Notícia
Europa fecha com quedas ligeiras. H&M afunda 13%
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
"Spread" da dívida francesa face às "Bunds" aumenta
O "spread" entre os juros da dívida francesa e os das "Bunds" alemãs voltou a agravar-se esta quinta-feira. A "yield" da dívida gaulesa a 10 anos agravou-se em 3,8 pontos base, para 3,264%, ao passo que os juros das "Bunds" aliviaram 0,1 pontos, para 2,445%. Assim, o diferencial na rendibilidade ascendeu a 81,9 pontos.
Os juros da dívida portuguesa e da espanhola subiram 1,7 pontos base, para 3,206% e 3,349%, respetivamente.
Já a rendibilidade da dívida italiana cresceu 3,3 pontos base para 4,023%.
Fora da Zona Euro, a "yield" dos juros da dívida do Reino Unido a 10 anos avançaram 0,1 pontos base para 4,129%, num dia em que o relatório de estabilidade financeira do Banco de Inglaterra mostra que o ambiente de risco no país permanece praticamente inalterado desde o primeiro trimestre.
Europa fecha com quedas ligeiras. H&M afunda 13%
As principais bolsas da Europa Ocidental encerraram com ligeiras perdas esta quinta-feira num dia em que os dados económicos dos EUA divulgados apontam para uma deterioração no mercado laboral da maior economia mundial, o que veio dar novas esperanças sobre um alívio da política monetária da Reserva Federal (Fed).
O Stoxx600, índice pan-europeu, recuou 0,43%, para os 512,59 pontos, com os setores do retalho, "utilities" (água, luz e gás) e automóvel a serem os mais penalizados. No retalho, os lucros abaixo do esperado da H&M afundaram as ações da empresa sueca, que perderam 12,97%, e acabaram por contagiar o setor.
Com as eleições legislativas de dia 30 a aproximarem-se, o nervosismo dos investidores franceses aumentou, o que levou o CAC-40 a perder 1,03%.
O italiano FTSEMib recuou 1,06%, enquanto o espanhol IBEX-35 cedeu 0,72% e o britânico FTSE perdeu 0,56%.
Já o alemão DAX-30 ganhou 0,30%, apesar do forte peso do setor automóvel no índice, e em Amesterdão o AEX avançou 0,21%.
Petróleo sobe 1%. Tensão no Médio Oriente poderá afetar Irão
As cotações do "ouro negro" seguem a ganhar terreno nos principais mercados internacionais, à medida que a guerra no Médio Oriente continua a alimentar preocupações com a oferta. Mesmo o aumento de 3,6 milhões de barris nos "stocks" de petróleo nos EUA parece não ter limitado os ganhos do crude.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 1,06% para 81,76 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 1% para 86,10 dólares.
A expectativa é que os preços subam ainda mais no próximo trimestre devido à força sazonal, devido ao aumento das viagens.
A volatilidade dos preços poderá ainda ser afetada com os resultados das eleições, tanto em França como no Irão - especialmente este último, que é o maior produtor de petróleo do mundo, e parece estar "no meio" da tensão entre Israel e o Hezbollah do Líbano.
Os dados divulgados esta sexta-feira sobre o PCE nos EUA vai ainda dar mais pistas sobre o rumo da política monetária no país.
Dólar cai com economia dos EUA mais frágil. Iene recupera
A nota verde está a ceder 0,20% face a outras dez divisas, com os novos dados da economia do outro lado do Atlântico a pressionaram a negociação do dólar. Este cenário fez com que o iene, que na última sessão atingiu valores que já não registava desde 1986, recuperasse parte das perdas.
A moeda norte-americana perde 0,26% contra a moeda única europeia para 0,9337 euros. Face à divisa do Reino Unido desce 0,23% para 0,7905 libras e em relação à moeda japonesa cede 0,10% para 160,6500 ienes.
A agitar a negociação está o aumento do número de pedidos de subsídio de desemprego, que atingiu o nível mais alto desde dezembro de 2021, um sinal de alerta para a economia dos EUA, mas um reforço da especulação de mercado de que a Reserva Federal poderá descer as taxas de juro ainda este ano.
Além disso, os investidores aguardam pelos novos dados do PCE, os preços nas despesas de consumo das famílias, divulgados esta sexta-feira, em busca de novas indicações sobre o trajeto da política monetária a ser definida pela Fed.
Ouro escala com dados dos EUA favoráveis a corte de juros
O ouro salta de uma sessão em que esteve a negociar a preços mínimos de duas semanas para ganhar mais de 1%, à boleia de um dólar norte-americano mais fraco e com os novos dados da economia do país a refletirem um abrandamento.
O metal amarelo pula 1,26% para 2.327,10 dólares por onça.
