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Praças europeias em alta com olhos postos na inflação dos EUA
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
Praças europeias em alta com olhos postos na inflação dos EUA
Os principais índices europeus encerraram a sessão em alta, num curto "rally", antes de serem conhecidos os números da inflação de outubro nos Estados Unidos, que deverão dar pistas sobre o caminho a seguir pela Reserva Federal no que toca à definição da política monetária.
O índice de referência, Stoxx 600, subiu 0,75% para 446,52 pontos, com os setores da banca, do petróleo & gás e das viagens a darem o maior contributo. Em queda estiveram apenas dois setores, o de media e imobiliário.
As atenções viram-se agora para os números da subida dos preços nos EUA que serão conhecidos esta terça-feira. Os investidores têm estado otimistas relativamente a um "soft landing" da política monetária na economia norte-americana, dada a sua resiliência. No entanto, o sentimento permanece contido, dada a possibilidade de os números serem mais elevados que o esperado.
O Morgan Stanley e o JPMorgan diferem nas expectativas de cortes das taxas de juro diretoras pela Fed, segundo notas a que a Bloomberg teve acesso. O primeiro estima cortes de maior dimensão a serem realizados ao longo dos próximos dois anos, enquanto o segundo aponta para um maior número de cortes, mas de menor dimensão, e que deverão iniciar-se mais tarde.
"Qualquer má notícia derivada do relatório da inflação fará as ações voltarem rapidamente para onde estavam há umas semanas", disse à Bloomberg o analista Florian Ielpo, da Lombard Odier Asset Management.
"O atual 'rally' pode ter pernas para andar, mas, para isso, precisamos de confirmar que vivemos num mundo em que a inflação está a cair", explicou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax somou 0,73%, o francês CAC-40 valorizou 0,6%, o italiano FTSEMIB pulou 1,48%, o britânico FTSE 100 subiu 0,89% e o espanhol IBEX 35 ganhou 0,96%. Em Amesterdão, o AEX registou um acréscimo de 0,95%.
Ouro ligeiramente em baixa à espera da inflação nos EUA
Os preços do ouro estão a negociar ligeiramente em baixa, com os investidores de olhos postos na divulgação da inflação nos Estados Unidos, referente a outubro, que poderá dar alguma indicação sobre o caminho a seguir pela Reserva Federal.
O metal amarelo recua 0,25% para 1.935,29 dólares por onça.
O ouro poderá ser penalizado caso o índice de preços acelere mais do que o esperado, uma vez que não rende juros e tal leitura levaria o mercado a voltar a colocar em cima da mesa um novo aperto da política monetária pela Fed.
Caso os números sejam dentro do esperado, "o ouro deverá ascender aos 1.950 dólares por onça", refere à Reuters o analista Bob Haberkorn, estratega da RJO Futures.
Petróleo valoriza com expectativas sobre queda na procura
O petróleo valoriza, após três semanas de queda, com os investidores à espera de relatórios da indústria que devem esclarecer se há ou não uma queda na procura.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) publica esta segunda-feira o relatório mensal. Durante a semana será também divulgada informação po parte da Agência Internacional de Energia (AIE).
O West Texas Intermediate (WTI), negociada em Nova Iorque, ganha 0,92% para 77,88 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, sobe 0,93% para 82,19 dólares por barril.
A OPEP indicou que um "sentimento negativo exagerado" tinha arrastado os preços, mas que dados recentes mostram que o crescimento económico se mantém robusto.
"O petróleo começou a semana na defensiva, mas até agora tanto o Brent como o WTI mantêm-se acima dos níveis de apoio chave, potencialmente indicando que o pior da longa fase de liquidação já passou", disse Ole Hansen, do Saxo Bank.
O petróleo recuperou ligeiramente no final da semana passada, depois de, na quarta-feira, ter caído abaixo dos 80 dólares por barril pela primeira vez desde julho.
A oferta do Médio Oriente - fonte de cerca de um terço do crude mundial - não foi afetada pelo conflito entre Israel e o Hamas, enquanto das remessas da Rússia e dos EUA aumentaram.
O ministro do Petróleo do Iraque, Hayyan Abdul Ghani, está de visita ao Curdistão, para discutir o retomar das exportações através de Ceyhan, na Turquia - tal pode resultar num maior número de barris de petróleo no mercado. O oleoduto tem estado parado desde março devido a uma disputa entre a Turquia e o Iraque, tendo sido também danificado por um sismo.
