Notícia
Europa inverte para terreno negativo. Petróleo sobe mais de 1%
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Europa aproxima-se de novo recorde mas encerra no vermelho
As principais praças europeias encerraram a sessão desta quarta-feira em queda, pressionadas pelos receios de que o aumento de novos casos de covid-19 force os países a intensificar as medidas de restrição para conter a pandemia. Apesar do fecho negativo, o índice Stoxx 600 ainda se aproximou de um novo recorde durante o dia.
O Stoxx 600 fechou a ceder 0,11% para 487,98 pontos, depois de se ter aproximado do recorde registado em meados de novembro durante a sessão.
A pressionar a negociação esteve a situação pandémica na região, que continua a ser motivo de preocupação por parte das autoridades, ainda que as evidências apontem para uma variante menos agressiva.
Entre os vários setores, as empresas do setor da energia, assim como as tecnológicas e as fabricantes automóveis estiveram a pressionar, enquanto as companhias mineiras subiram, suportadas pelas valorizações das cotações do níquel e do cobre.
Juros agravam-se na Zona Euro
As taxas de juro das obrigações soberanas europeias estiveram a agravar-se esta quarta-feira. Num momento em que os países continuam a registar novos máximos de infeções por covid-19, as subidas nas "yields" associadas à dívida na região vão desde os países "core", à periferia do euro.
As alemãs "bunds" subiram 5,2 pontos base para -0,192%, enquanto a taxa a 10 anos de França aumentaram mais de seis pontos para 0,189%.
A taxa implícita associada às Obrigações do Tesouro a 10 anos subiu 5,5 pontos para 0,45%. Já a taxa italiana subiu para 1,151%, enquanto a espanhola se agravou em 5,4 pontos para 0,56%.
Petróleo ganha mais de 1% com queda dos stocks nos EUA
Os preços do "ouro negro" seguem em alta, animados pela queda superior ao esperado dos inventários norte-americanos de crude, o que diminui os receios de que o aumento de casos de covid-19 possa reduzir a procura por energia.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em fevereiro segue a somar 1,7% para 77,23 dólares por barril.
Já o contrato de fevereiro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 1,5% para 80,10 dólares.
As reservas norte-americanas de crude diminuíram em 3,6 milhões de barris na semana passada, para 420 milhões de barris, quando o consenso dos analistas inquiridos pela Reuters apontava para uma redução de 3,1 milhões.
Ouro negoceia em queda perto da fasquia dos 1.800 dólares. Euro ganha terreno com dólar fraco
O ouro continua esta quarta-feira a negociar em terreno negativo, tendo em conta as evidências científicas de que a variante ómicron pode não ser uma ameça assim tão grande para a retoma económica global.
Face a esse alívio nos receios dos investidores, o ouro (percecionado como ativo-refúgio) está a ser penalizado pela segunda sessão consecutiva. A onça está agora muito perto de cair para um valor abaixo das fasquia dos 1.800 dólares, com o ouro a cair 0,26%, para 1.801,49 dólares por onça.
O ouro está assim a caminhar para a primeira perda anual em três anos, depois dos principais bancos centrais terem anunciado um corte nos estímulos monetários para compensar a subida da inflação. Essa queda acontece depois de o ouro ter atingido um recorde histórico em 2020.
A mesma tendência negativa está a verificar-se nos restantes metais preciosos. A prata está a desvalorizar 1,35%, com a onça a cair para 22,81 dólares, e a platina a tropeçar 0,70%, para 972,07 dólares por onça.
Nem mesmo a queda do dólar parece atrair os investidores a apostarem nos metais preciosos (que ficam mais baratos com a desvalorização da moeda norte-americana). O índice que mede o dólar frente a um cabaz de moedas rivais está a cair 0,40%, para 95,825.
Com o dólar mais fraco, o euro ganha força. A moeda única europeia está a subir 0,45%, para 1,1361 dólares, enquanto avança ligeiramente 0,02% para 0,8421 libras. Já a libra soma 0,42% para 1,3491 dólares.
Bolsas norte-americanas sobem, com S&P 500 na perseguição de novo máximo
As bolsas dos Estados Unidos arrancaram a antepenúltima sessão do ano em alta, com o índice S&P 500 a aproximar-se do máximo intradiário registado na última sessão, com os índices a serem animados pelas maiores evidências que a ómicron seja menos perigosa do que se temia inicialmente.
O S&P 500, que na última sessão registou o 70.º máximo histórico intradiário registado em 2021, voltou a abrir em alta, a negociar nos 4,788.71 pontos. O índice segue agora a avançar 0,28% para 4.799,41 pontos.
Em alta está ainda o Dow Jones, que segue a valorizar pela sexta sessão consecutiva, com um ganho de 0,23%, enquanto o Nasdaq segue praticamente inalterado.
Este comportamento está em linha com o registado ao longo da semana, com os índices a serem animados pelo otimismo habitual nos últimos dias do ano, com os investidores a posicionarem-se já para 2022.
Apesar da pandemia da covid-19 estar a renovar máximos - foram registados mais de um milhão de novos casos pelo segundo dia consecutivo - , devido ao maior contágio da variante ómicron, as evidências mostram que a nova variante é menos grave.
Sentimento misto domina Europa. Lisboa do lado dos ganhos
A sessão de negociação está a decorrer de forma mista nas praças europeias. As bolsas de Espanha, Alemanha, Itália e França registam quedas, enquanto o Stoxx 600 - que agrega as principais empresas da Europa - valoriza 0,06%, à boleia do setor do retalho, que avança 1,01% e tem mantido o índice em terreno positibvo.
