória da extrema-direita
O verde foi a cor que dominou o arranque da sessão na Europa, com os investidores atentos aos números da indústria francesa e às eleições nos Países Baixos, num dia que deverá ser marcado por um menor volume de negociação do que o habitual, devido aos feriados nos EUA e no Japão.
O "benchmark" europeu Stoxx 600 ganha 0,16% para 457,96 pontos, recursos primários e "oil & gas" comandam os ganhos. Já as ações das "telecom" e das viagens lideram as perdas.
Entre as principais praças europeias, Frankfurt sobe 0,10%, Paris ganha 0,22% e Londres soma 0,33%. Milão valoriza 0,25% e Madrid (-0,02%) negoceia na linha de água. Por cá, Lisboa acompanha a tendência predominante e arrecada 0,19%.
Amesterdão negoceia na linha de água (0,04%). O indicador da Bloomberg sobre ações de grande e média capitalização bolsista estão em queda, com o ING a cair 3% e a ASML a descer até 2,8%.
O partido de extrema-direita, Partido para a Liberdade, liderado por Geert Wilders, terá vencido as eleições legislativas realizadas esta quarta-feira nos Países Baixos, de acordo com uma sondagem à boca das urnas realizada pela Ipsos.
A sessão está a ser animada pelas notícias vindas da China que dão conta de uma lista redigida por Pequim e composta por 50 entidades do setor imobiliário elegíveis para um financiamento, que incluiu a colapsada imobiliária Country Garden.
Os investidores estão ainda a digerir os mais recentes dados macroeconómicos no bloco. O índice de gestores de compras da S&P da indústria transformadora da segunda maior economia do bloco ter caído inesperadamente em novembro.
O mercado espera também que sejam divulgados os relatos referentes à última reunião de política monetária do BCE.
Juros agravam-se na Zona Euro entre indicadores e vitória da extrema-direita nos Países Baixos
Os juros agravam-se na Zona Euro, num dia em que o mercado acionista europeu regista ganhos ligeiros, e numa altura em que os investidores digerem os mais recentes resultados eleitorais nos Países Baixos e dados macroeconómicos no bloco.
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para o mercado europeu – agrava-se 0,7 pontos base para 2,563%.
Os juros da dívida portuguesa, que vencem em 2033, somam 1,4 pontos base para 3,201%.
A rendibilidade das obrigações espanholas a 10 anos soma 1,4 pontos base para 3,563%.
A "yield" dos títulos franceses com a mesma maturidade cresce 1,3 pontos base para 3,129%, depois do índice de gestores de compras da S&P da indústria transformadora da segunda maior economia do bloco ter caído inesperadamente em novembro.
Os juros da dívida italiana, que vence em 2033, somam 1,8 pontos base para 4,327%.
A "yield" das obrigações a 10 anos dos Países Baixos agrava-se 1,9 pontos base para 2,903%, após o partido de extrema-direita, Partido para a Liberdade, liderado por Geert Wilders, terá vencido as eleições legislativas realizadas esta quarta-feira nos Países Baixos, de acordo com uma sondagem à boca das urnas realizada pela Ipsos.
Euro sobe antes dos relatos do BCE. Renmimbi valoriza com lista dourada de Pequim
O euro valoriza 0,33% para 1,0924 dólares, momentos antes de serem divulgados os relatos referentes à última reunião de política monetária do BCE.
Os investidores estão ainda atentos a uma chuva de dados macroeconómicos, que poderão dar sinais sobre a vitalidade económica da Europa.
O índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra outras divisas – cai 0,33% para 103,579 pontos.
O renmimbi cresce 0,23% para 0,1401 dólares, após as notícias de que Pequim está a elaborar uma lista de 50 entidades elegíveis para financiamento bancário, incluindo a colapsada imobiliária Country Garden, numa altura em que o setor no país treme.
Ouro brilha de olhos postos na Fed
O ouro valoriza 0,26% para 1.995,27 dólares por onça, negociando perto da fasquia dos dois mil dólares, depois de o metal precioso já ter superado esta fasquia, numa altura que o mercado se mantém atento ao futuro dos juros diretores nos EUA.
Desde o início da semana passada, o ouro já ganhou quase 3%. Depois de superar a fasquia dos dois mil dólares por onça, o metal amarelo foi pressionado esta quarta-feira, pelo agravamentos dos juros no mercado da dívida, devido ao aumento das expectativas da inflação nos EUA a curto prazo para máximos de sete meses em novembro.
Ainda assim, o facto de no mercado de derivados já começar a apostar em cortes dos juros diretores nos EUA no próximo ano, está a contrabalançar o sentimento e a fazer puxar pelo metal amarelo.
Adiamento da reunião da OPEP+ ainda faz mossa no petróleo
O petróleo continua a ser pressionado pela notícia do adiamento da reunião dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+), devido à discórdia entre vários membros. Também os "stocks" de crude nos EUA estão a influenciar o sentimento do mercado.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – recua 0,70% para 76,56 dólares por barril.
Por sua vez, o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cai 0,81% para 81,30 dólares por barril.
A OPEP+ adiou o seu encontro marcado para 26 de novembro para o próximo dia 30 de novembro. A Bloomberg dá conta de um sentimento de discórdia relativamente às quotas de produção de países africanos, incluindo Angola.
Nos EUA, a administração do país confirmou a tendência demonstrada na terça-feira pelo American Petroleum Institute, e portanto, os "stocks" de crude cresceram 8,7 milhões de barris na semana passada, o quinto aumento consecutivo e uma subida acima do esperado.
Setor imobiliário chinês vive melhor dia desde setembro. Europa sem rumo antes dos relatos do BCE
A Ásia terminou a sessão de forma mista e os futuros sobre o Euro Stoxx 50 negoceiam sem um rumo definido, num dia marcado por um menor volume de negociação do que o habitual devido à comemoração do dia de Ação de Graças nos EUA e a um feriado no Japão.
Na China, Hong Kong subiu 0,3%. As ações da Country Garden escalaram 17,67%, com a notícia que dá conta que a empresa está presente numa lista redigida por Pequim e composta por 50 entidades do setor imobiliário elegíveis para um financiamento.
O setor imobiliário como um todo valorizou 7%, tendo registado a melhor semana desde setembro. Xangai somou 0,6%.
Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,13%.
Pela Europa, o sentimento deverá ser marcado pela divulgação dos relatos do BCE sobre a última reunião de política monetária. Os investidores vão estar atentos a pistas sobre o futuro das taxas de juro. A presidente da instituição, Christine Lagarde, ainda esta quarta-feira avisou que "é cedo para cantar vitória" relativamente à inflação, numa conferência em Berlim.
Neste dia é também conhecida a estimativa rápida dos índices dos gestores de compras (PMI) da S&P Global Manufacturing, relativos a novembro. Serão divulgados os PMI compósitos, bem como os dados desagregados para a indústria e os serviços. Serão também veiculados os mesmo indicadores para o Reino Unido, França e Alemanha.
Também os os dados finais do PIB de Espanha no segundo trimestre vão estar a partilhar as atenções do mercado.