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Fecho dos mercados: A horas das eleições francesas, bolsas sem rumo e euro no vermelho

As principais bolsas europeias fecharam a semana sem uma tendência definida numa altura em os investidores estão de olhos postos em França, palco de eleições presidenciais no próximo domingo. Euro e petróleo recuam.

Reuters
21 de Abril de 2017 às 17:25
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Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,62% para 4.876,43 pontos

Stoxx600 subiu 0,02% para 378,12 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos caíram 3,4 pontos base para 3,743%

Euro desce 0,24% para 1,0691 dólares

Brent recua 1,92% para 51,97 dólares por barril

Bolsas europeias entre perdas e ganhos

As principais bolsas europeias terminaram a última sessão desta semana sem uma tendência definida. Isto numa altura em que os investidores estão de olhos postos em França, país onde no próximo domingo se realiza a primeira volta das eleições presidenciais.

Numa das últimas sondagens antes da primeira volta das eleições presidenciais em França, o candidato centrista e antigo ministro da Economia, Emmanuel Macron, distancia-se da principal adversária, Marine Le Pen. O estudo de opinião, divulgado esta sexta-feira, 21 de Abril pela Elable, coloca Macron com 24% das intenções de voto, contra os 21,5% de Marine Le Pen, ou 2,5 pontos percentuais de vantagem. Na última sondagem daquela empresa, feita há três dias, a vantagem era de 1,5 pontos, avança a Reuters. As contas podem, no entanto, ter resultado imprevisível, já que o candidato da direita François Fillon e o da extrema-esquerda Jean-Luc Mélenchon (com 19,5%) também melhoraram a sua posição na primeira volta.

A liderar as quedas na Europa esteve o PSI-20, que desceu 0,62%, seguido pelo principal índice italiano, que recuou 0,54, e pela praça helénica, que perdeu 0,46%. Do lado oposto, o DAX liderou os ganhos ao subir 0,18%. O Stoxx 600, índice de referência, ganhou 0,02%.

 

Juros em mínimos com mercado à espera da DBRS

Os juros da dívida pública estão a descer no mercado secundário, no dia em que a agência de notação financeira canadiana, DBRS, vai pronunciar-se sobre a notação de Portugal. A expectativa do mercado é de que agência de "rating" mantenha Portugal um nível acima de "lixo".

Os juros da dívida pública portuguesa a dez anos terminaram o dia a descer 3,4 pontos base para 3,743%, sendo que durante a sessão negociou nos 3,742%, o valor mais baixo desde 3 de Janeiro.

Por outro lado, os juros da República Francesa estão a subir no mercado secundário, um reflexo possível do nervosismo dos investidores em relação às eleições presidenciais. A dez ano, as "yields" subiram 1,2 pontos base para 0,940%.

Os juros da Alemanha estão também a registar um agravamento ligeiro no mercado secundário. A uma década, os juros avançam 0,9 pontos base para 0,253%.

Euribor sobem a 3 e 9 meses

As taxas Euribor subiram a três e nove meses e mantiveram-se inalteradas a seis e 12 meses em relação a quinta-feira. A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, subiu para -0,331%, mais 0,001 pontos do que na véspera. No prazo de nove meses, a Euribor também subiu, ao ser fixada em -0,180%, mais 0,003 pontos e contra o actual mínimo de sempre, de -0,184%, registado pela primeira vez em 18 de Abril.

A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal, manteve-se hoje em -0,249%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,251%, registado pela primeira vez em 19 de Abril.

No prazo de 12 meses, a taxa Euribor voltou a ser fixada em -0,124%, actual mínimo de sempre verificado pela primeira vez em 20 de Abril.

Euro em queda

A moeda da Zona Euro está a descer 0,24% para 1,0691 dólares, numa altura em que os investidores estão de olhos postos na corrida ao Eliseu. Apesar da actual desvalorização, no acumulado da semana, o sinal é positivo. O euro ganhou 0,67% esta semana, sendo a segunda consecutiva de valorizações.

Petróleo no vermelho

Os preços do petróleo estão a recuar nos mercados internacionais, com a matéria-prima a ser penalizada pelos receios dos investidores de que a subida da produção de crude nos EUA possa ofuscar os esforços da OPEP para travarem o excesso da oferta mundial de petróleo.

Na quinta-feira, o ministro do Petróleo de Omã, Mohammed Al Rumhy, informou que os países do Conselho de Cooperação do Golfo concordaram em prolongar os cortes para além de Junho, uma informação que foi confirmada pelo seu homólogo da Arábia Saudita. O Conselho de Cooperação do Golfo é formado pelos membros da OPEP Arábia Saudita, Kuwait, Qatar e Emirados Árabes Unidos, e pelo Bahrein e Omã. Todos eles se juntaram ao acordo do cartel para reduzir a oferta.

O West Texas Intermediate desce 2,19% para 49,60 dólares por barril. O Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, recua 1,92% para 51,97 dólares por barril.

Ouro pouco alterado à espera de Paris

A cotação do ouro regista uma subida ligeira numa altura em que o mercado aguarda pelas eleições em França no próximo domingo. Esta evolução tem lugar numa altura em que uma medida que afere a volatilidade do ouro está próxima de mínimos de quatro anos. O ouro para entrega imediata ganha 0,09% para 1.283,01 dólares por onça.

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