Notícia
Europa pintada a verde. Petróleo e dólar recuam
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Licores animam Stoxx 600. Europa pintada a verde
Os receios trazidos pelo aumento exponencial de casos de covid-19 não foram suficientes para travar o entusiasmo dos investidores europeus que vão demonstrando apetite para o risco e, esta quinta-feira, pintaram os mercados da Europa a verde.
A bolsa de Lisboa foi a que mais subiu, 0,69%, seguida de Amesterdão (+0,57%), Madrid (+0,56%), Paris (+0,48%) e Berlim (0,25%).
A francesa Remy Cointreau - fabricante de licores - foi a estrela do Stoxx 600, a registar um avanço de 13,43% nas ações, depois de ter duplicado os lucros, nos resultados trimestrais. De resto, o setor das "utilities" registou um bom desempenho, valorizando 1,75%, tal como o do imobiliário, que subiu 1,19%.
Em sentido inverso, a pesar no índice, esteve o turismo, com uma queda de 1,17%, e as telecom, que desceram 0,63%.
Dólar recua. Euro ganha terreno
O índice de pontuação do dólar – que compara a nota verde com 16 divisas - está a recuar 0,12%.
Para a Bloomberg Intelligence o índice segue assim este dia "uma trajetória plana", com os investidores a ainda digerirem a recondução de Jerome Powell para a liderança da Reserva Federal (Fed) norte-americana, o que eleva a confiança do mercado para a subida das taxas de juro.
Tudo leva a crer que, apesar desta queda ligeira, o futuro será, por isso, composto por uma subida do dólar, como aliás, alerta Avtar Sandu, senior manager de "commodities" na Phillip Futures: "O ouro precisa de um catalisador forte para ir além dos 1.800 dólares [por onça] já que o cenário está a favorecer o dólar e as obrigações", defende o especialista.
O euro, por sua vez está a avançar 0,11% para os 1.1211 dólares.
Ouro próximo do patamar dos 1.800 dólares
O ouro segue a negociar perto do patamar dos 1.800 dólares, com uma valorização de 0,08% para os 1790,09 dólares por onça.
Este metal precioso registou três sessões no vermelho esta semana, uma situação agravada pela publicação dos números referentes aos pedidos de subsídio de desemprego, publicados esta quarta-feira, e que revelam a maior queda desde 1969.
Esta semana, o ouro já caiu cerca de 3%, também devido ao facto de o dólar ter atingido o seu maior nível em um ano.
"O ouro precisa de um catalisador forte para ir além dos 1.800 dólares, já que o cenário está a favorecer o dólar e as obrigações", indica Avtar Sandu, senior manager de "commodities" na Phillip Futures, em entrevista à Bloomberg.
"O ouro está a recuperar depois de atingir uma baixa de várias semanas durante o dia de ontem. O dólar americano, cujo preço mantém uma correlação inversa com o do metal precioso, recebeu um impulso na quarta-feira com a divulgação das últimas atas do FOMC, que revelaram a vontade da Reserva Federal de acelerar a redução da compra de ativos do banco central. Esta dinâmica deve antecipar o momento para o aumento das taxas de juros e, com o dólar apoiado por uma Fed agressiva, o preço do ouro provavelmente permanecerá sob pressão", sublinha Ricardo Evangelista, diretor executivo da ActivTrades Europe SA, na sua análise diária.
Petróleo cede com prudência dos investidores à espera da OPEP+
Os preços do "ouro negro" seguem em terreno negativo, com os investidores a preferirem optar pela cautela, à espera da reunião de 2 de dezembro da OPEP+ para verem qual será a nova quota de produção do cartel e seus aliados.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em janeiro cede 0,45% para 78,04 dólares por barril.
Já o contrato de janeiro do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,30% para 82 dólares.
Os EUA vão recorrer às suas reservas estratégicas de petróleo, em concertação com a China, Japão, Índia, Coreia do Sul e Reino Unido, na tentativa de moderarem a subida das cotações.