A queda no dinamismo económico foi sublinhada pela diminuição dos gastos das empresas em equipamentos no mês passado, a par do recuo nas exportações, fatores que aumentaram o défice comercial de bens. Na terceira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) para o primeiro trimestre, o governo norte-americano confirmou que o crescimento económico moderou acentuadamente neste período.
A grande maioria dos investidores mantiveram a projeção de dois cortes nas taxas de juro para este ano, de acordo com os dados citados pela Reuters, embora o banco central dos EUA tenha projetado apenas um.
Wall Street abre mista com dados da economia dos EUA a agitar o mercado
Em dia de ânimo para as bolsas norte-americanas após os novos dados relativos à economia do outro lado do Atlântico, Wall Street arrancou a sessão com tendência mista, ainda que a negociar na linha d'água.
A recuperação das perdas de quarta-feira foi impulsionada pelo aumento do número de pedidos de subsídio de desemprego, que atingiu o nível mais alto desde dezembro de 2021, um sinal de alerta para a economia dos EUA, mas um reforço da especulação de mercado de que a Reserva Federal poderá descer as taxas de juro ainda este ano.
Também os pedidos de material às fábricas diminuíram inesperadamente em maio, o que indica que as empresas continuam cautelosas em realizar grandes investimentos com taxas elevadas.
"A estimativa final do PIB do primeiro trimestre foi revista ligeiramente em alta e a leitura de 1,4% é sólida – mas indica que o crescimento económico está a abrandar", disse Chris Zaccarelli da Independent Advisor Alliance, à Reuters.
O Standard & Poor's 500, "benchmark" para a região, avança ligeiros 0,06% para 5.481,15 pontos. O tecnológico Nasdaq Composite soma 0,13% para 17.827,46 pontos. Já o industrial Dow Jones desce ligeiramente, em 0,02%, para 39.121,37 pontos.
A Nvidia abre a cair mais de 1%, valor que entretanto subiu para os 0,57%, num mês em que as ações das gigantes tecnológicas estiveram num verdadeiro "rally" e levaram as bolsas a níveis recordes. A queda aconteceu depois de a Micron Technology tomar mais de 7% na última sessão, sentimento que contagiou a fabricante de semicondutores.
No verde arrancaram a Meta e a Apple, ao somarem 0,93% cada, a primeira com o novo sistema de "streaming" de realidade virtual nos dispositivos; a subida da segunda com o aumento da participação da Congress Asset Management Company na criadora do Iphone.
Em destaque está ainda a farmacêutica Walgreens Boots, que derrapa 23%, depois de reduzir as suas perspetivas de lucro anuais devido às fracas vendas. Além disso, a empresa anunciou que iria fechar grandes lojas nos EUA, já que o CEO quer reverter o negócio para se tornar mais lucrativo.
Euribor desce a três e a 12 meses e sobe a seis meses
A taxa Euribor desceu hoje a três e a 12 meses e subiu a seis meses em relação a quarta-feira.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que recuou para 3,695%, ficou acima da taxa a seis meses (3,678%) e da taxa a 12 meses (3,575%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, subiu hoje para 3,678%, mais 0,006 pontos, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,1% e 25%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, baixou hoje para 3,575%, menos 0,001 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses baixou, ao ser fixada em 3,695%, menos 0,027 pontos, depois de em 19 de outubro, ter subido para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.
O BCE desceu em 6 de junho as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 18 de julho.
Esta descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação.
A média da Euribor em maio desceu em todos os prazos, mas mais acentuadamente do que em abril e nos prazos mais curtos.
A média da Euribor em maio desceu 0,073 pontos para 3,813% a três meses (contra 3,886% em abril), 0,052 pontos para 3,787% a seis meses (contra 3,839%) e 0,021 pontos para 3,681% a 12 meses (contra 3,702%).
Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Ações europeias mistas. H&M chega a tombar 15%
As ações europeias estão a negociar mistas, antes de uma série de dados económicos na região e dos Estados Unidos que podem influenciar o rumo da negociação.
O índice de referência europeu Stoxx 600 sobe 0,04% para 515,02 pontos. A liderar os ganhos setoriais estava o setor do petróleo e gás, num dia em que os preços do petróleo negociavam em alta.
A destacar-se pela negativa esteve o setor do retalho que cai mais de 2%, pressionado pela H&M que chegou a cair 15% durante a sessão de hoje. A empresa de roupa revelou esta quinta-feira que o lucro operacional do segundo trimestre além de ter recuado em comparação com o mesmo período do ano passado, também falhou as estimativas.
