Notícia
Europa no vermelho em semana positiva. Ouro recupera
Acompanhe aqui os mercados ao minuto.
- Futuros em alta na Europa e EUA
- Bolsas europeias invertem para o vermelho a aliviar de ganhos recentes
- Dólar cai pelo quarto dia apesar de Powell
- Petróleo cai com furacão Laura a perder força
- Ouro sobe com maior flexibilidade da Fed sobre inflação
- Juros dos periféricos da Zona Euro renovam máximos de julho
- Novo caminho da Fed deixa Wall Street seguir no verde
- Euro e libra terminam dia em alta face ao dólar na melhor semana do mês
- Ouro interrompe ciclo de quedas semanais com ganho superior a 1%
- Tempestade Laura deu força aos preços do petróleo que valorizam na semana
- Europa com maior subida mensal desde abril no horizonte
- Juros de Itália vão a máximos de um mês, contrariando resto da Europa
Os futuros do europeu Stoxx50 avançam 0,5% e os futuros do norte-americano S&P500 sobem 0,4%. Também na Ásia predominou o otimismo, com as bolsas de Shanghai (+1,1%) e Hong Kong (+0,7%) em alta.
Já as bolsas japonesas fecharam no vermelho numa altura em que foi já confirmada a demissão do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, o líder de um governo nipónico a permanecer mais tempo em funções.
A contribuir para as subidas dos futuros no velho continente e nos EUA está a evolução menos desfavorável da economia norte-americana do que o previsto. O PIB americano encolheu 31,7% no segundo trimestre deste ano comparativamente com igual período do ano passado, um resultado melhor do que a primeira leitura do Departamento do Comércio que apontavam para uma quebra de 32,9%.
Depois da abertura da sessão desta sexta-feira ter sido pontuada por subidas generalizadas das principais praças europeias, poucos minutos depois inverteram para terreno negativo.
Assim, o índice de referência europeu Stoxx600 segue agora a recuar 0,10% para 370,35 pontos no segundo dia consecutivo no vermelho. As quedas dos setores tecnológico e do retalho são as que mais penalizam na Europa, sobrepondo-se assim às subidas da banca e do setor imobiliário.
O setor tecnológico corrige face à tendência de valorização dos últimos dias que, no início desta semana, lhe permitiram escalar para o valor mais alto desde maio de 2001.
Em Lisboa, também o PSI-20 inverteu para seguir nesta altura a perder 0,37% para 4.355,11 pontos, o que coloca o principal índice nacional na cotação mais baixa da última semana. A contribuir decisivamente para a inversão para o vermelho está a Mota-Engil que depois de arrancar a sessão no verde está a cair 4,70% para 1,826 euros, corrigindo assim relativamente á valorização superior a 32% ontem registada.
A segunda descida consecutiva segue-se a um ciclo de subidas do mercado acionista ao nível mundial e que ficou sobretudo a dever-se à expectativa de que a Reserva Federal dos Estados Unidos anunciasse a adoção de políticas monetárias mais expansionistas. Essa toada teve continuidade no discurso que Jerome Powell fez na conferência de Jackson Hole ao abrir via a um período mais longo de juros próximos de zero.
A moeda norte-americana está a perder valor nos mercados cambiais, estando em queda pela quarta sessão consecutiva contra um cabaz composto pelas principais divisas mundiais.
Esta desvalorização acontece apesar de ontem o dólar ter chegado a reagir positivamente ao discurso feito por Jerome Powell, com o líder da Fed a admitir que as taxas de juro diretoras poderão subir se a Reserva Federal não atingir os objetivos definidos para a inflação.
Já o euro aprecia 0,57% para 1,1889 dólares na primeira valorização contra a divisa norte-americana em três sessões.
O preço do petróleo volta a estar em queda nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, transacionado em Londres e usado como referência para as importações nacionais, recua 0,44% para 44,89 dólares por barril naquela que é a terceira desvalorização consecutiva.
Já em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) perde 0,49% para 42,83 dólares no segundo dia seguido em queda.
Apesar de o furacão Laura ter sido dos mais fortes a atingir o estado do Luisiana, o evento climatérico perdeu força e configura agora menor risco para as plataformas de exploração e refinaria de crude dos Estados Unidos.
Isso faz com que a capacidade de oferta da matéria-prima por parte dos EUA não seja tão negativamente atingida quanto chegou a ser estimado, pelo que o ouro negro segue novamente a recuar.
O valor do metal precioso está a apreciar 1,02% para 1.949,18 dólares por onça numa altura em que os investidores tentam aferir o impacto da mudança ontem anunciada por Jerome Powell relativamente à política monetária do banco central dos Estados Unidos.