Revisão em baixa do "outlook" da dívida dos EUA penaliza Wall Street
Os principais índices em Wall Street abriram ligeiramente em queda, numa altura em que os investidores estão a reagir a um corte do "outlook" (perspetiva para a evolução da qualidade da dívida soberana) dos Estados Unidos por parte da Moody's que passou de estável para negativo.
A justificar esta decisão estão os enormes défices orçamentais e a menor capacidade para suportar o encargo do serviço da dívida.
O industrial Dow Jones recua 0,21% para 34.215,58 pontos, enquanto o Standard & Poor's 500 perde 0,42% para 4.396,71 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite desvaloriza 0,6% para 13.715,19 pontos.
O mercado está ainda a aguardar uma leitura da inflação, bem como um conjunto de dados económicos nos EUA que poderão permitir avaliar durante quanto tempo a Reserva Federal deverá manter as taxas de juro elevadas.
O índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos, referente a outubro, será conhecido esta terça-feira. A previsão é de uma variação de 3,3% anual, após o último registo de 3,7%, e uma variação mensal de 0,1%, que compara com os 0,4% do mês anterior. No entanto, os preços subjacentes devem manter-se inalterados face a setembro, estima a Reuters.
"Com a falta de notícias macroeconómicas e o forte 'rally' na sexta-feira, a descida do 'outlook' e a antecipação dos números da inflação estão a levar a um movimento de venda esta manhã", explicou o analista Peter Cardillo da Spartan Capital Securities à Reuters.
Europa abre no verde. Farmacêutica Novo Nordisk dá força ao Stoxx 600
As bolsas europeias abriram em terreno positivo, num dia em que os investidores mostram apetite pelo risco e em que os investidores aguardam pelos dados da inflação de outubro nos Estados Unidos, numa altura em que a maior economia mundial continuar a mostrar resiliência.
O Stoxx 600, referência para a região, valoriza 0,77% para 446,71 pontos, com os 20 setores que o compõem a negociarem com ganhos. A liderar as subidas está o setor das viagens (1,6%), seguido pelo da banca (1,22%) e pelo dos recursos naturais (1,08%).
Entre as principais movimentações, a dinamarquesa Novo Nordisk sobe 3,33% para 714,6 coroas dinamarquesas (95,81 euros ao câmbio atual), após dados que mostram que o seu medicamento Wegovy, para perder peso, reduz a incidência de ataques cardíacos em pacientes obesos.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax 30 soma 0,52%, o italiano FTSE Mib avança 0,97%, o francês CAC-40 cresce 0,76%, o britânico FTSE Mib sobe 0,73%, o espanhol Ibex 35 valoriza 0,76% e o AEX, em Amesterdão, salta 0,94%.
"É díficil retirar muito mais das ações, uma vez que elas já incorporaram dados que mostram desinflação", afirmou Florian Ielpo, da gestora de ativos Lombard Odier, à Bloomberg. Se os dados divulgados na terça-feira não mostrarem uma queda na inflação, diz, o "rally" deverá ver um travão.
Juros mistos na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro estão a negociar mistos, com os investidores a digerirem a possibilidade de um novo crescimento da inflação na região. A hipótese foi sinalizada pelo vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, numa conferência em Frankfurt.
Além disso, o responsável salientou ainda que "falar sobre cortes dos juros e reduções é prematuro". As palavras de Guindos deixam no ar a hipótese de novas subidas e a certeza de que os juros vão manter-se elevados durante mais tempo.
A "yield" da dívida portuguesa com maturidade a dez anos agrava-se 0,3 pontos base para 3,406%, no dia em que são conhecidos os dados da inflação em outubro. A taxa de inflação nacional terá abrandado para 2,1% em outubro, numa desaceleração explicada sobretudo pelo efeito base dos preços dos alimentos e energia, que comparam com os elevados preços registados há um ano.
Já a "yield" das Bunds alemãs com o mesmo prazo, referência para a região, aumenta 1,2 pontos base para 2,726%.
Os juros da dívida pública espanhola sobem 0,3 pontos base para 3,761%, a rendibilidade da dívida francesa está inalterada nos 3,298% e os juros da dívida italiana aliviam 3,2 pontos base para 4,534%.
