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Fecho dos mercados: Sector automóvel acelera. Juros abaixo de 3%. Brent sobe após queda das reservas
As bolsas europeias viveram uma sessão positiva, com o sector automóvel em destaque. A Fiat Chrysler acelerou mais de 5% e ajudou a compensar a quebra do Banco Popular. Já os juros da dívida portuguesa passaram abaixo da fasquia de 3%, apesar da subida das taxas italiana e espanhola.
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Os mercados em números
PSI-20 avançou 0,45% para 5.313,59 pontos
Stoxx 600 ganhou 0,43% para 391,66 pontos
S&P 500 sobe 0,29% para 2.418,90 pontos
Juros da dívida a dez anos descem 6,4 pontos base para 2,996%
Euro desce 0,27% para 1,1214 dólares
Brent sobe 1,06% para 51,30 dólares por barril
Bolsas sobem puxadas pelo sector automóvel
As construtoras automóveis foram as que mais aceleraram em bolsa esta sessão, após a associação do sector ter revisto em alta as estimativas para as vendas na Europa. O índice do sector avançou 1,57%. A Fiat Chrysler em destaque, com uma subida de 5%. Isto depois das vendas da construtora nos EUA terem saído acima das estimativas. Apesar do destaque do sector automóvel, 17 dos 19 sectores do Stoxx 600 encerraram no verde, ajudando o índice que mede o desempenho das bolsas europeias a ganhar 0,43%. As excepções foram as telecomunicações e as "utilities".
Já o índice da banca até conseguiu subir 0,12%, mesmo com as preocupações sobre o Banco Popular. A incerteza sobre o futuro do banco levou as acções a descerem 17,90%. Mas a banca italiana compensou essas descidas, após o PIB do primeiro trimestre ter surpreendido pela positiva. A bolsa de Milão avançou 0,99%. Já Madrid não foi além de uma subida ligeira de 0,01%.
Ainda assim, em Lisboa, a bolsa soma e segue. O PSI-20 amealhou mais 0,45% e leva já um ganho de 13,56% desde o início do ano. Os principais destaques foram as subidas de 2,40% dos CTT. A Nos, a Altri e a Corticeira Amorim avançaram mais de 1%. A empresa liderada por António Rios Amorim atingiu um novo máximo histórico. A Semapa e a Ibersol também bateram recordes.
Taxa a dez anos abaixo de 3%
Pela primeira vez desde Setembro, a taxa portuguesa a dez anos passou abaixo da fasquia de 3%. Esta quinta-feira, a "yield" exigida em mercado secundário baixou 6,4 pontos base para 2,996%. Foi a terceira sessão de descidas. Este desempenho permitiu que o prémio de risco face às obrigações alemãs, vistas como a referência na Zona Euro, passasse abaixo dos 270 pontos base.
O desempenho da taxa nacional contrariou a evolução dos juros de outros países do Sul da Europa. A taxa espanhola a dez anos subiu um ponto base para 1,563%. Já em Itália, a "yield" aumentou 5,4 pontos base para 2,256%. Isto apesar do crescimento no primeiro trimestre ter sido revisto em alta de 1% para 1,2% em termos homólogos.
Euribor sem alterações
As taxas Euribor não sofreram alterações esta quinta-feira. O indexante a três meses voltou a ser fixado em -0,329%, segundo dados da agência Lusa. A taxa a seis meses permaneceu em -0,254%, actual mínimo histórico. Também a Euribor a 12 meses se manteve em recordes negativos, voltando a ser fixada em -0,131%.
Dólar com primeira subida da semana após dados do emprego
O índice que mede a força do dólar contra as outras dez principais divisas mundiais interrompeu o ciclo de quedas. Sobe 0,12% para 1.200,1 pontos, a primeira valorização desta semana. Isto depois dos dados divulgados pelo instituto ADP sobre a criação de emprego no sector privado terem ficado acima das estimativas. Em Maio foram criados 253 mil postos de trabalho, acima das previsões de 180 mil dos analistas sondados pela Bloomberg.
Com estes dados, as apostas do mercado de que os dados governamentais sobre as condições do mercado de trabalho, que será divulgado esta sexta-feira, mostre sinais fortes que dêem luz verde à Reserva Federal dos EUA para subir novamente as taxas de juro este mês. E o euro também acabou por se ressentir, perdendo 0,27% para 1,1214 dólares.
Petróleo recupera após nova descida das reservas nos EUA
Depois de ter perdido mais de 2% esta quarta-feira, os preços do petróleo recuperaram. O Brent valoriza 1,06% para 51,30 dólares. E o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, avança 1,47% para 49,03 dólares. Os ganhos intensificaram-se após a divulgação dos dados semanais da Administração de Informação de Energia terem revelado a sétima queda semanal nas reservas petrolíferas na maior economia do mundo. Na semana passada, os inventários desceram em 6,4 milhões de barris, o que compara com a estimativa de queda de 2,5 milhões dos analistas sondados pela Reuters.
Ouro perde brilho após dados do emprego nos EUA
A subida do dólar e a maior probabilidade de subida das taxas de juro por parte da Reserva Federal dos EUA retiraram brilho ao ouro. A onça de "troy" desvaloriza 0,39% para 1.263,98 dólares. Apesar desta descida, desde o início do ano, o metal amarelo acumula uma valorização de 10,15%.