Notícia
Stoxx 600 estabelece novo máximo histórico. Petróleo em queda
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados financeiros durante esta quarta-feira.
Stoxx 600 estabelece novo máximo histórico
Foi um dia positivo para as bolsas europeias, que arrecadaram mais um dia de ganhos. O Stoxx 600, índice de referência para a região, voltou mesmo a estabelecer um recorde de fecho, tendo encerrado nos 511,65 pontos. Trata-se de uma valorização de 0,11% face ao dia de ontem. Durante a sessão, o índice fixou mesmo um novo máximo histórico, ao tocar nos 512,45 pontos.
A maré que pintou os índices de verde observou-se num dia em que o banco central sueco, o Riksbank, demonstrou estar preparado para começar a descer os juros em maio, dando força às expectativas de que o início do alívio da política monetária está cada vez mais perto. Além disso, uma melhoria do indicador para as expectativas na Zona Euro também alimentou o apetite pelo risco.
Os setores do retalho e das "utilities" (água, luz e gás) lideraram os ganhos no Stoxx 600, com subidas de 2,65% e 1,34%, respetivamente.
Entre as principais movimentações, a H&M valorizou 15,19% para 177,74 coroas suecas, após ter apresentado lucros acima do esperado pelos analistas no primeiro trimestre deste ano. No total, lucrou 1.201 milhões de coroas suecas (105 milhões de euros) entre dezembro e fevereiro, o que se traduz num aumento de 123% face ao período homólogo.
Já a DS Smith somou 9,15% para 3,929 libras, no dia em que anunciou estar em conversações para uma possível aquisição pela International Paper.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 subiu 0,5%, o francês CAC-40 valorizou 0,25%, o espanhol Ibex 35 avançou 1,09%, o britânico FTSE 100 ganhou 0,01%, o italiano FTSE Mib registou uma subida de 0,21% e o Aex, em Amesterdão, somou 0,08%.
Francois Rimeu, analista na gestora de ativos La Francaise, diz estar otimista quanto às perspetivas para o mercado de ações. "Estamos numa tendência em que o crescimento e produção estão a retomar e em que os bancos centrais estão a convergir para um alívio da política monetáira", justificou, em declarações à Bloomberg.
Juros cedem na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta quarta-feira, o que significa uma maior aposta dos investidores em obrigações, com a crescente onda de comentários pelos membros do Banco Central Europeu a favor da descida das taxas de juro em breve.
Desta vez, o italiano Piero Cipollone, membro mais recente do conselho do BCE, afirmou que poderá haver um travão na política monetária restritiva em junho.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, registaram uma queda de 4,1 pontos base, para 2,955%, enquanto em Espanha a "yield" desceu em 4,8 pontos, para 3,127%.
Os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, caíram 5,8 pontos base, para 2,290%.
A rendibilidade da dívida francesa aliviou em 4,5 pontos base, para 2,786%, enquanto a da dívida italiana cedeu 3,7 pontos, até aos 3,607%.
Fora da Zona Euro, os juros das gilts britânicas, também a dez anos, diminuíram 3,9 pontos base para 3,930%, num dia em que o Banco de Inglaterra alertou que o país enfrenta riscos devido à vulnerabilidade nos mercados financeiros globais.
Petróleo cede com aumento de stocks nos EUA e perspetiva de status quo da OPEP+
As cotações do "ouro negro" seguem a perder terreno nos princpais mercados internacionais, depois da divulgação de um aumento das reservas norte-americanas de crude e dos sinais de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) não deverão mudar a sua política de produção na reunião técnica agendada para a próxima semana.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a perder 0,25% para 81,42 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,30% para 85,99 dólares.
A Agência norte-americana de Informação sobre Energia anunciou que as reservas de crude aumentaram em 3,2 milhões de barris na semana passada, quando os analistas previam uma queda de 1,3 milhões.
Ouro soma ganhos antes de novos dados da inflação
Os preços do ouro estão a subir esta quarta-feira, pelo terceiro dia consecutivo, enquanto os investidores aguardam novos dados referentes à inflação nos EUA, na esperança de lançarem mais pistas sobre a trajetória monetária do país definida pela Reserva Federal (Fed).
O ouro valoriza 0,56% para os 2,190.98 dólares por onça, pairando perto do máximo histórico de 2.220,89 dólares por onça.
Esta sexta-feira serão publicados dados atualizados sobre a despesa na ótica do consumidor (PCE) nos EUA, referentes a fevereiro. No mês passado, o índice subiu 0,3%. Este que é o indicador de inflação favorito do banco central, só será avaliado na próxima semana, já que o mercado estará encerrado devido aos festejos da Páscoa.
"O aumento dos preços desde o início do mês permanece um mistério, na nossa opinião, e é por isso que continuamos a ver um potencial de valorização adicional limitado", afirmou Thu Lan Nguyen, do Commerzbank, à Bloomberg.
A pressionar o metal amarelo estão também as importações pela Índia, que deverão cair mais de 90% em março, segundo a Reuters, à medida que os bancos nacionais diminuem a procura pelo ouro devido aos elevados preços que atingiu desde o mês passado.
