Notícia
Petróleo desvaloriza com venda de reservas nos EUA. Ações europeias cedem
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
Europa com ganhos ligeiros depois de dados da inflação dos EUA
O índice de referência europeu fechou a sessão com ganhos ligeiros, depois dos dados da inflação dos EUA. Apesar de esta ter abrandado, o ritmo foi inferior ao esperado, o que pode resultar na continuação de uma política monetária "hawkish" por parte da Reserva Federal dos EUA.
"A inflação pode ter diminuído muito desde os máximos do ano passado, mas continua muito alta, em comparação com o objetivo da Fed", explica a analista de ações da Hargreaves Lansdown, Sophie Lund-Yates, citada pela Bloomberg.
O Stoxx 600 – composto pelas maiores 600 empresas do bloco – subiu 0,08% para 462,40 pontos.
Nas praças europeias, Madrid somou 0,57%, Paris amealhou 0,07% e Amesterdão subiu 0,04%. Já o índice do Reino Unido avançou 0,08%.
Em sentido inverso, o alemão Dax desvalorizou 0,11% e o PSI caiu 0,12%.
Entre as cotadas que tiveram maiores ganhos esteve a Vodafone, que valorizou depois da Liberty Global ter adquirido uma participação de 4,9% no capital da grupo britânico rival de telecomunicações.
Juros avançam com dados da Zona Euro a mostrarem fraqueza da economia
Os juros das dívidas públicas dos países da Zona Euro voltaram a subir com dados económicos na região a revelarem alguma perda de ímpeto na expansão económica.
Tanto o emprego como a criação de emprego do quarto trimestre cresceram ligeiramente, estando perto da estagnação. Já o PIB da Zona Euro do quarto trimestre face aos três meses anteriores estagnou mesmo.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a moeda única – avançou na sessão 7 pontos base para 2,436%.
Por sua vez, o juro da dívida italiana a dez anos agravou 5,5 pontos base para 4,221%.
Por fim, na Península Ibérica, a "yield" das obrigações portuguesas a dez anos somaram 6,5 pontos base para 3,267%, enquanto os juros da dívida espanhola com a mesma maturidade subiram 6,2 pontos base para 3,362%.
Nos EUA, os juros agravaram 8,4 pontos base para 3,786%, após o Departamento do Trabalho dos EUA ter divulgado que a inflação em janeiro baixou para os 6,4%. No entanto, o aumento dos preços no consumidor recuou menos do que o esperado pelos analistas, que esperavam que esta se tivesse fixado nos 6,2%.
Petróleo desvaloriza com EUA a venderem 26 milhões de barris da reserva estratégica
O petróleo segue em rota de desvalorização com os Estados Unidos a prepararem-se para vender mais crude das suas reservas estratégicas. Ainda a influenciar a negociação estão os dados da inflação que desceu de 6,5% em dezembro para 6,4% em janeiro, uma desaceleração menor do que o previsto.
Assim, o West Texas Intermediate (WTI) perde 1,07% para 79,28 dólares por barril, ao passo que o Brent do Mar do Norte recua 0,95% para 85,79 dólares por barril.
A administração liderada por Joe Biden deverá avançar com uma venda de 26 milhões de barris no mercado, um valor que tinha sido definido no Congresso em 2015.
"Devia ter sido público que esta venda ia acontecer", afirmou a analista Stacey Morris da VettaFi Alerian à Bloomberg, mas tal não terá acontecido devido às tentativas da atual administração norte-americana de interromper esta colocação no mercado.
Euro valoriza face ao dólar. Iene perde força
O euro segue a valorizar face à divisa norte-americana, estando a moeda única europeia a subir 0,15% para os 1,0757 dólares.
Já o índice do dólar da Bloomberg, que mede a força do dólar contra dez moedas rivais, perde 0,3% para os 103,043 pontos, após novos dados terem mostrado que a inflação abrandou a um ritmo mais lento do que o esperado em janeiro, mantendo-se em níveis elevados.
O iene está entre as moedas com pior desempenho, estando a desvalorizar face ao dólar e ao euro, num dia em que foi oficialmente confirmado que Kazuo Ueda será o novo governador do Banco do Japão.
A moeda norte-americana valoriza 0,30% para os 132,82 ienes e o euro sobe 0,37% para os 142,51 ienes.
Ouro valoriza após recuo da inflação menos acentuado do que o esperado nos EUA
Os preços do ouro seguem a valorizar, depois de o Departamento do Trabalho dos EUA ter divulgado que a inflação em janeiro baixou para os 6,4%. O aumento dos preços no consumidor recuou menos do que o esperado pelos analistas, que esperavam que esta se tivesse fixado nos 6,2%.
