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Tecnologia e retalho deixam Europa no vermelho
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta quinta-feira.
Tecnologia e retalho deixam Europa no vermelho
As bolsas europeias fecharam a primeira sessão de maio no vermelho, pressionadas pelas perdas nos setores da tecnologia e do retalho, bem como pelas perspetivas de manutenção das taxas de juro inalteradas nos EUA durante mais algum tempo.
O "benchmark" europeu Stoxx 600 recuou 0,22% para 503,21 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice, o do retalho foi o que mais caiu (1,11%), seguido de perto pelo tecnológico, que perdeu 1,10%. O setor do imobiliário foi o que mais valorizou, crescendo 1,22% durante esta sessão.
Entre as principais movimentações, destaca-se a Nova Nordisk que fechou a sessão a desvalorizar 2,74% para 873,10 coroas dinamarquesas, após as vendas do seu medicamento para a perda de peso, Wegovy, ficarem abaixo das expectativas. Mesmo assim, os resultados trimestrais da farmacuêtica revelaram um aumento de 28% dos lucros.
Em contraciclo, a Standard Chartered PLC valorizou 8,78% para 7,56 libras, após ter reportado lucros acima do esperado. Também a Shell teve um trimestre que bateu as expetativas e avançou 2,31% para 28,84 libras. A petrolífera anunciou ainda que iria proceder com um programa de recompra de ações no valor de 3,5 mil milhões de dólares.
Os investidores centram agora as suas expectativas nos resultados da Apple, que vão ser revelados esta quinta-feira após o fecho de Wall Street. Apesar de estar cotada na bolsa norte-americana, as contas da gigante económica poderão dar sinais sobre o desempenho futuro do setor tecnológico na Europa.
Decisão da Fed leva a alívio de juros na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro cederam esta quinta-feira, o que sinaliza uma maior aposta dos investidores em obrigações, um dia depois de o presidente da Reserva Federal dos EUA decidir não alterar as taxas de juro no outro lado do Atlântico. Por cá, espera-se que o Banco Central Europeu anuncie uma flexibilização monetária no encontro agendado para junho.
A "yield" da dívida pública portuguesa, com maturidade a dez anos, recuou 3,6 pontos base para uma taxa de 3,151%.
Já a das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, aliviou 4,2 pontos para 2,539%.
A rendibilidade da dívida italiana diminuiu em 5,5 pontos base para 3,854%. Por sua vez, a da dívida pública espanhola cedeu 3,9 pontos para 3,309% e a da dívida francesa caiu 3,1 pontos para 3,020%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica (as Gilts) aliviaram 8 pontos base para 4,285%. No próximo dia 9 de março, o Banco de Inglaterra reúne-se para definir o trajeto da política monetária, mas, apesar da queda da inflação no país, os investidores não preveem uma descida dos juros para breve.
Ouro cede com taxas de juro inalteradas
Os preços do ouro estão a desvalorizar, num momento em que os investidores reagem aos comentários do presidente da Reserva Federal (Fed) dos EUA, que manteve as taxas de juro inalteradas pela sexta reunião consecutiva - e que estão, assim, há 10 meses no mesmo patamar.
O metal amarelo alivia 0,93% para os 2.298,06 dólares por onça.
Depois dos ganhos de 1,5% da sessão desta quarta-feira - uma recuperação "excessivamente otimista", segundo os analistas consultados pela Bloomberg – o ouro corrige abaixo da fasquia dos 2.300 dólares, um dia depois de Jerome Powell pintar o futuro da política monetária dos EUA como "incerto", ao mesmo tempo que minimizou a possibilidade de uma subida das taxas de juro.
O tom "dovish" do número um da Fed pouco agitou as águas do mercado do ouro, que já previa esta decisão e que acredita agora que Powell se mantém otimista quanto à melhoria da inflação nos próximos trimestres.
"Não são esperados cortes nas taxas tão cedo", disse Ole Hansen, estratega do Saxo Bank. Enquanto a inflação continuar a registar valores elevados, o ouro deverá sofrer "uma correção prolongada e potencialmente mais profunda do que aquela que já vimos", explicou à Bloomberg.
Enquanto os investidores enfrentam uma longa espera até possíveis descidas dos juros diretores da Fed, o metal precioso continua sustentado pelas compras dos bancos centrais e compradores chineses.