Euro cede face ao dólar. Iene em mínimos de 34 anos
O euro está a desvalorizar, num dia em que o dólar ganha força antes da divulgação do indicador PCE, na sexta-feira. O dado permite medir as despesas na ótica dos consumidores e é visto como o favorito da Reserva Federal (Fed) norte-americana para a leitura da inflação.
A moeda da Zona Euro cede 0,14% para 1,0816 dólares.
Além do euro, a nota verde ganha também 0,24% face ao iene, que está a negociar em mínimos de 34 anos. Isto numa altura em que os investidores digerem os avisos de uma intervenção cambial por parte das autoridades japonesas.
O ministro japonês das Finanças, Shunichi Suzuki, disse hoje que o país poderá tomar "passos decisivos", num discurso que foi visto como um sinal de que estará a equacionar agir para apoiar a moeda.
O dólar valoriza também 0,2% frente ao franco suíço.
Wall Street recupera e tenta reaproximação a máximos históricos
Os principais índices em Wall Street estão a valorizar esta quarta-feira, com as fabricantes de "chips" a recuperarem depois de duas sessões de perdas, numa altura em que os investidores tentam reaproximar os três índices dos máximos históricos registados na semana passada.
O S&P 500, referência para a região, soma 0,54% para 5.231,44 pontos, o industrial Dow Jones ganha 0,78% para 39.590,66 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite avança 0,33% para 16.369,49 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, a Cintas sobe 8% após ter apresentado resultados melhores do que o esperado. A Merck, por sua vez, ganha quase 5%, depois de o seu medicamento Winrevair ter recebido aprovação por parte da Food and Drug Administration (FDA).
"As avaliações podem levar-nos de volta a uma espécie de realidade", comentou à CNBC Robert Schein, diretor de investimentos da Blanke Schein Wealth Management. Mas, "a longo prazo, este 'rally' tem pernas para a andar e há um grande 'momentum' dados os elevados níveis de liquidez.
Taxas Euribor sobem em todos os prazos
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses em relação a terça-feira.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que avançou para 3,908%, permaneceu acima da taxa a seis meses (3,862%) e da taxa a 12 meses (3,684%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, avançou hoje para 3,862%, mais 0,004 pontos do que na terça-feira, após ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um novo máximo desde novembro de 2008.
Segundo dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a janeiro, a Euribor a seis meses representava 36,4% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 35,7% e 24,4%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também subiu hoje, para 3,684%, mais 0,009 pontos que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu, ao ser fixada em 3,908%, mais 0,006 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um novo máximo desde novembro de 2008.
A média da Euribor em fevereiro voltou a cair a três meses, mas subiu nos dois prazos mais longos.
A média da Euribor em fevereiro desceu 0,002 pontos para 3,923% a três meses (contra 3,925% em janeiro), mas subiu 0,009 pontos para 3,901% a seis meses (contra 3,892%) e 0,062 pontos para 3,671% a 12 meses (contra 3,609%).
Na última reunião de política monetária, em 07 de março, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas de juro de referência pela quarta reunião consecutiva, depois de 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 11 de abril em Frankfurt.
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
Stoxx 600 alcança novo máximo histórico. H&M pula mais de 13%
Os principais índices europeus abriram sem tendência definida esta quarta-feira, depois de ontem o índice de referência europeu, Stoxx 600, ter atingido máximos históricos e ter também encerrado no valor mais elevado de sempre.
O "benchmark" europeu avança 0,07% para 511,43 pontos - já acima dos máximos alcançados ontem nos 511,37 pontos.
A registar a maior subida está o setor do retalho que pula mais de 2%, à boleia da H&M que apresentou os resultados de 2023, com lucros operacionais superiores ao esperado, de 2,08 mil milhões de coroas suecas (181,44 milhões de euros), acima dos 1,43 mil milhões esperados pelos analistas. A retalhista sueca pula 13,14%.
Entre outros movimentos de mercado, o banco italiano Monte dei Paschi di Siena avança 0,68% depois de o governo italiano ter vendido cerca de 650 milhões de euros em ações da instituição financeira, como parte do plano do Executivo de sair do capital do banco.
"As ações europeias estão a desfrutar de um belo cocktail", afirmou à Bloomberg Alexandre Hezez, diretor de investimentos do Group Richelieu. Ao passo que o crescimento económico é resiliente na Zona Euro, ainda é suficientemente brando para permitir que o BCE comece a reduzir as taxas em junho, argumentou ainda.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,19% e o espanhol IBEX 35 ganha 0,43%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,22%. Pela negativa, o francês CAC-40 cede 0,1%, o italiano FTSEMIB desliza 0,06% e o britânico FTSE 100 recua 0,14%.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a registar um alívio esta quarta-feira, com os investidores a avaliarem os números da inflação em Espanha, que foram ligeiramente inferiores ao esperado.
