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Fecho dos mercados: Bolsas sobem para máximos de mais de um ano e juros descolam de mínimos

As bolsas europeias completaram a sexta sessão consecutiva de ganhos, uma série de subidas que levou o Stoxx600 para máximos de junho de 2016. Os juros da Alemanha contrariam a subida generalizada na Zona Euro e baixaram pela primeira vez a taxa dos depósitos do BCE.

Bloomberg
04 de Julho de 2019 às 17:28
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Os mercados em números
PSI-20 subiu 0,56% para 5.210,07 pontos
Stoxx 600 valorizou 0,09% para 392,94 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos avançam 4,0 pontos base para os 0,324%
Euro valoriza 0,04% para 1,1282 dólares
Petróleo em Londres cai 0,36% para 63,59 dólares por barril

Ações europeias atingem máximos de mais de um ano

A maioria das bolsas europeias encerrou em alta esta quinta-feira, 4 de julho, pela sexta sessão consecutiva, o que representa a maior série de ganhos desde abril. Num dia de menor liquidez nos mercados, devido ao encerramento das bolsas dos Estados Unidos (comemora-se no país o Dia da Independência), o índice de referência para a Europa, o Stoxx600, valorizou 0,09% para 392,94 pontos, o valor mais alto desde meados de junho do ano passado.

 

As bolsas continuam a ser animadas pela perspetiva de que os grandes bancos centrais vão adotar uma política mais expansionista, que incluirá uma descida dos juros por parte do Banco Central Europeu (BCE) e da Reserva Federal dos Estados Unidos.  

 

No caso do BCE, essa perspetiva foi reforçada pela escolha de Christine Lagarde para substituir Mario Draghi na liderança da autoridade monetária, já que atual diretora-geral do FMI é vista como defensora do apoio dos bancos centrais ao crescimento económico.

 

No que respeita à Fed, a possibilidade de um corte dos juros foi admitida recentemente pelo próprio presidente do banco central, e tem ganhado força com a revelação de dados económicos que sinalizam algum abrandamento, como foi o caso do PMI da indústria e dos serviços, e a criação de postos de trabalho pelo setor privado, que cresceu menos do que o esperado. Amanhã, a divulgação dos dados oficiais do emprego dará mais pistas sobre o que fará a Fed na reunião do final deste mês, sendo que a expectativa é de que anunciará um corte de 25 pontos da taxa diretora.

 

Na bolsa nacional, o PSI-20 subiu 0,56% para 5.210,07 pontos, animado sobretudo pelo BCP, EDP Renováveis e cotadas do retalho. O banco liderado por Miguel Maya somou 2% para 28,61 cêntimos e a EDP Renováveis ganhou 1,88% para 9,20 euros. No retalho, a Jerónimo Martins valorizou 0,96% para 14,135 euros e a Sonae ganhou 1,46% para 87,1 cêntimos.

Juros da Alemanha abaixo da taxa dos depósitos do BCE

Depois de vários dias de fortes quedas, que levaram os juros da dívida para mínimos na Zona Euro, a sessão desta quinta-feira ficou marcada por subidas, com exceção da Alemanha. Em Portugal, a yield associada às obrigações a dez anos sobe 4,0 pontos para 0,324, enquanto em Itália avança 9,0 pontos para 1,671%, depois de ter tocado ontem no nível mais baixo desde outubro de 2016, a beneficiar da notícia de que Bruxelas já não vai avançar com um Procedimento por Défices Excessivos contra Itália. Em Espanha, os juros a dez anos agravam-se em 3,2 pontos para 0,238%.

 

Na Alemanha, pelo contrário, os juros a dez anos caíram pela primeira vez abaixo de -0,4%, a taxa de depósitos do BCE, o que sinaliza que a expectativa dos investidores é que o banco central vai cortar os juros. A queda da yield é de 1,3 pontos para -0,402%.

Euro e dólar pouco alterados

Tanto o euro como o dólar estão pouco alterados esta quinta-feira, com as expectativas de cortes nos juros a manterem pressionadas as moedas.

 

"Estamos a ver alguma fraqueza no euro, e também alguma fraqueza no dólar, e as duas estão a neutralizar-se uma à outra", refere Thu Lan Nguyen, estratega do Commerzbank, citada pela Reuters. "O que está a acontecer com a política monetária na Zona Euro e nos Estados Unidos também vai determinar o que acontecerá nos países mais pequenos".

 

Nesta altura, o euro valoriza 0,04% para 1,1282 dólares, enquanto a moeda dos Estados Unidos desce 0,01% face às principais congéneres.


Petróleo cai com descida das reservas abaixo do esperado

O petróleo está a negociar em baixa nos mercados internacionais, depois de ter sido revelado que as reservas de crude dos Estados Unidos desceram menos do que era esperado. Segundo os dados da Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos, as reservas diminuíram em 1,09 milhões de barris na semana passada, quando as estimativas apontavam para uma queda de 3 milhões.

 

Além disso, foi revelado que a produção dos Estados Unidos manteve-se próxima de máximos, com um aumento para 12,2 milhões de barris por dia na semana passada.

 

Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, cai 0,61% para 56,99 dólares, enquanto o Brent, transacionado em Londres, desliza 0,36% para 63,59 dólares.


Ouro em queda mantém-se acima dos 1.400 dólares

O ouro está a negociar em queda antes de serem revelados os dados do emprego, esta sexta-feira, que darão mais clareza sobre o que deverá fazer a Reserva Federal na reunião de 30 e 31 de julho. Se os dados forem dececionantes, o mercado assumirá que são argumentos adicionais para um corte de juros por parte do banco central dos Estados Unidos.

 

Nesta altura, o ouro cai 0,21% para 1.415,82 dólares, enquanto a prata desce 0,14% para 15,2839 dólares.
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