Noutros metais preciosos, a prata e a platina registam ganhos de 0,08% e 0,32%, respetivamente. Já o paládio cai 1,12% para os 941 dólares - ainda assim, abaixo do valor platina pelo segundo dia.
Petróleo trava ganhos com perspetiva de corte de juros da Fed mais longínqua
As cotações do "ouro negro" seguem a travar os ganhos nos principais mercados internacionais, com uma subida tão marginal que os atuais valores correspondem a mínimos de sete semanas. Isto depois dos dados nos EUA que apontaram para uma persistente robustez do mercado laboral no país, o que ensombrou ainda mais a perspetiva de que a Fed comece a cortar os juros diretores já em junho.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, segue a subir 0,05% para 79,04 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 0,24% para 83,64 dólares.
Receio de inflação persistente nos Estados Unidos dá ganhos ao dólar
O dólar está a negociar no verde, com o mercado a recear que a inflação continue a aumentar e que, por isso, a Reserva Federal (Fed) demore a flexibilizar a sua política monetária.
O dólar avança 0,28% para 0,9357 euros, enquanto contra a libra avança 0,43% para 0,8009.
A Fed na última reunião, ontem, manteve as taxas de referência inalteradas no intervalo entre 5,25% e 5,50%.
"Continuamos convictos de que o dólar vai continuar forte. O facto de a economia americana estar forte, como vimos nos números da atividade económica, e a inflação estar persistente tornará difícil para a Fed começar a cortar as taxas" em breve, afirmou à Bloomberg o responsável pelo "research" de câmbio global no HSBC, Paul Mackel.
Taxas de juro inalteradas e "earnings season" dão impulso a Wall Street
As bolsas americanas abriram a valorizar, num contexto em que a Reserva Federal (Fed) norte-americana decidiu deixar as taxas de juro inalteradas, após os dados da inflação ficarem aquém da meta de 2%. No entanto, de acordo com o presidente da Fed, Jerome Powell, não é expectável que os EUA tenham de recorrer, outra vez, a um aumento de juros, que estão num intervalo entre 5,25% e 5,5%.
O índice de referência S&P 500 valorizou 0,54% para 5.044,81 pontos e o tecnológico Nasdaq cresceu 0,38% para 15.715,82 pontos. Já o industrial Dow Jones ganhou 0,36% para 38.036,06 pontos.
Entre as principais movimentações no mercado destaca-se a Carvana que escalou 31,19% para 118,28 dólares. Perto da falência há alguns anos, a empresa de venda de carros usados registou os melhores resultados trimestrais da sua história, faturando 3,06 mil milhões de dólares, contra as expetativas de 2,67 mil milhões esperadas por Washington.
Também a Qualcomm valorizou 14,77% para 178,88 dólares, depois de ter apresentado contas trimestrais e lucros acima dos esperados por Washington. A fabricante de semicondutores anunciou receitas de 9,39 mil milhões de dólares, contra as projeções de 9,34 mil milhões.
Das 310 empresas que fazem parte do S&P 500 e que já apresentaram as suas contas trimestrais, mais de 77% registaram lucros acima do esperado - um número bastante superior à média de 67% registada em datas anteriores, de acordo com dados da LSEG data, acedidos pela Reuters.
A expectativa dos resultados da Apple, revelados esta quinta-feira, depois do fecho de Wall Street, levou também a uma valorização das principais empresas tecnológicas. Além da época de resultados, o foco dos investidores vira-se agora para os dados do desemprego que vão ser anunciados esta semana nos EUA.
Euribor sobe a três, a seis e a 12 meses
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses face a terça-feira.
Com as alterações de hoje, a Euribor a três meses, que avançou para 3,853%, permanece acima da taxa a seis meses (3,828%) e da taxa a 12 meses (3,728%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável e que esteve acima de 4% entre 14 de setembro e 01 de dezembro, subiu hoje para 3,828%, mais 0,033 pontos, depois de ter avançado em 18 de outubro para 4,143%, um máximo desde novembro de 2008.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro apontam a Euribor a seis meses como a mais utilizada, representando 36,6% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que a Euribor a 12 e a três meses representava 34,7% e 24,6%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor, que esteve acima de 4% entre 16 de junho e 29 de novembro, também avançou hoje, para 3,728%, mais 0,032 pontos do que na sessão anterior, contra o máximo desde novembro de 2008, de 4,228%, registado em 29 de setembro.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses avançou, ao ser fixada em 3,853%, mais 0,028 pontos, depois de ter subido em 19 de outubro para 4,002%, um máximo desde novembro de 2008.
