Notícia
Tarifas sobre automóveis vão pressionar lucros e economia europeia. Stoxx 600 recua
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.
Tarifas sobre automóveis vão pressionar lucros e economia europeia. Stoxx 600 recua
Os principais índices europeus terminaram a sessão em terreno negativo, à exceção da praça portuguesa e italiana, que conseguiram assegurar ganhos ligeiros. As perdas de ontem estendem-se, com o anúncio de tarifas dos EUA de 25% sobre importação de automóveis a alimentar o sentimento negativo.
Os analistas ouvidos pela Bloomberg preveem que estas sanções irão impactar os lucros das gigantes do setor, assim como atrasar o crescimento da economia europeia, já em crise. Aliás, Trump ameaçou castigar mais o Canadá e a União Europeia, caso as duas forças se juntassem contra a maior economia do mundo.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – cedeu 0,44%, para os 546,31 pontos. Entre os 20 setores que compõem o "benchmark", os setores de "basic resources" e construção foram os que mais pressionaram a Europa, com quedas acima de 1%. Já o retalho, que valorizou mais de 2%, impediu o Stoxx de maiores descidas, à boleia da subida de mais de 10% da Next.
A retalhista britânica subiu mais do que em quase cinco anos e atingiu um máximo histórico, depois de ter aumentado o "guidance" de vendas e lucros, não descartando os riscos crescentes na economia do Reino Unido.
O setor automóvel continua em quebra: a Mercedes-Benz cedeu 2,7%, a Volkswagen perdeu 1,5% e a Stellantis recuou 4,2%. A fabricante francesa de peças Valeo mergulhou 7,8%.
O setor mineiro também caiu quase 2%, ainda pressionado com as tarifas de Trump sobre as importações de cobre.
A arrastar o setor da saúde para o vermelho, a Novo Nordisk, que recentemente perdeu o trono de mais valiosa da Europa para a SAP, caiu quase 4%. A SAP cedeu 0,34%.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax caiu 0,7%, o francês CAC-40 cedeu 0,51%, o espanhol IBEX 35 desvalorizou 0,07%, o holandês AEX recuou 0,26% e o britânico FTSE 100 registou perdas de 0,27%.
As ações europeias estão ainda a superar o desempenho do S&P 500 este ano, com uma valorização de 7,6%, após o impulso que recebeu dos planos de despesa da Alemanha. No entanto, não há consenso entre os analistas de que este cenário se mantenha ao longo do ano, dada a incerteza quanto à trajetória da inflação nos EUA, o estado da guerra entre Rússia e Ucrânia e a guerra comercial desencadeada pelos EUA.
O grupo Richelieu afirmou, citado pela Bloomberg, que "os mercados devem perceber que os anúncios de 2 de abril serão significativos no que diz respeito às tarifas recíprocas", após as sanções ontem anunciadas já terem piorado o sentimento.
Juros aliviam na Zona Euro. "Gilts" sobem mais de 5 pontos base
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro terminaram a sessão desta quinta-feira com descidas.
Esta quinta-feira, o vice-presidente do Banco Central Europeu afirmou que é demasiado cedo para dizer se o banco central deve voltar a reduzir as taxas de juro no próximo mês ou fazer uma pausa, uma vez que as "fricções" no comércio mundial e os planos de despesa pública na Europa alimentam a incerteza.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviaram 2,5 pontos base para 3,269%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento caiu 2,3 pontos base para 3,394%.
Os juros das "Bunds" alemãs, referência para a região, cederam 2,2 pontos base para 2,770%. A rendibilidade da dívida francesa desceu 2,2 pontos base para 3,464% e a "yield" italiana recuou 1,8% para 3,878%.
Em contraciclo, fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, registaram uma subida de 5,1 pontos base para 4,781%.
Tarifas sobre automóveis pesam sobre dólar canadiano e peso mexicano. Euro recupera
O euro está a ganhar terreno face ao dólar, que continua a ser pressionado pelos efeitos das tarifas dos EUA enquanto o Banco Central Europeu parece estar a preparar-se para abrandar nos cortes de taxas de juro, segundo a Reuters.