Os preços subiram 3,2% em termos homólogos, abaixo da mediana de 3,3% esperada pelos analistas da Bloomberg. Já a inflação subjacente que deixa de fora os preços mais voláteis dos alimentos e da energia, também recuou de 3,5% para 3,3%.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 1,6 pontos base para 2,980% e os juros da dívida espanhola cedem 1,7 pontos para 3,158%.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, alivia 1,7 pontos base para 2,3331%.
Os juros da dívida italiana descem 1,9 pontos base para 3,625% e os da dívida francesa registam um decréscimo de 1,7 pontos para 2,814%.
Fora da Zona Euro, a rendibilidade da dívida britânica alivia em 0,5 pontos base para 3,964%.
Iene em mínimos de 34 anos face ao dólar. Ministro das Finanças japonês ameaça intervenção
O iene atingiu esta quarta-feira mínimos de 34 anos face ao dólar, tendo chegado a valer 151,97 dólares. A forte desvalorização da moeda nipónica levou ao mais recente aviso de intervenção cambial por parte das autoridades japonesas.
O ministro das Finanças, Shunichi Suzuki, afirmou que as autoridades poderiam tomar "passos decisivos" - palavras que, destaca a Reuters, já foram usadas anteriormente antes de uma intervenção, particularmente no outono de 2022, quando o Japão efetivamente interveio no mercado.
A esta hora o dólar soma 0,06% para 151,65 ienes. Já o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da moeda norte-americana face a 10 divisas rivais - avança 0,06% para 104,358 pontos.
"Os mercados estão a testar cautelosamente para ver onde está a linha para Tóquio", disse à Reuters Christopher Wong, estratega do OCBC.
"Creio que o risco de intervenção é bastante elevado, porque este é um novo ciclo de alta. E dados os avisos até agora, acho que se Tóquio não agir só vai encorajar as pessoas a empurrar o dólar/iene para níveis mais elevados nos próximos dias", completou.
Ouro recupera ligeiramente
O ouro está a recuperar muito ligeiramente das perdas desta madrugada, em que foi penalizado por um dólar mais robusto. Os preços seguem a negociar de forma contida, com os investidores a aguardarem mais pistas sobre o curso de política monetária a ser tomado pela Reserva Federal norte-americana.
O metal amarelo avança 0,02% para 2.179,16 dólares por onça.
Os preços deste metal precioso têm valorizado mais de 5% este ano e atingiram um máximo histórico na semana passada nos 2.220,89 dólares por onça.
O ouro tem sido sustentado por um aumento das expectativas de um corte de juros pela Fed, bem como de robustos níveis de procura - por ser um ativo-refúgio - tanto por parte de investidores como de bancos centrais, devido ao agravar das tensões geopolíticas.
Petróleo em baixa pelo segundo dia. Aumento dos "stocks" nos EUA pressiona preços
Os preços do petróleo estão a negociar em baixa pela segunda sessão consecutiva, depois de um relatório ter mostrado que os inventários de crude nos Estados Unidos - o maior consumidor petrolífero do mundo - aumentaram.
Esta robustez é um dos sinais que poderá indicar que os principais produtores mundiais não deverão alterar os níveis de produção na próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+).
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desvaloriza 0,89% para 80,89 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, perde 0,96% para 85,42 dólares por barril.
Os preços têm vindo a recuar esta semana depois de terem atingido na semana passada máximos de outubro. Ainda assim, permanecem cerca de 3% acima da média de fecho da primeira semana de março.
"Um aumento acentuado dos inventários de crude nos EUA e as expectativas de uma manutenção dos atuais níveis de produção pela OPEP+ na próxima semana, levaram a que os preços do petróleo se desvalorizassem ainda mais na sessão de hoje, com a tomada de mais-valias a acelerar após um forte 'rally' em meados de março", explicou à Bloomberg Jun Rong Yeap, estratega da IG.
Futuros da Europa ligeiramente em baixa. Ásia mista
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão ligeiramente em baixa esta quarta-feira, depois de ontem o índice de referência europeu, Stoxx 600, ter atingido máximos históricos nos 511,37 pontos e ter também encerrado no valor mais elevado de sempre.
Os futuros do Euro Stoxx 50 deslizam 0,1%.
Na Ásia, a sessão foi mista, com os índices chineses a registarem perdas depois de terem sido conhecidos alguns resultados de empresas que ficaram abaixo do esperado.
Pela positiva, as praças japonesas negociaram em alta, depois de o iene ter atingido mínimos de 34 anos face ao dólar. A moeda nipónica recuperou algum terreno perdido depois do mais recente aviso por parte de um responsável do executivo japonês de uma intervenção no mercado cambial.
O japonês Nikkei é um dos poucos índices asiáticos que tem conseguido replicar o "rally" em Wall Street, estando a avançar mais de 20% desde o início do ano e a caminho de um dos melhores trimestres de sempre.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, desce 1,46% e o Shanghai Composite caiu 1,26%. No Japão, o Nikkei ganha 0,9% e o Topix somou 0,66%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi cedeu 0,07%.