Notícia
Setor automóvel pinta bolsas europeias de verde. Petróleo também sobe
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
Setor automóvel pinta bolsas europeias de verde
As bolsas europeias encerraram a primeira sessão da semana em terreno positivo, alavancadas pelas ações do setor automóvel, que subiu 1,51% para os valores mais altos de dois meses: 639,41 pontos. A dar gás ao setor esteve o anúncio do início de negociações entre a União Europeia e a China relativamente às tarifas aplicadas a veículos elétricos entre os dois blocos.
O índice de referência Stoxx 600 avançou 0,73%, para 518,87 pontos. Além do setor automóvel, também a banca deu pujança ao "benchmark" europeu, ao subir 1,70%, a par das telecomunicações (1,29%) e do setor químico, que somou 1,50%.
Entre as principais movimentações, a onda de otimismo no setor automóvel levou a Volvo e a BMW a registarem os maiores desempenhos, com um aumento de 7% e 3%, respetivamente. Também a Porsche, a Volkswagen e a Stellantis somaram 1,5% cada.
Na banca, a Société Générale e o BNP Paribas subiram 2,06% e 3,27%, respetivamente, à boleia dos comentários do presidente do Banco de França, François Villeroy de Galhau, que realçou que os bancos nacionais estão "muito sólidos", apesar da liquidação desencadeada pela crise política.
"Continuamos a ver uma grande incerteza política a pesar sobre as ações europeias", afirmou Marija Veitmane, estratega da State Street Global Markets, à Bloomberg. Os mercados permanecem nervosos antes da primeira volta das eleições francesas marcadas para este domingo, já que as sondagens mostram um avanço forte do partido de extrema-direita de Marine Le Pen, a par com o que sucedeu com as eleições europeias. A banca e os serviços públicos poderão ser os setores mais afetados na hipótese de uma vitória da extrema-direita.
Destaque ainda para a seguradora britânica Prudential, que avançou 5,35% com o lançamento do programa de recompra de ações no valor de dois mil milhões de dólares.
Entre outros principais mercados da Europa Ocidental, o alemão Dax30 ganhou 0,89%, enquanto o francês CAC-40 avançou 1,03% e o britânico FTSE 100 aumentou 0,53%. Já o índice italiano FTSEMIB saltou 1,58 % e o AEX, em Amesterdão, valorizou 0,13%, a par do espanhol IBEX que pulou 1,27%.
Alemanha em contraciclo no alívio dos juros na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas aliviaram na Zona Euro esta segunda-feira, o que se traduz num maior apetite dos investidores em obrigações. De fora da tendência de recuo ficaram apenas os juros das "bunds" alemãs com maturidade a dez anos, que servem de referência para o bloco, ao agravarem-se em 1,2 pontos base para 2,416%. Isto depois de novos dados mostrarem que o sentimento económico no país está a piorar.
Por cá, os juros da dívida portuguesa com a mesma maturidade cederam 1 ponto base para 3,125%, a par com os da vizinha Espanha, que ficaram nos 3,272%.
Já a rendibilidade da dívida francesa diminuiu 2 pontos base, para 3,183%, e a da dívida italiana caiu 1,1 pontos até aos 3,927%.
Fora da Zona Euro, os juros das gilts britânicas recuaram ligeiramente, em 0,2 pontos base, para 4,079%.
Os investidores estão atentos às eleições legislativas em França, que se realizam no próximo fim-de-semana. Até agora, a incerteza política no país, desencadeada pela vitória da extrema-direita de Marine Le Pen nas Europeias, tem feito agitar o mercado de obrigações na Zona Euro.
Petróleo sobe com expectativas de maior procura
As cotações do "ouro negro" seguem a ganhar terreno nos principais mercados internacionais, sustentadas pelo esperado aumento da procura no verão e pelas tensões geopolíticas.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a somar 0,94% para 81,49 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 0,79% para 85,91 dólares.
Do lado da oferta, o mercado está agora à espera dos números semanais dos stocks de crude nos EUA – que é um indicador importante para saber se a procura está a aumentar durante a chamada "driving season", que traz habitualmente mais carros para as estradas devido às férias de verão.
Dólar cai e ouro recupera
O ouro recuperou parte das perdas da passada sexta-feira, e segue a valorizar, à medida que o dólar enfraquece.
O metal amarelo ganha 0,34% para os 2.329,85 dólares.
Na sexta-feira os preços deram a maior queda das últimas duas semanas, após dados económicos dos EUA terem sustentado uma abordagem mais agressiva por parte da Reserva Federal (Fed). Taxas de juro mais elevadas são normalmente negativas para o ouro, que não remunera juros.