A moeda única sobe 0,4% para 1,0796 dólares. Face à divisa nipónica, a nota verde ganha 0,3% para 151,03 ienes.
O mercado está dividido sobre que posição adotar antes de Donald Trump anunciar as tarifas recíprocas a 2 de abril, dia que apelida como "Dia da Libertação" dos EUA. Durante a semana, mais tarifas foram surgindo: 25% sobre automóveis fabricados fora dos EUA, outros 25% sobre países que comprem petróleo à Venezuela e possíveis taxas sobre o cobre.
Mas, as taxas sobre o setor automóvel, esta quarta-feira anunciadas, já prejudicam outras divisas. O peso mexicano desvalorizou 1,04% face ao dólar, que vale 20,337 pesos e o dólar norte-americano avançou 0,3% para 1,43 dólares canadianos.
Ouro continua a subir após tocar recorde. Goldman Sachs aponta aos 3.300 dólares este ano
Os preços do ouro atingiram esta quinta-feira um novo recorde após Donald Trump ter ontem anunciado novas tarifas sobre importações de automóveis fabricados fora dos EUA, o que levou os investidores a fugirem das ações e a recorrerem ao metal como ativo-refúgio.
O metal amarelo tocou nos 3.059,63 dólares por onça, o 17.º máximo histórico do ouro este ano. Entretanto, já desacelerou ligeiramente e a onça está a negociar nos 3.052,96 dólares. Desde o início do ano, o ouro valoriza 16%.
As constantes mudanças das políticas comerciais do Presidente norte-americano trazem uma onda de volatilidade para os investidores, que tendem a preferir ativos seguros.
O Goldman Sachs reviu em alta as estimativas do preço do ouro para o final do ano em 200 dólares para os 3.300 dólares. A justificação do banco prende-se com a maior procura do ativo-refúgio por parte dos bancos centrais. Já o RJO Futures acredita que no curto prazo o ouro atinja os 3.100 dólares.
Petróleo estável. Mercado dividido sobre efeito das tarifas
Os preços do crude estão a negociar na linha d'água esta tarde, enquanto o mercado se divide entre as consequências das políticas de tarifas da Administração dos EUA, que deverão afetar o crescimento económico dos norte-americanos, e a imposição de tarifas dos EUA de 25% a países que comprem petróleo à Venezuela, aliado às preocupações com o excesso de oferta no mercado em 2025.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os Estados Unidos (EUA) – ganha 0,11% para os 69,73 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue inalterado nos 73,79 dólares por barril.
As consequências das sanções à Venezuela já se começam a sentir: a indiana Reliance Industries, operadora do maior complexo de refinação do mundo, anunciou que vai mesmo interromper as importações de petróleo venezuelano.
Os analistas consultados pela Bloomberg consideram que a questão das tarifas tem tomado conta do sentimento do mercado, não deixando espaço para outros fatores. Donald Trump anunciou esta quarta-feira tarifas de 25% sobre automóveis importados e prepara-se para, no dia 2 de abril, dar seguimento à lista de visados.
Os especialistas dizem que, caso as sanções sejam de facto mais leves do que o antecipado, como disse o Presidente, o mercado irá sentir algum alívio. No entanto, o banco asiático DBS disse não esperar que os preços voltem aos valores do início do ano, já que a incerteza sobre a política dos EUA e a guerra comercial em curso pesam sobre a procura.
O "ouro negro" poderá vir ainda a ser derrubado por outro grande fator: a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) prepara-se para colocar mais barris no mercado já em abril e maio. Em antecipação, os grandes "traders", como o Tranfigura e o grupo Gunvor reviram em baixa os preços do barril para o resto do ano, devido ao aumento da oferta no mercado que se prevê.
Wall Street negoceia no vermelho. Nem dados económicos positivos afastam angústia com tarifas
Os principais índices norte-americanos negoceiam com perdas esta quinta-feira, com os potenciais impactos económicos de uma guerra comercial - impulsionados pelas mais recentes tarifas anunciadas pela Administração norte-americana ao setor automóvel - a minarem o sentimento dos investidores. Dados positivos sobre o crescimento da maior economia mundial, conhecidos durante o dia de hoje, não chegam para afastar os receios quanto às tarifas.
