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Europa ganha com declarações de Schnabel e dados do emprego nos EUA
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta terça-feira.
Europa ganha com declarações de Schnabel e dados do emprego nos EUA
As bolsas europeias terminaram no verde, num dia em que os investidores digeriram as mais recentes declarações de Isabel Schnabel, membro do Banco Central Europeu (BCE), e dados do emprego nos Estados Unidos.
Schnabel sinalizou que os números mais recentes da inflação na Zona Euro (2,4% em novembro) tornam "improvável" uma nova subida dos juros. As declarações mostram uma mudança da posição daquela que é vista como uma voz conservadora entre os decisores de política monetária.
Do outro lado do Atlântico, o número de vagas de emprego caiu para o valor mais baixo desde março de 2021, sinalizando um arrefecimento do mercado laboral e abrindo porta a uma política mais suave por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana.
O número de vagas desceu de 9,4 milhões para 8,7 milhões em outubro, de acordo com os dados estatísticos hoje conhecidos.
O Stoxx 600, referência para a região, valorizou 0,4% para 467,62 pontos, com os setores do imobiliário e do automóvel a liderarem os ganhos (1,72% e 1,21%).
Nas principais praças europeias, o alemão Dax30 subiu 0,78%, o espanhol Ibex 35 somou 0,59%, o francês CAC-40 cresceu 0,74%, o italiano FTSE Mib valorizou 0,56% e o AEX, em Amesterdão, subiu 0,45%. Só o britânico FTSE 100 perdeu 0,31%.
Juros das dívidas da Zona Euro recuam
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro aliviaram esta terça-feira, num dia em que os investidores além das obrigações também se aventuraram no mercado acionista, com praticamente todas as praças europeias no verde.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos recuaram 12,5 pontos base para 2,867%. A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, aliviou 10,7 pontos base para 2,243%.
A rendibilidade da dívida espanhola desceu 11,5 pontos base para 3,246%, os juros da dívida italiana recuaram 13,3 pontos base para 3,983% e os juros da dívida francesa decresceram 12,4 pontos base para 2,8%.
A abrir o apetite dos investidores pelo risco estiveram os comentários de Isabel Schnabel, membro do Banco Central Europeu, que afirmou que há uma baixa probabilidade de haver uma nova subida das taxas de juro de referência.
Euro perde face ao dólar
O euro está a desvalorizar face à divisa norte-americana, num dia em que os investidores digerem as mais recentes declarações de Isabel Schnabel, membro do Banco Central Europeu. A responsável sinalizou que os números mais recentes da inflação na Zona Euro tornam "improvável" uma nova subida dos juros.
As declarações, à Reuters, marcam uma mudança da posição de Schnabel, que é vista como uma voz conservadora entre os decisores de política monetária.
A moeda única europeia cede 0,28% para 1,0806 dólares.
Petróleo ganha com garantias de corte da Rússia e Arábia Saudita
O petróleo valoriza, depois de a Arábia Saudita e a Rússia terem confirmado que a OPEP+ vai manter os cortes de produção anunciados, numa tentativa de evitar um excedente. A decisão surge numa altura em que um fluxo de carga dos EUA ameaça inundar os mercados asiáticos.
O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse mesmo que a OPEP e aliados podem adotar medidas adicionais para eliminar a "especulação e volatilidade", se os atuais cortes de produção não forem suficientes.
O ministro da Energia saudita, Abdulaziz bin Salman, disse à Bloomberg que a redução de oferta "ultrapassaria" um esperado reforço dos inventários de crude no primeiro trimestre.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, avança 0,46% para 78,39 dólares por barril. O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,49% para 73,40 dólares por barril.
Na segunda-feira os preços do petróleo caíram, penalizados por dúvidas de que estes cortes da OPEP+ tivessem real impacto.
Ouro desliza com dólar mais forte
O ouro está a desvalorizar, penalizado por um dólar mais forte. A valorização da moeda norte-americana tende a pressionar o metal precioso que, por ser cotado em dólares, se torna menos atrativo para quem negoceia com outras divisas.