Euro sobe face ao dólar
O euro está a valorizar face à divisa norte-americana, numa altura em que os investidores digerem as declarações do vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos.
A moeda única europeia sobe 0,06% para 1,0692 dólares.
O número dois do BCE admitiu, esta segunda-feira, que o crescimento da inflação pode voltar a acelerar temporariamente, apesar de a tendência ser de descida. Apesar de a inflação na Zona Euro estar no nível mais baixo em dois anos (2,9%), mantém-se acima dos 2% definidos pelo banco central.
O responsável admite que os preços da energia e dos alimentos continuam a ser uma grande fonte de "incerteza", recusando fazer considerações sobre se o pico dos juros já foi ou não atingido. "Nestes tempos de incerteza elevada, penso que temos de ser muito prudentes na comunicação", disse, em Frankfurt. "O que gostaria de reforçar e que falar sobre cortes dos juros e reduções é prematuro", acrescentou.
Ouro desvaloriza com inflação nos EUA na mira
O ouro está a desvalorizar, prolongando as perdas registadas na semana passada.
O ouro desliza 0,15% para 1.937,28 dólares por onça. Noutros metais, o paládio valoriza 0,56% para 967,15 dólares e a platina soma 0,28% para 848,17 dólares.
Os investidores aguardam pela divulgação dos dados da inflação de outubro nos Estados Unidos, na terça-feira, para obter pistas sobre o curso da política monetária.
Os economistas estimam que a inflação, excluindo alimentos e energia, tenha subido 0,3% no mês passado, o que poderá sustentar uma posição mais "hawkish" da Reserva Federal (Fed) norte-americana. Taxas de juro mais elevadas tendem a penalizar o ouro, que não remunera rendimentos, pelo que a perspetiva tem penalizado o metal precioso nos últimos dias.
As palavras do presidente da Fed, Jerome Powell, na semana passada também contribuíram para uma maior pressão sobre o ouro. O responsável garantiu que o banco central não hesitará em subir mais os juros se necessário.
Petróleo desliza com investidores à espera de dados sobre procura
Os preços do petróleo estão a cair, numa altura em que os investidores aguardam por informações para confirmar se os receios relativos a uma queda da procura têm fundamento.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) publica esta segunda-feira o relatório mensal. Durante a semana será também divulgada informação po parte da Agência Internacional de Energia (AIE).
O West Texas Intermediate (WTI), negociada em Nova Iorque, perde 0,88% para 76,49 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, referência para as importações europeias, cede 0,8% para 80,78 dólares por barril.
"A publicação de vários relatórios sobre o mercado petrolífero vai estar em foco. Quaisquer sinais de aperto podem mudar o sentimento que foi enfraquecido pelo alívio das tensões geopolíticas", afirmaram Brian Martins e Daniel Hynes, analistas do ANZ Group, em declarações à Bloomberg.
O petróleo acumula já três semanas de perdas. Apesar de no final da última semana ter recuperado algum fôlego, o ouro negro está a ser penalizado pelos sinais mais fracos de consumo por parte da China, Estados Unidos e Europa. O fornecimento de crude vindo do Médio Oriente mantém-se inalterado apesar do conflito entre Israel e o grupo islâmico Hamas - eliminado as expectativas de que a oferta poderia encolher devido à guerra na região.
Europa aponta para o verde. Ásia fecha mista com encontro de Biden e Xi na mira
As bolsas europeias apontam para o verde na primeira sessão de uma semana que será marcada pela divulgação de dados da inflação em diferentes países. É o caso de Portugal, do Reino Unido e dos Estados Unidos, que mostram como evoluiu o aumento dos preços em outubro.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,2%.
Na Ásia, a negociação terminou mista, numa altura em que os investidores aguardam pelo encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o homólogo chinês, Xi Jinping. O encontro está marcado para quarta-feira, 15 de novembro, na Califórnia.
Na China, Hong Kong valorizou 0,45% e Xangai somou 0,25%, apesar de novos dados económicos mostrarem uma desaceleração no consumo e uma queda da confiança dos empresários em outubro. No Japão, o Topix fechou praticamente inalterado e o Nikkei avançou 0,05%, num dia em que ofi conhecido que os preços de produção caíram em outubro. Na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 0,24%.