Apesar de esta oferta adicional não se apresentar como significativa, a ponto de abalar o mercado, os investidores estão expectantes em relação à OPEP+, que poderá decidir, como reação, não colocar mais crude no mercado em dezembro, mantendo as quotas de novembro. No entanto, três fontes disseram à Reuters que essa opção não está a ser discutida.
A OPEP+ tem estado a colocar no mercado todos os meses, desde agosto, mais 400.000 barris por dia.
"Preocupação" do BCE sobre juros faz cair da yields na Zona Euro
Os juros da Zona Euro estão esta quinta-feira a aliviar, depois de vários membros do Banco Central Europeu (BCE) terem revelado "preocupação" com as expectativas do mercado de que haja uma subida das taxas de juro a curto prazo.
No entanto, ao longo das últimas semanas, a presidente do BCE, Christine Lagarde, tem repetido que "é muito improvável" que sejam aumentadas as taxas de juro no próximo ano, apesar da subida da inflação.
As "bunds" alemãs com maturidade a 10 anos, que servem de referência para o bloco europeu, estão a recuar 1,5 pontos base para -0,247%.
Na dívida portuguesa a 10 anos, os juros aliviaram 0,8 pontos base, para 0,434%, enquanto na mesma maturidade em Espanha o alívio é também de 0,8 pontos, para os 0,512%.
Em Itália a descida nas yields é menos acentuada: 0,5 pontos base, para os 1,067%.
PSI-20 segue no verde com EDP e EDPR a subirem mais de 2%
A bolsa portuguesa mantém a tendência positiva que marcou a abertura da sessão. O PSI-20 segue a valorizar 0,5%, animado pelos ganhos expressivos registados pelas ações do grupo EDP.
Na Europa o dia também é de ganhos, apesar das notícias de novas medidas de restrições para conter a pandemia na região.
A puxar pela bolsa estão os fortes ganhos do Grupo EDP. A EDP Renováveis sobe mais de 2,5% para 22,42 euros, enquanto a EDP já valoriza mais de 2% para 4,91 euros, com ambas as empresas a serem suportadas pela maior procura por ações mais defensivas.
A Jerónimo Martins também contribui para os ganhos em Lisboa, com uma subida inferior a 0,5% para valer 19,56 euros.
Já o BCP inverteu para terreno negativo e está agora, juntamente com a Galp, a travar maiores ganhos em Lisboa. Ambos descem menos de 0,5%.
Bolsas europeias em alta com investidores a mostrarem apetite pelo risco
As principais praças da Europa estão a negociar em terreno positivo, com os investidores a demonstrarem apetite pelo risco e a afastar parte dos receios ligados à pandemia de covid-19 e à retirada dos estímulos à economia.
Nesta altura, o Stoxx 600 está a avançar 0,42% para 481,70 pontos, com 383 cotadas no "verde". O grupo francês Rémy Cointreau está a liderar os ganhos neste índice, a valorizar cerca de 10%, depois de a fabricante de bebidas espirituosas rever em alta as previsões de lucros para este ano. A empresa espera agora um resultado líquido de 212,9 milhões de euros no ano, depois de trimestres mais fortes alavancados pelas vendas de conhaque premium no mercado da China e Estados Unidos.
No que diz respeito a setores, as "utilities" estão a liderar os ganhos, com uma valorização de 1,12%, seguidas pelo setor da tecnologia, que avança 0,86%. O setor do turismo volta a ser aquele que lidera as quedas, mais uma vez devido à possibilidade de restrições às viagens em mais países europeus.
O PSI-20 está a avançar 0,37%, o índice espanhol IBEX ganha 0,33%, enquanto o alemão DAX aprecia 0,32%. O francês CAC 40 regista uma subida semelhante, de 0,33%, enquanto a bolsa de Amesterdão avança 0,58%. Nota ainda para a bolsa italiana, que aprecia 0,25%.
Brent em alta muito ligeira e WTI a recuar
O petróleo arranca o dia a digerir as declarações da OPEP e os seus aliados, com a organização a considerar que o plano coordenado para aceder a reservas estratégicas por parte de países como os EUA ou o Japão poderá fazer com que exista um excesso de crude no próximo ano.