O S&P 500 cai 0,55% para os 5.680,83 pontos, enquanto o Nasdaq Composite perde 0,59% para 17.780,27 pontos. Já o Dow Jones desvaloriza 0,64% para 42.184,95 pontos.
A economia dos EUA expandiu-se a um ritmo mais rápido no quarto trimestre do que o anteriormente previsto, enquanto uma medida-chave da inflação foi revista em baixa.
A maior economia mundial cresceu 2,4% no quarto trimestre de 2024, em termos homólogos, uma subida ligeiramente superior aos 2,3% previstos anteriormente, de acordo com a Trading Economics, refletindo, sobretudo, uma revisão em baixa das importações.
Entretanto, o índice de preços no consumidor (PCE) dos EUA aumentou para 2,4% no quarto trimestre de 2024, uma subida face aos 1,5% registados no terceiro trimestre de 2024.
Já os pedidos iniciais de subsídio de desemprego nos EUA diminuíram em mil pedidos para 224 mil na semana terminada a 22 de março. O valor fica ligeiramente abaixo das expectativas do mercado, que apontavam para um total de 225 mil pedidos iniciais de subsídio de desemprego na semana passada. Os resultados continuaram a indicar que os EUA continuam a ter um mercado de trabalho robusto, apesar do período prolongado de política monetária restritiva.
Ainda assim, continua-se a prever um crescimento mais lento em 2025, à medida que os consumidores e as empresas se tornam mais cautelosos quanto aos impactos da uma guerra comercial.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, prometeu implementar tarifas de 25% sobre as importações de automóveis dos EUA a partir do dia 3 de abril, fator que está a pesar no sentimento dos investidores esta tarde.
"A produção automóvel dos EUA pode aumentar, mas não o suficiente para substituir as importações a curto prazo. E os efeitos inflacionistas dos direitos aduaneiros ameaçam anular quaisquer efeitos positivos para a economia dos EUA", explicou à Bloomberg Jennifer McKeown da Capital Economics.
Entre os movimentos de mercado, a Advanced Micro Devices segue com perdas superiores a 4%, depois de a Jeffries ter baixado a classificação da fabricante de chips para "manter", com preocupações de que a empresa estará a perder cada vez mais terreno nas suas capacidades tecnológicas em comparação com a Nvidia.
Quanto às "big tech", a Alphabet perde 0,19%, a Nvidia cede 2,09%, a Amazon cai 0,24%, a Microsoft desliza 0,42% e a Meta regista perdas de 1,49%. Já a Apple segue praticamente inalterada, com uma desvalorização de 0,07%.
Tarifas de Trump levam a sangria na Europa. Setor automóvel perde mais de 2%
Os principais índices europeus negoceiam em terreno negativo esta quinta-feira. A pressionar as bolsas do Velho Continente está o anúncio feito pelo Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de que a sua Administração avançará com a imposição de tarifas de 25% sobre as importações de automóveis por parte dos EUA a partir do dia 3 de abril, reforçando a preocupação dos investidores com o impacto das medidas protecionistas norte-americanas no crescimento económico global.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – cai 0,65%, para os 545,16 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o francês CAC-40 recua 0,64%, o espanhol IBEX 35 desvaloriza 0,58%, o italiano FTSEMIB desliza 0,56%, o holandês AEX cai 0,37%, o alemão DAX recua 0,89% e o britânico FTSE 100 cede 0,55%.
Entretanto, a União Europeia está a preparar-se para uma outra ronda de taxas aduaneiras que deverá atingir o bloco já na próxima semana – em causa estão as tarifas recíprocas dos EUA, que deverão entrar em vigor no dia 2 de abril - e, entre as opções de retaliação em cima da mesa do bloco dos 27, está a possibilidade de utilização de um dos "mais poderosos" instrumentos de política comercial da UE, o chamado Instrumento Anti-Coerção (ACI).
