Notícia
Europa mista mas a sorrir na semana. Euro em máximos de março face à libra
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Euro segue a ganhar face a dólar, libra e iene
A moeda única europeia continua a valorizar-se face às principais divisas internacionais depois de o BCE ter decidido manter os juros e o programa de estímulos à economia inalterados. O euro encontra-se em máximos desde março face à libra, com a moeda britânica a ser castigada pela crescente convicção de um Brexit sem acordo.
Dando continuidade à tendência das duas últimas sessões, o euro avança 0,19%, para 1,1838 dólares.
A moeda única europeia valoriza igualmente perante as contrapartes britânica e japonesa, com ganhos de 0,34%, para 0,9258 libras esterlinas, máximos desde março, e 0,22%, para os 125,66 ienes.
Juros da dívida recuam ajudados por BCE
Os juros das dívidas soberanas dos países da Zona Euro aliviam esta sexta-feira, beneficiando da posição defendida na véspera pelo BCE de não aumentar o plano de estímulos por não haver necessidade, mas garantindo que responderá sempre que tal se justifique.
A maior descida verifica-se nas "bunds" alemãs, o "benchmark" na Europa, que cedem 4,7 pontos base, para -0,482%.
A yield da dívida portuguesa a 10 anos recua 3,9 pontos, para 0,324%, enquanto a de Espanha para a mesma maturidade desce 4,2 pontos, para os 0,301%.
Em Itália, o alívio na yield é menor, apenas de 2,7 pontos base, para 0,979%.
Tendência mista no Velho Continente. Mas semana teve melhor ganho desde início de agosto
As bolsas europeias encerraram a última sessão da semana em terreno misto, com os investidores a avaliarem o impacto do ressurgimento da covid-19, as decisões do BCE e o intensificar de tensões entre os Estados Unidos e a China.
O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas do Velho Continente, encerrou a somar 0,13% para 367,96 pontos. Na semana, registou um acréscimo de 1,7%.
Entre as principais praças da Europa Ocidental, a maior subida coube ao índice britânico FTSE, que valorizou 0,48%, seguido de uma subida de 0,27% o AEX em Amesterdão e de 0,20% do parisiense CAC-40.
Pela negativa, o índice alemão Dax deslizou 0,05%, e em Madrid o Ibex cedeu 0,80%. Já a bolsa de Atenas perdeu 0,15%.
Os materiais de base tiveram o seu melhor dia em mais de cinco semanas, com alguns dos maiores nomes da indústria mineira, como a Anglo American e a Rio Tinto, a receberem um impulso com a subida da grande maioria dos prepos dos metais industriais.
Do lado contrário, destaque para o desempenho negativo sobretudo da banca e das viagens e lazer este último penalizado sobretudo por novas restrições devido ao coronavírus em países como França e Reino Unido. Isto numa altura em que os investidores dão preferência a títulos defensivos.
Apesar das descidas de hoje, as bolsas europeias registaram o maior ganho semanal desde início de agosto, ou seja, em cinco semanas. A ajudar estiveram os ganhos da Altice e da Aryzta, à conta de notícias sobre fusões.
Ouro cede terreno com ausência de novos estímulos
O metal amarelo segue em baixa, penalizado sobretudo pela ausência de estímulos adicionais por parte do Banco Central Europeu e do governo norte-americano, mas está a caminho de um saldo semanal positivo à conta dos receios em torno da retoma económica que fazem com que o ouro seja procurado devido ao seu estatuto de valor-refúgio.
O ouro a pronto (spot) recua 0,23% para 1.949,48 dólares por onça no mercado londrino, depois de já ter estado hoje a negociar nos 1.949 dólares, o valor mais alto em mais de uma semana.
No mercado nova-iorquino (Comex), os futuros do metal cedem 0,24% para 1.949,50 dólares por onça.
Houve alguma deceção em relação ao BCE, porque havia a expectativa de que iríamos er mais estímulos. Apesar disso, o ouro tem estado a ter um bom desempenho, comentou à Reuters um analista da Oanda, Edward Moya.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, revelou uma visão modestamente otmista sobre a retoma da Europa e não disse que o banco irá reforçar os estímulos.