Os investidores estão a aguardar dados macroeconómicos na Europa e EUA que podem traçar o caminho da negociação de hoje. Do outro lado do Atlântico estarão os preços da despesa do consumo das famílias norte-americanas e os dados sobre o emprego. Na Europa, os investidores vão estar a olhar para o sentimento económico na Zona Euro.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax valoriza 0,27% e o italiano FTSEMIB avança 0,08%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,48%.
A negociar no vermelho esteve o francês CAC-40 que desce 0,05%, enquanto o espanhol IBEX 35 decresce 0,36% e no Reino Unido o FTSE cede 0,06%.
Juros da Zona Euro agravam-se antes de discursos de membros do BCE
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro a 10 anos estão a agravar-se esta quarta-feira, num dia em que as principais praças europeias estão a negociar sem tendência definida.
Os investidores vão procurar um rumo nos discursos do governador do Banco da Estónia Madis Muller e do governador do Banco de Malta Peter Kazimir, ambos são membros do Banco Central Europeu (BCE).
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a 10 anos, referência para a região, aumenta 2,5 pontos base para 2,473%, enquanto os juros da dívida portuguesa sobem 1,7 pontos base para 3,206%.
Já a rendibilidade da dívida espanhola avança 1,8 pontos base para 3,350% e a da dívida soberana italiana cresce 2,5 pontos base para 4,015%. Por sua vez os juros da dívida francesa agravam-se em 1,5 pontos base para 3,242%.
Fora da Zona Euro, a "yield" dos juros da dívida do Reino Unido a 10 anos avançam 2,7 pontos base para 4,157%, num dia em que o mercado aguarda o relatório de estabilidade financeira do Banco de Inglaterra.
Dólar cede antes de dados dos preços do consumo das famílias dos EUA
O dólar está a perder terreno esta quinta-feira, num dia em que os investidores esperam os dados dos preços do consumo das famílias, um indicador importante para a Reserva Federal (Fed).
A moeda norte-americana perde 0,11% contra a moeda única para 0,9353 euros. Face à moeda do Reino Unido desce 0,13% para 0,7913 libras e em relação à moeda japonesa cede 0,059% para 160,5270 ienes.
A mexer na negociação estarão os números do índice de preços nas despesas de consumo das famílias (PCE, na sigla em inglês) nos Estados Unidos. Os investidores vão estar atentos ao indicador, que a Fed usa para medir o seu objetivo de inflação, em busca de pistas sobre o rumo da política monetária.
Ouro valoriza antes de dados dos custos do consumo
O ouro está em terreno positivo, depois de dois dias a negociar no vermelho antes de dados que podem traçar o rumo da política monetária da Reserva Federal.
O metal amarelo valoriza 0,13% para 2.301,26 dólares.
As atenções centram-se agora nos dados económicos agendados para o final desta semana, incluindo o indicador preferido da Reserva Federal, os preços nas despesas de consumo das famílias dos Estados Unidos.
Os preços do ouro reagem aos dados macroeconómicos, por serem sensíveis a alterações nos juros diretores. Os cortes tendem a beneficiar o metal precioso, já que este não rende juros.
Petróleo negoceia com perdas ligeiras
O petróleo desvaloriza, antes de uma série de dados macroeconómicos que podem mudar o rumo dos preços do ouro negro, incluidno os números do emprego.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos está a retrair 0,12% para 80,80 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, desce 0,07% para 85,19 dólares.
Os investidores estão atentos a uma série de dados económicos dos EUA nos próximos dois dias, incluindo os números do emprego, que podem definir o tom do petróleo e dos mercados.
A Administração de Informação de Energia divulgou ontem que os "stocks" de petróleo aumentaram inesperadamente, mas nem isso conseguiu estimular os preços da matéria-prima.
Futuros europeus recuam. Ações na China fecham o dia no vermelho
As ações europeias preparam-se para despertar o dia no vermelho, depois de um dia negativo para as praças europeias. Na Ásia, o mercado acionista também recuou, pressionado pelas ações tecnológicas dos Estados Unidos.
Na Europa os futuros do Stoxx 50 retraem 0,41%, enquanto que os do índice norte-americano S&P 500 descem 0,2%.
No Japão, o japonês Topix cedeu 0,33% e o Nikkei tombou 0,82%. Na China, o Hang Seng retraiu 2,22% enquanto o Shangai Composite desceu 0,85%.
As ações da norte-americana Micron Technology tombaram mais de 7% na sessão de ontem, depois de a fabricante de "chips" ter divulgado um "outlook" em linha com as previsões dos analistas, mas que desapontou o mercado. A notícia contagiou uma série de outras ações de empresas de semicondutores, incluindo a gigante Nvidia Corp.
"O mercado acionista está demasiado dependente das grandes tecnológicas - ponto final e fim da história", disse David Bahnsen, gestor no The Bahnsen Group.