Na última reunião de política monetária em 11 de abril, o BCE manteve as taxas de juro de referência no nível mais alto desde 2001 pela quinta vez consecutiva, depois de ter efetuado 10 aumentos desde 21 de julho de 2022.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 06 de junho em Frankfurt.
A média da Euribor em março manteve-se em 3,923% a três meses, desceu 0,006 pontos para 3,895% a seis meses (contra 3,901% em fevereiro) e subiu 0,047 pontos para 3,718% a 12 meses (contra 3,671%).
As Euribor começaram a subir mais significativamente a partir de 04 de fevereiro de 2022, depois de o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
Incerteza de Powell deixa Europa à deriva. Novo Nordisk dececiona
A Europa começou a primeira sessão do mês de maio de forma mista. Os investidores dividem as atenções entre o futuro da política monetária e a época de resultados.
O "benchmark" europeu Stoxx 600 recua 0,14% para 503,61 pontos. Entre os 20 setores que compõem o índice, "oil & gas" é o que mais cai, ao recuar mais de 1%, seguido das ações tecnológicas (-1,02%).
Por outro lado, os setores da banca (0,86%) e das "utilities" comandam os ganhos do índice europeu de referência.
Entre as principais praças europeias, Madrid sobe 0,12%, Londres soma 0,41% e Milão valoriza 0,20%. Já Frankfurt cede 0,09%, enquanto Paris perde 0,82% e Amesterdão desvaloriza 0,23%.
Por cá, a bolsa de Lisboa coloca-se do lado dos ganhos, estando a valorizar 0,11%.
Depois da reunião de dois dias , que terminou esta quarta-feira com a decisão de manutenção de juros no atual intervalo entre 5,25% e 5,5%, o presidente da Fed alertou que "o caminho a seguir é incerto".
Isto, porque "a inflação ainda está demasiado alta. Não estão garantidos novos progressos na sua redução", explicou Jerome Powell.
Além de estarem a digerir as palavras do presidente da Fed, os investidores preparam-se para conhecer as contas da norte-americana Apple – que não sendo cotada europeia poderá dar sinais sobre o desempenho futuro do setor tecnológico - que serão apresentadas esta quinta-feira.
Os investidores estão atentos ao desempenho das ações da Novo Nordisk. A farmacêutica cede 2,42%, depois de os resultados trimestrais terem desapontado o mercado.
Já a Shell sobe mais de 1%, depois de a petrolífera ter reportado lucros, que ficaram acima do esperado, e ter anunciado um programa de recompra de ações de 3,5 mil milhões de dólares, o equivalente a 3,27 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual.
Juros aliviam na Zona Euro
Os juros aliviam na Zona Euro, numa altura em que os investidores digerem as mais recentes declarações do presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana, Jerome Powell, que perante a persistência da inflação, deixou o futuro da política monetária "em aberto".
A "yield" das Bunds alemãs a 10 anos – "benchmark" para o mercado europeu – alivia 4,2 pontos base para 2,539%.
Os juros da dívida portuguesa, que vence em 2034, subtrai 4,5 pontos base para 3,142%.
A rendibilidade das obrigações espanholas, com a mesma maturidade, recua 4,7 pontos base para 3,301%.
A "yield" da dívida italiana a 10 anos recua 5,5 pontos base, até aos 3,854%.
Japão comprou ienes? Divisa perde força depois de chegar a escalar 3%
O iene perde força, depois de na sessão desta quarta-feira ter chegado a escalar cerca de 3% contra o dólar. O mercado suspeita que este movimento tenha sido desencadeado por uma possível intervenção do Banco do Japão (BoJ), após a moeda japonesa ter caído para mínimos de 1990 contra o "green cash".
A divida japonesa recua 0,53%, tendo chegado a perder mais de 1% durante a sessão desta quinta-feira, sendo necessário pagar 155,96 ienes por dólar.