No final da semana são divulgados dados económicos - incluindo o chamado indicador preferido da Fed, o índice de preços nas despesas de consumo das famílias - que podem também dar pistas sobre o futuro dos cortes dos juros.
O dólar perde 0,36% contra a moeda europeia, para 0,9318 euros. Perde ainda 0,10% face ao iene e 0,39% contra a libra.
Wall Street abre mista enquanto Nvidia continua a cair
A nuvem negra que paira sobre as "megacaps" desde as últimas sessões parece não querer ir embora. As principais bolsas norte-americanas começam a negociação de mais uma semana em ligeira baixa, apenas com o índice industrial Dow Jones a abrir no verde.
O Standard & Poor's 500, "benchmark" para a região, abriu a sessão a negociar na linha d'água e recua 0,03% para 5.462,76 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite desce 0,18% para 17.689,36 pontos. Já o industrial Dow Jones valoriza 0,21% para 39.227,29 pontos.
Entre os principais movimentos do mercado, o destaque vai para a Nvidia, que segue a perder 2,4% e em direção à terceira perda consecutiva, ainda com os investidores a digerir o facto de a fabricante de semicodutores ter perdido o lugar de empresa mais valiosa do mundo para a Microsoft.
Ainda dentro das tecnológicas, as ações da Apple permaneceram praticamente inalteradas, mesmo depois de os reguladores da União Europeia terem feito as primeiras acusações contra a gigante de tecnologia ao abrigo do novo conjunto de regras de concorrência digital. A UE acusa a "empresa da maçã" de impedir que os criadores de aplicações indiquem aos utilizadores outras opções mais baratas fora da App Store, o que poderá levar a Apple a pagar multas correspondentes a 10% da receita global ou multas diárias. Em ambos os casos, o preço a pagar poderá chegar aos milhares de milhões de euros.
No mundo do retalho, as ações da Under Armor caíram 2,29% após a empresa ter chegado a acordo relativamente às acusações de que o CEO, Kevin Plank, ter escondido o fraco desempenho da empresa perante os investidores. A Under Armour, que negou irregularidades, vai pagar 434 milhões de dólares para resolver a acusação movida pelos investidores.
Europa avança à boleia de diálogo entre UE e China sobre taxas a carros elétricos
Os principais índices europeus estão a avançar esta segunda-feira, com a esperança que a União Europeia e a China cheguem a acordo sobre as tarifas para os veículos eléctricos.
O índice de referência europeu, Stoxx 600 sobe 0,52% para 517,77 pontos, com o setor dos automóveis e a banca a liderarem os ganhos, ao avançarem 1,65% e 1,2%, respetivamente.
A União Europeia e a China iniciaram conversações depois de a UE ter dito que pretendia impor taxas de 48% sobre os veículos elétricos provenientes da China a partir de julho. Depois das notícias, as ações da Porsche e da Volkswagen valorizaram mais de 1,5%.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax avança 0,68%, o francês CAC-40 sobe 0,71%, o italiano FTSEMIB valoriza 1,24%, o britânico FTSE 100 ganha 0,55% e o espanhol IBEX 35 aumenta 0,71%. Já em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,3%.
A marcar a semana vão estar as eleições francesas de domingo, com as sondagens a indicarem que o partido de extrema-direita União Nacional (Rassemblement National, em francês) está a ganhar força.
Euribor caem e a três e seis meses para novos mínimos desde julho e maio de 2023
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses, nos dois prazos mais curtos para novos mínimos respetivamente desde 20 de julho e 17 de maio de 2023.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que baixou para 3,682%, ficou acima da taxa a seis meses (3,661%) e da taxa a 12 meses (3,580%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, recuou hoje para 3,661%, menos 0,030 pontos e um novo mínimo desde 17 de maio de 2023, depois de ter atingido 4,143% em 18 de outubro, um máximo desde novembro de 2008.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a abril apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 37,5% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,1% e 25%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também baixou hoje, para 3,580%, menos 0,042 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses caiu, ao ser fixada em 3,682%, menos 0,004 pontos e um novo mínimo desde 20 de julho de 2023.
Em 19 de outubro, a Euribor a três meses atingiu 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.
O BCE desceu em 06 de junho as taxas de juro diretoras em 25 pontos base, depois de as ter mantido no nível mais alto desde 2001 em cinco reuniões e de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 18 de julho.
Esta descida das taxas diretoras deverá provocar um recuo a um ritmo moderado das taxas Euribor e assim baixar a prestação do crédito à habitação.
A média da Euribor em maio desceu em todos os prazos, mas mais acentuadamente do que em abril e nos prazos mais curtos.
A média da Euribor em maio desceu 0,073 pontos para 3,813% a três meses (contra 3,886% em abril), 0,052 pontos para 3,787% a seis meses (contra 3,839%) e 0,021 pontos para 3,681% a 12 meses (contra 3,702%).