Nesta altura, o West Texas Intermediate e o brent do Mar do Norte estão a negociar em sentidos diferentes. Enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, está a cair 0,09% para 78,32 dólares por barril, o brent, que serve de referência a Portugal, avança 0,07% para 82,31 dólares.
"Espero que o petróleo siga a lateralizar até à próxima reunião da OPEP+", indica Suvro Sarkar, analista do DBS Bank, em Singapura. Este analista refere à Bloomberg que o plano coordenado para aceder a reservas estratégicas "acabou por se tornar menos uma preocupação" e que não irá alterar de forma significativa o equilíbrio entre oferta e procura.
Juros a aliviar na Europa
Os juros da dívida soberana estão a aliviar em vários pontos da Europa, com exceção dos juros do Reino Unido, que avançam 0,3 pontos base para 0,996%.
As "bunds" germânicas, vistas como a referência na Zona Euro, estão a ceder nesta altura 0,9 pontos base nos juros com maturidade a dez anos, para -0,240%.
Em Itália, os juros com a mesma maturidade registam a maior descida entre os países europeus, recuando 2,6 pontos base para 1,046%.
Na Península Ibérica, os juros da dívida de Portugal e Espanha registam a mesma descida - 1,5 pontos base. Os juros de Portugal a dez anos estão assim nos 0,427%; enquanto os juros espanhóis com a mesma maturidade se situam nos 0,505%.
Divisas europeias em alta. Dólar recua
As moedas europeias, como é o caso do euro e também da libra esterlina, estão a valorizar esta manhã e a ganhar terreno perante o dólar norte-americano.
A moeda única europeia está a valorizar 0,15% para 1,1216 dólares. Já a libra esterlina está a avançar 0,19% para 1,3353 dólares.
Nesta altura, o dólar está a recuar 0,18% perante um cabaz composto por divisas rivais.
Ouro em alta e a negociar abaixo dos 1.800 dólares
O ouro está a valorizar 0,27% esta quinta-feira, com a onça a negociar nos 1.793,47 dólares.
Este metal precioso registou três sessões no vermelho esta semana e, já esta quarta-feira, a divulgação de dados robustos sobre a economia norte-americana afastou os investidores deste metal precioso, habitualmente visto como um ativo-refúgio.
Esta semana, o ouro já caiu cerca de 3%, também devido à alta do dólar.
"O ouro precisa de um catalisador forte para ir além dos 1.800 dólares [por onça] já que o panorama está a favorecer o dólar e as obrigações", indica Avtar Sandu, senior manager de "commodities" na Phillip Futures.
Futuros apontam para abertura em alta. Investidores de olho na covid-19 e na política alemã
Os futuros da Europa apontam para uma abertura em alta esta manhã nas principais praças europeias. A evolução da pandemia na Europa tem figurado na lista de temas a acompanhar por parte dos investidores. O tema volta a concentrar atenções esta quinta-feira numa altura em que a Europa passou a ser o atual epicentro da pandemia.
Além de acompanharem o aumento de casos e que reflexo poderá ter no crescimento económico do continente, os investidores vão estar ainda atentos às notícias saídas da Alemanha, principalmente na área da política. Foi ontem anunciada a coligação entre o SPD de Olaf Scholz, os Verdes e ainda os liberais do FDP para formar Governo na maior economia da Zona Euro, quase dois meses após as eleições legislativas.
Na agenda de hoje figuram ainda vários discursos sobre política monetária, na conferência jurídica semestral do Banco Central Europeu (BCE), numa altura em que os Estados Unidos se preparam para começar a retirar estímulos à economia.
Esta quinta-feira não haverá negociação nos Estados Unidos, com Wall Street encerrada devido ao feriado do Dia de Ação de Graças.
Na Ásia, onde a sessão já está encerrada, as bolsas negociaram de forma estável. No Japão, o Nikkei e o Topix fecharam em alta, com ganhos de 0,67% e 0,33%, respetivamente. O Hang Seng, em Hong Kong, avançou 0,24%, enquanto a bolsa de Xangai fechou no vermelho, a ceder 0,24%.