O franco suíço sobe 0,54% para 1,0235 euros, depois de terem sido conhecidos os números da inflação helvética, que subiu mais do que o esperado pelos economistas, inquiridos pela Bloomberg, em abril. O euro negoceia na linha de água (0,004%) face ao dólar.
Ouro alivia. Pelo segundo dia, platina continua mais cara que o paládio
O ouro desvaloriza 0,36% para 2.311,30 dólares por onça, depois de ter chegado a subir quase 2% durante a sessão desta quarta-feira, à boleia da expectativa de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana não suba os juros diretores, apesar da resiliência da inflação.
Depois da reunião – em que o banco central manteve os juros diretores inalterados num intervalo entre 5,25% e 5,5% - o presidente da Fed, Jerome Powell, minimizou, por um lado, a possibilidade de uma nova subida da taxa dos fundos federais, ainda que, por outro, tenha deixado claro que o futuro "é incerto".
O preço do paládio (953,45 dólares por onça) mantém-se abaixo da platina (950 dólares por onça), depois de tal ter acontecido, pela primeira vez desde fevereiro, esta quarta-feira numa altura em que o prémio de risco entre os dois metais preciosos é corroído pelas perspetivas pessimistas sobre a procura de automóveis movidos a gasolina.
Petróleo corrige, depois de cair para mínimos de sete semanas
O petróleo corrige, depois de esta quarta-feira ter caído para mínimos de sete semanas, à boleia do aumento dos "stocks" de crude nos EUA.
O Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – soma 0,68% para 84,01 dólares por barril, recuperando ligeiramente após na última sessão ter derrapado para mínimos de meados de março.
Por sua vez, o West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – valoriza 0,66% para 79,52 dólares por barril.
Os stocks de crude nos EUA registaram um crescimento de 7,3 milhões de barris na semana passada, a maior subida desde o início de fevereiro, de acordo com os números divulgados quarta-feira pela administração norte-americana.
O petróleo perdeu mais de 5% esta semana, depois de em março ter atingido o nível mais elevado desde outubro, devido ao aumento das tensões no Médio Oriente , na sequência do ataque do Irão Israel.
A queda do ouro negro pode ser justificada pelos sinais de alívio das tensões no Médio Oriente, à medida que se perspetiva a assinatura de um acordo histórico entre Washington e Riade. Além disso, os sinais de que os juros diretores nos EUA se devem manter em terreno restritivo durante mais algum tempo e a antecipação de uma procura mais fraca de combustíveis na época de férias de verão também não estão a ajudar a sustentar as cotações do crude.
Europa mira o verde e Ásia fecha mista
As principais bolsas asiáticas encerraram de forma mista. Já a negociação de futuros na Europa aponta para que a sessão no Velho Continente seja predominantemente pintada de verde, numa altura em que os investidores digerem as mais recentes declarações do presidente da Reserva Federal (Fed) norte-americana Jerome Powell e se mantêm atentos à época de resultados.
Pela Ásia, na China, Hong Kong subiu 2,4% enquanto Xangai desvalorizou 0,26%. No Japão, o Nikkei valorizou 0,1% e o Topix terminou na linha de água (0,03%). Na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 0,25%.
Já pela Europa, os futuros sobre o Stoxx 600 crescem 0,18%, enquanto os derivados sobre o DAX somam 0,15%. Pelo bloco, os investidores preferiram ver o copo meio cheio, após as declarações de Powell.
Depois da reunião de dois dias , que terminou esta quarta-feira com a decisão de manutenção de juros no atual intervalo entre 5,25% e 5,5%, o presidente da Fed alertou que "o caminho a seguir é incerto" .
Isto, porque "a inflação ainda está demasiado alta. Não estão garantidos novos progressos na sua redução", explicou Powell.
Ainda assim, pela Europa o mercado prefere pensar de forma positiva, já que Powell não falou claramente em mais aumentos dos juros diretores, para combater a última resistência da inflação. "Jerome Powell enfiou a linha na agulha de forma perfeita", refere Ronald Temple, estratega da Lazard Asset Management, em declarações à Bloomberg.
"[Powell] não mordeu o isco, de forma a começar a falar de aumentos dos juros", pelo que "a abordagem cautelosa [da Fed] sairá vencedora ao longo do tempo, à medida que a inflação dominuir e avançamos ao longo do ano", acrescenta o especialista.