O ouro a pronto (spot), negociado em Londres, perde 0,59% para 2.017,43 dólares por onça. A platina cede 2,42% para 899,11 dólares e o paládio recua 2,21% para 957,17 dólares.
Os investidores estão a digerir os mais recentes dados do emprego, que dão conta que o número de vagas disponíveis em outubro caiu para o valor mais baixo desde março de 2021. O recuo adensa as perspetivas de um arrefecimento do mercado laboral, o que é visto como um incentivo à Reserva Federal (Fed) norte-americana para suavizar a política monetária.
Ainda assim, os dados mais esperados serão divulgados no final da semana: pedidos de subsídio de desemprego, na quinta-feira, e o número de postos de trabalhos criados, na sexta-feira.
Wall Street no vermelho com investidores à espera de dados do emprego
As bolsas norte-americanas abriram em terreno negativo, penalizadas por um menor otimismo quanto ao curso da política monetária. Os investidores mostram-se agora menos confiantes de que os bancos centrais vão cortar os juros a tempo de evitar uma recessão.
O S&P 500, referência para a região, cede 0,31% para 4.555,78 pontos, o industrial Dow Jones perde 0,39% para 36.063,15 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cai 0,16% para 14.163,21 pontos.
Os índices perdem depois de um novembro marcado por ganhos.
Os investidores aguardam agora pela divulgação do número de vagas de emprego nos Estados Unidos em outubro, de forma a perceber se o mercado laboral continua a perder fôlego. Dados menos robustos podem dar força às ações, uma vez que alimentam a perspetiva de um arrefecimento na economia.
"O incrível 'rally' em novembro e o longo posicionamento levou a algum ceticismo sobre quanto mais longe pode ir, pelo menos até termos alguns dados que seja favorável a uma aterragem suave", afirmou Jim Reid, analista no Deutsche Bank, em declarações à Bloomberg.
"Apesar de os mercados terem totalmente incorporado um corte da Fed em maio, não é a primeira vez este ano que há especulação de um corte dos juros", acrescentou.
Europa mista com investidores a avaliarem política monetária
Os principais índices europeus estão a negociar mistos, com os investidores focados em qual será o futuro da política monetária levada a cabo pelos bancos centrais no próximo ano.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, recua 0,13% para 465,18 pontos. A registar as maiores perdas está o setor mineiro que cai mais de 1%.
Entre os principais movimentos de mercado está o Barclays que cai 2,31% depois de um dos seus maiores acionistas, o fundo soberano do Qatar, ter anunciado que planeia vender cerca de metade da sua posição na instituição financeira, cerca de 510 milhões de libras em ações.
Já a Ericsson sobe 7,8%, após ter anunciado um acordo com a AT&T para modernizar a sua rede sem fios nos Estados Unidos.
Os índices europeus têm negociado maioritariamente no vermelho em dezembro, com os indicadores técnicos a mostrarem que o "rally" de novembro atingiu níveis excessivos. O índice de força relativa do Stoxx 600 está acima de 70 e em território considerado "overbought" - um nível que é geralmente considerado como precursor de um "sell-off".
Os investidores deverão agora focar-se nos dados da produção industrial na Zona Euro, com o objetivo de melhor compreenderem o "estado de saúde" da economia europeia.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cede 0,03% e o britânico FTSE 100 perde 0,5%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,06%.
Em sentido contrário, o francês CAC-40 soma 0,22%, o italiano FTSEMIB avança 0,03% e o IBEX 35 ganha 0,36%.
Schnabel afasta nova subida de juros pelo BCE. Juros aliviam na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar esta terça-feira, depois de Isabel Schnabel, membro do conselho executivo do Banco Central Europeu, ter afirmado que há uma baixa probabilidade de haver uma nova subida das taxas de juro de referência, dada a "notável" descida da inflação.