Os dados esta terça-feira divulgados abrem a porta à continuação das subidas das taxas de juro por parte da Fed, que tem como objetivo baixar a inflação para a meta dos 2%. Este cenários costuma penalizar o ouro, uma vez que este não remunera juros, e dar força ao dólar, contudo, o metal precioso segue a valorizar, enquanto a divisa norte-americana desliza.
O metal amarelo soma 0,57% para 1.864,04 dólares por onça, ao passo que a platina cede 0,11% para 957,12 dólares e o paládio recua 0,75% para 1.558,90 dólares. Já a prata, por sua vez, desvaloriza 0,14% para 21,96 dólares.
Wall Street abre no vermelho após dados da inflação nos Estados Unidos
As bolsas norte-americanas abriram em terreno negativo, após ter sido conhecida a taxa de inflação nos Estados Unidos em janeiro. Depois de em dezembro ter recuado para os 6,5%, o aumento dos preços no consumidor voltou a recuar em janeiro, para os 6,4%, mas menos do que esperado pelos analistas, que esperavam uma descida para os 6,2%. Já no espaço de um mês, os preços subiram 0,5%, tratando-se do maior aumento em três meses.
Após serem conhecidos os dados, as bolsas passaram a negociar no vermelho mesmo antes da abertura da sessão, no "premarket". O S&P 500 desce 0,58% para os 4.113,47 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,64% para os 11.815,59 pontos e o industrial Dow Jones perde 0,50% para os 34.075,19 pontos.
"Está a tornar-se cada vez mais claro que controlar a inflação vai exigir mais do que o previsto", disse Florian Ielpo, responsável pelo departamento de macroeconomia da Lombard Odier Asset Management, à Bloomberg, acrescentando que as próximas semanas poderão ser de "volatilidade" para as bolsas.
Euribor sobem a 3, 6 e 12 meses para novos máximos de mais de 14 anos
A taxa Euribor subiu hoje a três, seis e 12 meses para novos máximos de mais de 14 anos, ao serem fixadas respetivamente em 2,660%, 3,135% e 3,518%.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje, ao ser fixada em 3,518%, mais 0,008 pontos, um novo máximo desde dezembro de 2008.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,018% em dezembro para 3,338% em janeiro, mais 0,320 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, também avançou hoje, para 3,135%, mais 0,033 pontos, um novo máximo desde dezembro de 2008.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,560% em dezembro para 2,864% em janeiro, mais 0,304 pontos.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou hoje, ao ser fixada em 2,660%, mais 0,006 pontos, um novo máximo desde janeiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,063% em dezembro para 2,354% em janeiro, ou seja, um acréscimo de 0,291 pontos.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na última reunião de política monetária, em 2 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Europa arranca sessão com ganhos ligeiros. Vodafone cresce mais de 3% após compra de quase 5% do capital
A Europa arrancou a sessão no verde, com ganhos ligeiros, já que os investidores estão mais cautelosos enquanto aguardam a divulgação dos números da inflação nos EUA.
O Stoxx 600 – que reúne as 600 maiores cotadas do bloco – sobe 0,43% para 464,03 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice europeu, viagens e lazer comandam os ganhos, impulsionado sobretudo pela escalada de 3,14% da Tui, depois de a empresa revelar que as reservas para a temporada de férias de verão já estão em níveis pré-pandemia. Já o setor automóvel comanda perdas.
Nas restantes praças europeias, Madrid cresce 0,55%, Frankfurt valoriza 0,25% e Paris sobe 0,31%. Por sua vez, Londres sobe 0,52%, Amesterdão arrecada 0,18% e Milão soma 0,48%. A bolsa de Lisboa acompanha a tendência e cresce 0,43%.
Além dos títulos da Tui, os investidores estão atentos às ações da Michelin que caem 2,70%, depois de a empresa francesa antecipar que os aumentos dos custos continue a ter um impacto negativo nas contas da companhia este ano.
Também a Norsk Hydro desliza 0,69%, após a empresa ter reportado uma redução da procura de alumínio no quarto trimestre de 2022.
Já a Vodafone sobe 3,54%, impulsionada pela aquisição de uma participação de 4,9% do capital pela Liberty Global.
"Yields" aliviam na Zona Euro
Os juros aliviam na Zona Euro, numa altura que o mercado aguarda que seja divulgado um abrandamento da inflação nos EUA em janeiro e que sejam publicados dados adicionais sobre a evolução da economia europeia.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – "benchmark" para a Zona Euro – cai 3 pontos base 2,336%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos aliviam 2,4 pontos base para 4,142%.