Lisboa também está a verde, com um ganho ligeiro, de 0,07%, liderada pela Greenvolt, que valoriza 1,28%. Ainda assim, também por cá, o retalho tem sido o setor com o melhor desempenho esta quarta-feira. Dos pesos pesados, a Jerónimo Martins é que mais puxa pelo principal índice português, a avançar 0,80%.
No grupo EDP, a casa mãe está positiva, a subir 0,52%, já o braço Renováveis tropeça 0,37%. Do lado das perdas, estão ainda a Galp (-0,79%) e o BCP (-0,28%). Os CTT lideram, a desvalorizar 0,88%.
Stoxx 600 a caminho de um recorde. Retalho lidera ganhos
As bolsas europeias estão a caminhar nesta sessão para um recorde, a aproximar-se de valores atingidos em novembro.
Nesta altura, o Stoxx 600, o índice que agrupa as 600 maiores cotadas do velho continente, está a avançar 0,29% para 489,92 pontos.
Entre os setores, as empresas do setor do retalho e media estão a liderar os ganhos, a valorizar 1,32% e 1,12%, respetivamente. A maioria dos setores negoceia nesta altura em terreno positivo, com exceção dos setores das telecomunicações, automóvel e tecnologia, todos com ganhos ligeiros.
No regresso à negociação do índice inglês FTSE, após a pausa do Natal, este índice lidera os ganhos entre as praças europeias, estando a negociar no nível mais elevado desde fevereiro de 2020, antes da pandemia de covid-19. Nesta altura, avança 1,09%.
Já as restantes praças registam ganhos mais ligeiros, numa sessão em que alguns índices deslizam para o vermelho O PSI-20 avança 0,11%, enquanto o espanhol IBEX está a cair 0,18% e o alemão DAX cede 0,1%. Já o francês CAC 40 avança 0,06% e em Amesterdão verifica-se uma subida de 0,08%. Em Milão, a bolsa italiana cede 0,04%.
Petróleo em alta ligeira e a rondar máximo de um mês
O petróleo está a negociar em alta ligeira, com tanto o WTI como o brent do Mar do Norte a registar ganhos ligeiros, que estão a deixar o barril do "ouro negro" próximo de máximos de um mês.
A animar os investidores estão os dados ligados aos stocks nos Estados Unidos, que apontam para uma redução de 3,1 milhões de barris na semana passada. Os dados ainda não são oficiais - serão divulgados oficialmente esta quarta-feira - mas sugerem que a procura por combustível estará a recuperar, depois dos receios iniciais ligados à ómicron.
Nesta altura, o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, está a avançar 0,24% para 76,16 dólares por barril. Já o brent do Mar do Norte, que serve de referência para Portugal, está a valorizar 0,33% para 79,2 dólares, cada vez mais próximo da fasquia de 80 dólares por barril.
Juros a subir na Zona Euro. Itália regista a maior subida
Os juros da dívida soberana estão a subir na sessão desta quarta-feira. Nesta altura, as "bunds" germânicas, vistas como a referência na Zona Euro, estão a agravar-se 0,1 pontos base para -0,242%.
Já em Itália, os juros da dívida a dez anos registam a maior subida na Zona Euro, agravando-se 4,5 pontos base para 1,137%. Desta forma, os juros italianos aproximam-se de um máximo de três meses, quando tocaram nos 1,211%.
Já na Península Ibérica, os juros de Espanha a dez anos estão a subir 0,8 pontos base para 0,514%. Em Portugal, os juros com a mesma maturidade estão a subir 1,9 pontos base para 0,413%.
Ouro a cair pela segunda sessão. Euro também no vermelho
O ouro está a registar a segunda sessão em terreno negativo, numa altura em que alguns estudos recentes apontam para sintomas menos severos ligados à variante ómicron. Desta forma, com os ânimos de alguma forma mais calmos em relação a esta variante, os investidores antecipam que as consequências da ómicron possam representar um menor risco para o crescimento económico global.
Nesta altura, o ouro está a ceder 0,21% para 1.802,36 dólares por onça. Esta terça-feira, o ouro também já fechou o dia no "vermelho", depois de derrapar 0,33% para 1.806,18 dólares por onça.
Desta forma, o ouro está a caminhar para uma perda anual na ordem de 5%, a poucas sessões do fim de 2021. A confirmar-se, esta será a primeira vez em três anos em que o ouro vai registar uma perda anual.
Já no câmbio, o euro está a cair pela segunda sessão, neste caso a desvalorizar 0,2% face ao dólar norte-americano para 1,1287 dólares. Ainda na Europa, a libra esterlina está também a ceder face ao dólar, neste caso 0,13% para 1,3416 dólares.
O dólar norte-americano está há três sessões em alta, a avançar nesta altura 0,12% perante um cabaz composto por divisas rivais.
Futuros antecipam abertura em queda ligeira na Europa
Os futuros apontam para uma abertura em baixa nas praças europeias esta quarta-feira, numa semana em que existe um menor volume de negociação devido à época festiva.
Com menos investidores nos mercados, continua a antecipação do "rally" do Natal para fechar o ano, mas os desenvolvimentos em torno da variante ómicron continuam a merecer as atenções dos mercados.
Esta quarta-feira o índice inglês FTSE volta a negociar, depois de a bolsa de Londres ter estado encerrada nos últimos dias na habitual pausa a seguir ao Natal.
Na Ásia, foram registadas quedas tanto nos índices japoneses como em Xangai e Hong Kong na sessão desta quarta-feira. O índice japonês Nikkei cedeu 0,56%, enquanto o Topix caiu 0,3%. Em Hong Kong, as quedas das tecnológicas penalizaram o Hang Seng, que tombou 1,05%. Em Xangai foi registada uma queda de 0,91%.