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Fecho dos mercados: Petróleo e euro em queda com bolsas em alta

A moeda europeia foi penalizada pela expectativa de subida de juros nos Estados Unidos e o petróleo foi pressionado pela previsão de aumento das reservas. Nas bolsas volta a ser dia de máximos em Wall Street.

Reuters
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,74% para 4.563,21 pontos

Stoxx 600 ganhou 0,32% para 362,74 pontos

S&P 500 avança 0,14% para 2.295,67 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal estável nos 4,24%

Euro desce 0,54% para 1,0692 dólares.

Petróleo perde 1,49% para 54,89 dólares por barril em Londres

 

Forte subida do imobiliário compensa queda da energia na Europa

A maioria dos índices europeus encerrou em alta esta terça-feira, 7 de Fevereiro, animados sobretudo pelo sector da mineração e do imobiliário, que compensaram as descidas da energia e da banca. Isto depois de o BNP Paribas ter apresentado um resultado líquido de 7,7 mil milhões de euros no ano passado, um valor que ficou aquém do esperado, e que acabou por arrastar as acções do banco francês.

 

Lisboa contrariou a tendência, com o PSI-20 a perder 0,74% para 4.563,21 pontos. A determinar esta queda esteve sobretudo o BCP, que afundou 9,46% para 15,7 cêntimos, dois dias antes da dispersão em bolsa das novas acções. A contribuir para a tendência negativa estiveram também os CTT, com uma descida de 1,6% para 4,92 euros, um novo mínimo histórico de fecho.

 

Nos Estados Unidos, o Nasdaq e o Dow Jones já atingiram novos máximos históricos, animados pelos resultados das empresas referentes ao último trimestre do ano passado. 

 

Juros estáveis 

A dívida europeia viveu hoje uma sessão de acalmia, depois de a última sessão ter sido marcada por subidas generalizadas dos juros, com excepção da Alemanha, cujas taxas de juro voltaram a descer, já que os investidores usam as obrigações alemãs como refúgio. A penalizar a dívida europeia estão os receios em torno das eleições de França, depois de Marine Le Pen ter apresentado as linhas do seu programa, sendo que uma das propostas é retirar a França do euro. Os receios levaram os prémios de risco das dívidas de Portugal e França para máximos de três anos.

 

A taxa de juro da dívida portuguesa a 10 anos anulou as quedas da manhã e encerrou estável nos 4,24%. Com as bunds também pouco alteradas, o prémio de risco das obrigações portuguesas situou-se em 389 pontos base.

 

Dólar avança com expectativa de subida de juros 

A moeda norte-americana valoriza pelo segundo dia contra as principais divisas mundiais, beneficiando com a expectativa reforçada de aumento das taxas de juro nos Estados Unidos, numa altura em que o euro continua a ser penalizado pela incerteza política na Europa, sobretudo em França.   

 

Um responsável da Reserva Federal, citado pela Bloomberg, sugeriu que as taxas de juro nos EUA podem voltar a subir já em Março. Em contrapartida, na segunda-feira o presidente do Banco Central Europeu (BCE) reiterou a disponibilidade da autoridade monetária em manter o plano de estímulos, tendo adiantado que poderá mesmo aumentar o programa, em montante e em período, caso o contexto o justifique.

 

O euro cede mais de 0,5% para 1,0692 dólares, com a moeda europeia a ser também castigada pelas incertezas políticas em França, depois de Marine Le Pen ter apresentado o manifesto para as presidenciais de Abril e Maio. 


Taxas Euribor estáveis 

As Euribor mantiveram-se a três, seis e 12 meses e caíram a nove meses em relação a segunda-feira. A taxa interbancária a três meses fixou-se em -0,328%, ligeiramente acima do mínimo histórico de -0,329% fixado pela primeira vez a 17 de Janeiro.

 

Já a Euribor a seis meses ficou estável em -0,244%, igualando o mínimo histórico registado pela primeira vez em 26 de Janeiro. A taxa com a maturidade mais longa (12 meses) ficou em -0,101%, enquanto no prazo de nove meses, a Euribor desceu para -0,160%, mas permanece acima do mínimo histórico (-0,161%, registado pela primeira vez em 26 de Janeiro).

 

Petróleo cai com previsão de aumento de reservas

Os preços do petróleo continuam em queda, a reflectir os últimos dados que apontam para o aumento da produção dos EUA, o que poderá anular parte do impacto do corte de produção realizado pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), bem como de outros países com peso neste sector, como o caso da Rússia.

 

As estimativas dos consultados pela Bloomberg apontam para que as reservas de crude nos EUA tenham subido pela quinta semana consecutiva e que os fornecimentos de gasolina estejam já perto de recorde. Os dados oficiais serão divulgados esta quarta-feira. O barril do brent desce 1,49% para 54,89 dólares e o crude WTI cede 1,83% para 52,04 dólares.

 

Ouro alivia de máximos de Novembro

O ouro perde valor pela primeira vez em quatro sessões, a recuar 0,4%, depois de ter atingido um máximo de Novembro. Os investidores têm-se refugiado nesta "commodity", devido à incerteza em relação às políticas económicas que serão prosseguidas pelos EUA, em relação ao ritmo de subida de juros por parte da Reserva Federal (Fed) e também em relação à Europa, num ano que será marcado por várias eleições no Velho Continente.

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