Desde o primeiro mandato de Trump, a UE construiu um conjunto de ferramentas que poderá utilizar como forma de resposta às tarifas norte-americanas.
Este regulamento estabelece, de acordo com informação oficial da Comissão Europeia, "um quadro jurídico para dar resposta à coação e define os meios para a UE investigar e tomar decisões".
O ACI inclui prazos e procedimentos para que as partes interessadas afetadas pela coação contactem a Comissão Europeia, antes de serem tomadas contramedidas. "O ACI prevê igualmente um quadro para a UE solicitar a um país terceiro que repare o prejuízo causado pela sua coerção económica".
Entre os setores europeus, o automóvel cede mais de 2,50%, com empresas ligadas ao setor, como a Stellantis, a Porsche e a Mercedes-Benz a afundarem mais de 4%. Do lado contrário, o retalho é o setor que mais valoriza a esta hora, com uma valorização superior a 1%.
Juros aliviam em toda a linha na Zona Euro. Reino Unido regista forte agravamento nos juros das "gilts"
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviam em toda a linha esta quinta-feira, com os principais índices europeus a negociar em terreno negativo.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviam 1,8 pontos base, para 3,275%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento segue a cair 1,9 pontos, para 3,398%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresce 1,6 pontos base para 3,470%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, aliviam 1,5 pontos, para 2,778% .
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a tendência inversa e sobem 4,3 pontos base para 4,773%, depois de a Chanceler do Tesouro do Reino Unido, Rachel Reeves, ter anunciado um plano de empréstimos menor do que o previsto, abrindo a porta a novos cortes nas taxas de juro, depois de ontem se ter registado um recuo na inflação do país, em termos homólogos, em fevereiro.
Euro ganha terreno ao dólar com tarifas de Trump. Alívio na inflação do Reino Unido dá vantagem face à libra
O euro está a negociar com ganhos face ao dólar, enquanto os investidores continuam a temer pelas consequências económicas da política protecionista de Donald Trump à frente dos Estados Unidos, depois de mais um anúncio de tarifas, desta vez sobre todos os carros importados. A esta hora, o euro soma 0,17% para 1,0772 dólares.
Já o dólar está a ganhar ligeiramente, 0,06%, face à divisa nipónica, para 150,74 ienes. Os investidores preveem que a Reserva Federal norte-americana não avance já com cortes nas taxas de juro.
Por outro lado, a libra está a recuperar 0,27% para 1,2923 dólares, mas não consegue evitar perdas face ao euro. Está a perder 0,09% para 0,8336 euros. Essa evolução da moeda britânica acontece depois de a inflação no Reino Unido ter arrefecido, reforçando os argumentos a favor de um novo corte de juros por parte do Banco de Inglaterra, o que deverá acontecer já em maio.
Ouro atinge novos máximos históricos impulsionado por tarifas automóveis dos EUA
O anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, de que vai impor uma tarifa de 25% sobre todas as importações de automóveis para os Estados Unidos está a dar um novo brilho ao ouro, que atingiu há momentos um novo recorde.
O ouro (comex) sobe a esta hora mais de 1% para os 3.087,10 dólares por onça, valor que marca um novo máximo histórico para o metal amarelo.
As tensões comerciais têm impulsionando a procura por este ativo "refúgio". A agenda protecionista de Donald Trump, somada à incerteza geopolítica e às expectativas de uma maior flexibilização da política monetária por parte dos bancos centrais – em especial da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed) – aumentou a incerteza e volatilidade dos mercados globais, o que contribuiu para um ganho acumulado de mais de 15% no ouro desde o início do ano.
Já a prata está a subir 0,39% para 34,35 dólares por onça e, em sentido contrário, a platina está a cair 0,19% para 975,30 dólares por onça.