Por fim, na Península Ibérica, a "yield" das obrigações portuguesas a dez anos subtrai 2,9 pontos base para 3,173%.
Os juros da dívida espanhola com a mesma maturidade descem 3,2 pontos base para 3,268%.
Iene valoriza após a escolha de Kazuo Ueda para governar o Banco do Japão
O iene valoriza 0,74% para 0,0076 dólares, horas depois de ter sido nomeado o novo governador do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda.
O mercado antecipa o fim das taxas de juro negativas no Japão em meados deste ano, segundo a Bloomberg, depois de o banco central ter resistido à tendência de endurecimento da política monetária levada a cabo pelos seus pares para combater a inflação.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – cai 0,27% para 103,06 horas antes de serem conhecidos os números da inflação.
Os especialistas acreditam que os preços voltaram a abrandar em janeiro, o que pode dar sinais de um abrandamento da política monetária restritiva da Fed.
Este endurecimento da política monetária tende a beneficiar a nota verde, pelo que esta expectativa pode explicar a queda do "green cash".
O euro aproveita esta fraqueza da sua contraparte no par mais negociado do mundo e sobe 0,12% para 1,0746 dólares.
Na China, cada dólar vale 6,8144 yuans, com uma queda de 0,12% contra a moeda chinesa, depois de o banco central do país ter fixado a taxa cambial de referência em 6,8136 yuans. Os analistas e "traders" consultados pela Bloomberg apontavam para os 6,8155 yuans.
Ouro sobe à espera dos dados da inflação nos EUA
O ouro valoriza 0,31% para 1.859,15 dólares a onça, horas antes da divulgação dos números da inflação nos EUA.
Já a prata e o paládio estão em queda, enquanto a platina negoceia na linha de água.
Depois de a inflação ter descido para 6,5% em dezembro, os analistas preveem agora que a inflação abrande para 6,2%, numa altura em que os mercados tentam antecipar o futuro da política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed).
EUA pressionam petróleo e descida dos termómetros aquece preços do gás
O petróleo cai tanto em Nova Iorque como em Londres, com a notícia de que os EUA vão vender mais barris de ouro negro, recorrendo à Reserva Estratégica do país.
Assim, o West Texas Intermediate (WTI) perde 0,95% para 79,38 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte desliza 0,53% para 86,15 dólares por barril.
O Congresso já determinou que serão vendidos 26 milhões de barris de petróleo, de acordo com fontes conhecedoras do processo, citadas pela Bloomberg. Após estas vendas as reservas estratégicas norte-americanas de crude cairão de 371 milhões para 345 milhões de barris.
O movimento acontece depois do Kremlin ter anunciado um corte na oferta de petróleo moscovita, em retaliação às sanções ocidentais.
No mercado do gás, a matéria-prima negociada em Amesterdão (TTF) – que serve de referência para o mercado europeu – soma 0,77% para 52,05 euros por megawatt-hora, na mesma altura em que a Maxar Technologies antecipa uma queda das temperaturas na Europa na próxima semana.
Futuros europeus na linha de água. Japão reage em alta à nova liderança do banco central
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 permanecem inalterados, antes da divulgação dos números da inflação nos EUA e da publicação de mais dados económicos sobre a saúde do bloco europeu.
Esta terça-feira, o Eurostat divulga uma segunda estimativa referente aos dados do emprego e evolução do PIB no quarto trimestre de 2022, com mais países incluídos na análise. Os dados da primeira estimativa referem que a economia da Zona Euro cresceu 1,9% no quarto trimestre de 2022 em termos homólogos e 0,1% em cadeia. Já na União Europeia (UE), o PIB aumentou 1,8% face ao mesmo período de 2021 e estabilizou em cadeia.
Os investidores também vão estar de olho no índice de preços no consumidor de janeiro nos Estados Unidos, depois de a inflação ter descido para 6,5% em dezembro. Os analistas preveem agora que a inflação abrande para 6,2%, numa altura em que os mercados tentam antecipar o futuro da política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed).
Na Ásia, o sentimento foi misto, tendo sido ainda influenciado pela nomeação – já esperada – de Kazuo Ueda para a liderança do Banco do Japão. A nomeação de Ueda como governador do BoJ foi anunciada num documento governamental.
No Japão, o Nikkei subiu 0,64% e o Topix valorizou 0,78%. Na China, Xangai cresceu 0,1% enquanto o tecnológico Hang Seng deslizou 0,1%. Por fim, na Coreia do Sul o Kospi valorizou 0,5%.