Já nos EUA, os democratas do Senado bloquearam uma proposta republicana que previa cerca de 300 mil milhões de dólare em novas ajudas no contexto do combate ao impacto da covid-19.
Preço do petróleo recupera com sinal positivo nas bolsas
As cotações do ouro negro seguem em alta nos principais mercados internacionais, sustentadas sobretudo pela boa performance nas bolsas, especialmente as norte-americanas.
O West Texas Intermediate (WTI), benchmark para os Estados Unidos, para entrega em outubro segue a somar 0,54% para 37,50 dólares por barril.
Já o contrato de novembro do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, regista uma desvalorização de 0,10% para 40,10 dólares.
Os preços estavam a negociar no vermelho, ainda a serem penalizados pelo inesperado aumento dos stocks norte-americanos de crude na semana passada, mas entretanto inverteram para terreno positivo à boleia da retoma das bolsas, sobretudo nos Estados Unidos.
Apesar deste regresso aos ganhos, o petróleo está a caminho da segunda semana consecutiva com saldo agregado negativo, o que não sucedia desde a derrocada de abril.
As reservas de crude do país aumentaram em dois milhões de barris na semana passada, para um total de 500,4 milhões, quando os analistas inquiridos pela S&P Global Platts apontavam para uma descida de 500.000 barris.
A penalizar o sentimento dos investidores tem estado também a revisão em baixa, por parte da IEA, da sua previsão para o crescimento da procura mundial de petróleo este ano.
A IEA estima que o consumo global de petróleo e combustíveis líquidos seja de 93,1 milhões de barris por dia em 2020, uma queda de 8,32 milhões de barris diários face ao ano passado.
Wall Street recupera com ajuda das tecnológicas
Os principais mercados acionistas do outro lado do Atlântico abriram em alta, com os sólidos resultados da Oracle a destacarem a resiliência das tecnológicas durante a crise de covid-19.
O Dow Jones segue a somar 0,65% para 27.714,09 pontos, e o Standard & Poors 500 avança 0,72% para 3.363,10 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite ganha 0,87% para 11.014,09 pontos.
A empresa de serviços na nuvem Oracle segue a subir 4,5% depois de ontem, depois do fecho da sessão, ter reportado lucros trimestrais acima das estimativas e ter indicado um aumento dos gastos dos clientes devido a uma maior procura liderada pelo trabalho em casa.
As chamadas vencedoras do fique em casa Apple, Amazon, Microsoft e Netflix seguem em alta de cerca de 1%, a corrigirem do movimento de sell-off registado nos últimos dias (a única pausa nas quedas deu-se na sessão de quarta-feira, 9 de setembro).
Bolsas europeias entre ganhos e perdas
As bolsas europeias estão a negociar sem uma tendência definida esta sexta-feira, 11 de setembro, com os investidores a pesarem uma série de fatores, como as decisões do BCE, as dificuldades na contenção da pandemia na Europa e a ameaça de crescentes tensões entre os Estados Unidos e a China, depois de Donald Trump ter garantido que não alargará o prazo de 15 de setembro para que a ByteDance venda as operações da TikTok nos Estados Unidos.
Nesta altura, o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, avança 0,16% para 368,09 pontos, com os principais mercados a oscilarem entre a queda de 0,88% em Lisboa e a subida de 0,29% em Londres.
Contudo, as ações mundiais preparam-se para completar a segunda semana consecutiva de perdas, algo que já não acontecia desde março.
Isto numa altura em que a pandemia continua no centro das preocupações dos investidores, com o número de casos a ultrapassar os 28 milhões a nível global.
Por cá, a Altri é a cotada que mais penaliza o PSI-20, com uma descida de 5,10% para 4,170 euros. As ações estão a refletir a quebra de cerca de 86% dos lucros no primeiro semestre, anunciada ontem após o fecho do mercado.
Ouro cai pelo segundo dia
O ouro está a cair pela segunda sessão consecutiva, com os investidores atentos aos movimentos do dólar dos Estados Unidos, depois dos comentários do BCE sobre a moeda única.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que a valorização do euro deve ser monitorizada por causa do seu impacto, mas não sinalizou nenhuma necessidade urgente de ajustar a política. Em declarações proferidas depois de o BCE ter mantido o seu programa de compra de títulos pandémicos e os juros inalterados, Lagarde disse que as autoridades irão avaliar cuidadosamente as informações recebidas, incluindo a evolução da taxa de câmbio.