Petróleo recua com tarifas automóveis e secundárias a pressionar
Os preços do petróleo negoceiam em baixa esta quinta-feira, pressionados pelo anúncio da Administração norte-americana de que iria impor tarifas de 25% a todos os automóveis importados pelos Estados Unidos (EUA). Isto numa altura em que crescem as preocupações quanto à oferta mundial de crude, devido às barreiras comerciais dos EUA sobre os compradores de petróleo venezuelano e à pressão exercida sobre as exportações de "ouro negro" iranianas.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os Estados Unidos (EUA) – recua 0,36% para os 69,40 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a desvalorizar 0,39% para os 73,50 dólares por barril.
Os "traders" seguem a avaliar o impacto que as mais recentes tarifas sobre a importação de automóveis por parte dos EUA podem ter na procura por petróleo, sendo que estas taxas alfandegárias deverão entrar em vigor à meia noite do dia 3 de abril (hora de Washington).
A opinião generalizada parece ser de que esta medida irá fazer subir os preços dos automóveis, potencialmente afetando a procura de "ouro negro", mas também abrandar a mudança para carros mais ecológicos.
"As notícias em torno das tarifas de Trump sobre automóveis podem, na verdade, vir a ter um resultado líquido positivo para o petróleo, porque o aumento dos preços dos carros novos a partir das tarifas significará que isso retarda a mudança para modelos mais novos e mais eficientes em termos de combustível", disse à Bloomberg Tony Sycamore, analista de mercados da IG.
No que toca às "tarifas secundárias" dos EUA a quem importe petróleo venezuelano, há já empresas do setor a limitarem a compra de crude a Caracas. A empresa indiana Reliance Industries, operadora do maior complexo de refinação do mundo, vai suspender as importações de petróleo do país, na sequência do anúncio das tarifas, disseram fontes citadas pela Reuters.
Durante a próxima semana, os dados do Índice de Gestores de Compras da China – conhecidos na terça-feira, dia 1 de abril - deverão ocupar o centro das atenções e exercer alguma influência sobre os preços do petróleo.
Futuros europeus cedem com tarifas automóveis de Trump. Ásia fecha dividida
Os futuros dos índices europeus registam quedas, à medida que os investidores continuaram a avaliar a decisão do Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, ter imposto tarifas de 25% sobre as importações de automóveis dos EUA, o que aumenta as preocupações com o crescimento económico global, enquanto se intensifica a guerra comercial.
Os contratos do Euro Stoxx 50 caem a esta hora 0,6%.
Trump sugeriu ainda que aplicaria novas tarifas à União Europeia (UE) e ao Canadá, caso o bloco dos 27 e o país vizinho dos EUA trabalhassem em conjunto para fazer frente às taxas alfandegárias norte-americanas. A rápida mudança de posição em relação às barreiras comerciais impostas pelos EUA aos seus parceiros aumenta as preocupações do mercado, com os investidores a correrem para avaliar o impacto no comércio global e no crescimento económico.
Dois meses após o início da presidência de Trump, o clima nos mercados tornou-se cauteloso, com os investidores a moderarem as suas perspetivas otimistas e a Reserva Federal (Fed) norte-americana a sinalizar que não tem pressa em flexibilizar a sua política monetária.
"As manchetes relacionadas com as tarifas voltaram a abalar a confiança do mercado em toda a região", disse à Bloomberg Jun Rong Yeap, estratega de mercado da IG Asia. "Com os investidores a associarem as tarifas a maiores riscos de recessão, qualquer forma de restrição comercial pode desencadear uma corrida [para a retirada de posições no mercado] - situação que estamos a ver na sessão de hoje."
No Japão, o Topixx acabou por fechar com uma ligeira valorização de 0,092% e o Nikkei cedeu 0,60%.
Face às tarifas anunciadas, a Toyota fechou a sessão com uma queda de mais de 2%, a Nissan perdeu 1,68% e a Honda caiu 2,48%.
Entre os índices chineses, o Hang Seng pulou 0,60% e o Shanghai Composite subiu 0,15%.
A decisão da Administração norte-americana, divulgada esta quarta-feira, especifica que as taxas aduaneiras sobre os automóveis importados pelos EUA começarão a ser cobradas a partir da meia-noite (hora de Washington) do dia 3 de abri.