Os analistas antecipam que as taxas Euribor cheguem ao final do ano em torno de 3%.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Juros na Zona Euro aliviam. Alemanha é exceção
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a aliviar, à exceção dos da Alemanha, que subiram depois de ter sido conhecido que o sentimento económico no país está a deteriorar-se.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a 10 anos, referência para a região, avança 0,1 pontos base para 2,405%, num dia em que o indicador de expectativas do instituto Ifo caiu para 89 pontos em junho, em relação à previsão de 90,7 pontos dos economistas citados pela Bloomberg.
"A economia alemã está a ter dificuldade em ultrapassar a estagnação", afirmou o presidente do Ifo, Clemens Fuest, em comunicado. Na indústria transformadora, "as empresas mostraram-se novamente mais céticas em relação aos próximos meses. Estavam particularmente preocupadas com a diminuição da carteira de encomendas, mas estavam um pouco mais satisfeitas com a atividade atual".
Pelo contrário, no resto da Zona Euro os juros estavam a aliviar, num dia em que a região vai emitir dívida a três e 10 anos.
As "yields" da dívida pública portuguesa com maturidade a dez anos recuam 1,9 pontos base para 3,116% e as da dívida espanhola cedem 2,1 pontos base para 3,261%.
Já a rendibilidade da dívida soberana italiana decresce 2,9 pontos base para 3,910% e a da dívida francesa recua 2,3 pontos base para 3,180%. Fora da Zona Euro, os juros das Gilts britânicas, com prazo a dez anos, aliviam 1,7 pontos base para 4,064%.
Iene sobe após ameaça de intervenção no mercado
O iene está a valorizar em relação ao dólar, depois de ter tocado mínimos de 29 de abril no início da sessão. Isto após o vice-ministro das Finanças para os assuntos internacionais, Masato Kanda, ter dito que vão tomar medidas se o mercado do câmbio estiver muito volátil.
A moeda japonesa ganha 0,09% para 0,0063 dólares.
"Responderemos com firmeza a movimentos demasiado rápidos ou impulsionados por especuladores", disse Masato Kanda, indicando que as autoridades não têm em mente níveis específicos para intervir.
Antes das declarações, o iene chegou a cair para 159,94 por dólar, o valor mais baixo desde 29 de abril, quando as autoridades japonesas injetaram cerca de 9,8 biliões de ienes para apoiar a moeda.
Já o euro estava a negociar em alta, numa altura em que as principais praças europeias estavam também em terreno positivo. Contra a moeda norte-americana ganha 0,26% para 1,0717 dólares, contra a japonesa avança 0,21% para 171,2159 ienes e face à britânica sobe 0,08 para 0,8464 libras.
Ouro volta a brilhar depois de semana de queda ligeira
O ouro estava a avançar nesta segunda-feira, depois de ter encerrado a semana passada com uma perda ligeira.
O metal amarelo sobe 0,28% para 2.328,51 dólares.
O metal precioso perdeu 0,5% na semana passada, com a indicação dos membros da Reserva Federal (Fed) que pretendem descer as taxas de juro apenas uma vez este ano, em comparação com a previsão de três reduções em março. Como o ouro não rende juros, uma política monetária mais acomodatícia tende a ser mais favorável para o metal precioso.
Petróleo negoceia com ganhos moderados
Os preços de crude estão a valorizar ligeiramente, numa altura em que o conflito no Médio Oriente escala, com várias embarcações a serem atacadas perto do Iémen.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, soma 0,06% para 80,78 dólares por barril. Por sua vez, o barril de Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, ganha 0,11% para 85,33 dólares.
O aumento vem numa altura em que várias embarcações ao largo do Iémen têm sido atacadas, tendo uma sido abandonada após uma inundação e outra sofrido danos moderados. Um navio de transporte de carvão afundou-se recentemente, com os militantes Houthi a intensificar as hostilidades na região.
Europa prepara-se para abrir no vermelho. Mercados asiáticos sem tendência definida
Os futuros da Europa negoceiam no vermelho esta segunda-feira. Já os mercados acionistas asiáticos negociaram mistos, numa semana em que os investidores vão estar à procura de indicações sobre a política monetária a nível global.
Os movimentos surgem numa semana importante em termos políticos: começam os primeiros debates no Reino Unido e nos Estados Unidos. Além disso, os investidores vão estar a atentos às eleições em França.
Os futuros do Stoxx 50 estavam a negocias no vermelho: -0,2%.
Pela Ásia, na China a sessão encerrou em terreno negativo: Xangai caiu 0,7% e Hong Kong desvalorizou 1%. No Japão, o Topix subiu 0,5%, enquanto o Nikkei subiu 0,3%.