O foco dos investidores volta-se agora para a reunião da Reserva Federal na próxima semana.
Neste momento, o ouro cai 0,12% para 1.943,55 dólares.
Juros descem antes da decisão da S&P
Os juros da dívida portuguesa estão em queda no dia em que a Standard & Poors poderá pronunciar-se sobre o rating e outlook da dívida soberana de Portugal.
Contudo, tendo em conta a elevada incerteza que se vive em todo o mundo, fruto do impacto na atividade económica da covid-19, não se espera qualquer mexida por parte da agência de notação financeira.
Nesta altura, a yield associada às obrigações portuguesas a dez anos cai 2,6 pontos para 0,337%, enquanto em Espanha, no mesmo prazo, os juros descem 2,8 pontos para 0,316%.
Em Itália, a queda é de 2,5 pontos para 0,982% e na Alemanha de 3,2 pontos para -0,466%.
Euro sobe pela terceira sessão
A moeda única europeia está a valorizar face ao dólar pela terceira sessão consecutiva, depois de o BCE ter decidido manter os juros e o programa de estímulos à economia inalterados, na reunião desta quinta-feira.
O euro tem vindo a ganhar força, alimentando o debate sobre se o BCE deveria acelerar a alteração do seu objetivo para a inflação, de forma a responder à recente decisão da Reserva Federal.
Christine Lagarde admitiu ontem que os governadores estão atentos à moeda, mas recusou qualquer meta para o euro e remeteu para mais tarde o debate sobre o objetivo de inflação.
Observamos uma pressão negativa nos preços e isso é largamente atribuível à apreciação do euro, disse, mas não temos nenhuma meta para a moeda, não quero, nem vou, comentar. Acompanhamos de perto porque isso interfere na inflação, explicou.
Nesta altura,a moeda única avança 0,17% para 1,1835 dólares.
Petróleo abaixo dos 40 dólares em Londres
O petróleo está a negociar em queda nos mercados internacionais, preparando-se para completar esta sexta-feira a segunda semana consecutiva de quedas.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desliza 0,7% para 37,04 dólares, enquanto o Brent, transacionado em Londres, perde 0,65% para 39,80 dólares.
A penalizar a matéria-prima estão os dados que mostram que a procura por combustíveis poderá demorar mais tempo a recuperar do que o previsto: ainda ontem o Departamento de Informação de Energia dos Estados Unidos revelou que as reservas de crude do país aumentaram pela primeira vez em sete semanas e que os inventários no centro de armazenamento de Cushing atingiram o nível mais alto desde maio.
A penalizar as cotações estão ainda os sinais de que a pandemia poderá estar a reganhar força na Europa, colocando ainda mais pressão nas perspetivas de recuperação da economia.
Futuros da Europa praticamente inalterados
Os futuros das ações europeias estão pouco alterados, apontando para um início de sessão sem uma tendência definida no Velho Continente, numa altura em que as rivalidades entre os Estados Unidos e a China, e os mais recentes dados económicos estão a pesar no sentimento dos investidores.
Na Ásia, a maioria dos índices registou ganhos ligeiros. As bolsas do Japão e Hong Kong subiram, enquanto na Coreia do Sul e Austrália a última sessão da semana foi de perdas.
A pandemia continua no centro das preocupações do mercado, numa altura em que os casos, a nível global, já ultrapassam os 28 milhões, e em que a Europa mostra dificuldades em conter os surtos.
Ao mesmo tempo, continuam as divisões no Congresso dos Estados Unidos sobre o novo plano de estímulos à economia, e as tensões entre Washington e Pequim não dão sinais de alívio: o presidente Donald Trump já disse que não vai estender o prazo de 15 de setembro para a ByteDance vender as operações nos EUA da famosa aplicação TikTok.
Ontem foram ainda revelados dados preocupantes sobre a evolução do mercado de trabalho na maior economia do mundo, que estão a gerar receios sobre o ritmo da recuperação da crise.