Os juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 6,8 pontos base para 2,925%. A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos, referência para a região, alivia 6,1 pontos base para 2,289%.
A rendibilidade da dívida espanhola desce 6,9 pontos base para 3,292%, os juros da dívida italiana recuam 8,6 pontos base para 4,030% e os juros da dívida francesa decrescem 6,6 pontos base para 2,857%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviam 6,6 pontos base para 4,122%.
Ouro valoriza. Dólar recua face às principais divisas
Os preços do ouro estão a valorizar, estando a capitalizar num dólar mais fraco, que torna o metal menos dispendioso para compradores em moeda estrangeira, e uma queda das "yields" da dívida norte-americana.
Isto, numa altura em que os investidores vão recalibrando a possibilidade de um corte das taxas de juro diretoras pela Reserva Federal no primeiro trimestre de 2024.
O metal amarelo soma 0,21% para 2.033,78 dólares por onça.
No mercado cambial, o índice do dólar da Bloomberg - que mede a força da nota verde contra 10 divisas rivais - cede 0,1% para 103,604 dólares.
Já face ao euro, a divisa norte-americana avança 0,24% para 0,925 euros, um movimento que estará a ser atribuído pelos analistas a uma inversão face ao forte "sell-off" do dólar do último mês.
"Penso que seja um ajuste dado que o dólar caiu muito e muito rápido", disse à Reuters Sean Callow, analista do banco Westpac.
Petróleo inalterado com ceticismo em torno da OPEP+
Os preços do petróleo estão a negociar ligeiramente no verde esta terça-feira, pressionados pelo ceticismo dos investidores perante a mais recente decisão dos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+), da continuada tensão no Médio Oriente e dos fracos dados económicos do maior consumidor mundial de crude, os Estados Unidos.
Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que é a referência para as importações europeias, avança 0,03% para 78,05 dólares por barril. O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,04% para 73,07 dólares por barril.
Esta segunda-feira - perante o ceticismo dos investidores, que tem levado a que os preços continuem a cair - a Arábia Saudita veio tentar animar o mercado.
O príncipe Abdulaziz bin Salman, que é também ministro saudita da Energia, declarou a meio da tarde que os cortes de produção da OPEP+ podem "seguramente" prosseguir depois do primeiro trimestre se tal for necessário.
Futuros da Europa inalterados. Ásia segue Wall Street no vermelho
As principais praças europeias estão a apontar para uma abertura inalterada esta terça-feira, numa altura em que os investidores vão recalibrando o "timing" do corte das taxas de juro pela Reserva Federal norte-americana no próximo ano.
Segundo os analistas, o "rally" de novembro poderá ter ido demasiado longe ao incorporar cortes agressivos nas taxas de juro diretoras, algo sobre o qual permanece um elevado grau de incerteza.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 estão inalterados.
Na Ásia a sessão foi negativa, seguindo a tendência de Wall Street, com um "sell-off" a ser registado nos setores de tecnologia e serviços financeiros.
A penalizar estiveram as cotadas chinesas, depois de as estatísticas sobre a atividade nos seriços, que ficou acima do esperado, ter falhado em acalmar os investidores relativamente ao estado da segunda maior economia mundial.
Este mês realizam-se duas reuniões com altos responsáveis chineses, com os investidores à espera de ver maior agressividade relativamente aos objetivos de crescimento da economia chinesa para 2024.
"Os esforços em termos de implementação de medidas têm ido na direção certa, mas precisamos de ver mais para convencer os investidores", disse à Bloomberg Eddy Loh, "chief investment officer" da Maybank Group Wealth.
"Entrando num novo ano, a trajetória [nos mercados] não vai melhorar se não existir uma mudança radical" em termos de estímulo económico proveniente do Estado, acrescentou Yan Wang, analista da Alpine Macro.
Pela China, o Hang Seng, em Hong Kong, cai 2,35% e o Shanghai Composite perdeu 1,67%. No Japão, o Topix desceu 0,84% e o Nikkei desvalorizou 1,37%. Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,82%.