O presidente da Reserva Federal revelou que a Fed será mais flexível no que diz respeito à prossecução de uma taxa de inflação de 2%, admitindo que essa meta possa ser superada, ainda que apenas por períodos limitados de tempo.
As taxas de juro estão outra vez a agravar-se na área do euro, com as "yields" dos países periféricos da área da moeda única a renovaram máximos de julho.
A "yield" correspondente às obrigações soberanas de Portugal com maturidade a 10 anos avança 1,9 pontos base para 0,416%, estando assim em máximos de 15 de julho.
Também as taxas de juro referentes aos títulos da Espanha e da Itália com prazo a 10 anos sobem respetivamente 1,5 e 3 pontos base para 0,397% (máximo de 17 de julho) e 1,048% (máximos de 22 de julho).
Nota ainda para a quinta sessão seguida de agravamento do custo de financiamento da Alemanha no mercado secundário de dívida. A "yield" associada às obrigações germânicas (bunds) a 10 anos avança 2,1 pontos base para -0,388%, um máximo de 11 de junho.
A bolsa de Nova Iorque abriu em alta, animada ainda pela política anunciada pela Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) esta quinta-feira.
A Reserva Federal dos EUA adiantou que irá colocar de lado a prática que segue há mais de três décadas, aponta a agência Dow Jones, de subir as taxas de juro de forma preventiva para evitar um disparo da inflação. Ou seja, as taxas de juro devem manter-se em níveis historicamente baixos por mais tempo.
Neste contexto, o generalista S&P500 avança 0,16% para os 3.490,02 pontos, o industrial Dow Jones sobe 0,17% para os 28.538,43 pontos e o tecnológico Nasdaq ascende 0,52% para os 11,685.81 pontos.
No mundo empresarial, no dia em que foi noticiado que as propostas para a compra da TikTok já foram avançadas, e que o negócio deverá ficar fechado dentro de uma semana, as empresas que até agora se sabe que estão interessadas na compra seguem a valorizar. A Walmart aprecia 1,50% para os 138,70 dólares, a Microsoft avança 1,48% para os 229,94 dólares e a Oracle sobe 0,70% para os 57,58 dólares.
Hoje, o euro ganhou 0,65% para os 1,1899 dólares, enquanto que a libra avançou 1,01% para os 1,3334 dólares, dando assim continuidade ao "rally" face ao enfraquecido dólar.
Na semana, o euro acumula um ganho de cerca de 0,9%. Já a libra ganha quase 2% frente ao dólar, nesta semana. Em ambos os casos, estas são as valorizações mais expressivas nas últimas quatro semanas.
O metal precioso ganha 1,73% para os 1.962,79 dólares por onça na sessão de hoje e consuma uma valorização de 1,14% na semana.
Este ativo voltou a beneficiar com o dólar mais fraco e com as alterações no mandato da Reserva Federal dos Estados Unidos, que conta agora em prolongar este ambiente de taxas de juro em mínimos por mais tempo.
A produção de petróleo sofreu uma queda, como consequência do rastilho deixado pela tempestade tropical, levando a um aumento de preços tanto no crude dos Estados Unidos, como no Brent.
Hoje, o Brent - que serve de referência para Portugal - desvaloriza 0,24% para os 44,98 dólares por barril, mas ganha 1,42% na semana.
O WTI (West Texas Intermediate), dos Estados Unidos, cai 0,42% para os 42,85 dólares por barril. Contudo, acumula um ganho de 1,18% nesta semana.
As bolsas europeias terminaram a semana alinhadas no vermelho, apesar do entusiasmo que a Fed levantou do outro lado do oceano.
O índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias desceu 0,52% para os 368,80 pontos esta sexta-feira, contabilizando três sessões no vermelho desde segunda-feira. Ainda assim, este índice acabou por terminar os últimos cinco dias com um balanço positivo de 1,02%.
Por outro lado, olhando ao saldo do mês de agosto, que termina na próxima segunda-feira, o acumulado é para já positivo em 1,04%, colocando agosto na calha para ser o melhor mês do Stoxx600 desde abril.
Este desempenho contrasta com o de Wall Street, onde os principais índices seguem a somar no rescaldo das novidades trazidas pelo presidente da Fed, Jerome Powell, esta quinta-feira. O banco central norte-americano decidiu abandonar a política regular de aumentar as taxas de juro de forma a controlar a inflação, mantendo os juros em níveis próximos de zero.
Isto porque hoje, a taxa de referência da Alemanha encolhe 0,2 pontos base para os -0,411%. No entanto, no acumular da semana registaram um ganho de 9,9 pontos base, liderando as subidas na região.
Por cá, os juros portugueses estão a cair 0,5 pontos base para os 0,393% e os de Espanha perdem 0,9 pontos base para os 0,376%. Na semana, ambas as taxas subiram 7 e 8,1 pontos base, respetivamente.