Notícia
Bolsas europeias recuam. Powell penaliza ouro e petróleo cai
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Europa recua de máximos de duas semanas em dia de Fed
As principais praças europeias terminaram o dia em queda, corrigindo dos fortes ganhos de ontem, num dia em que o setor de turismo continua o seu "rally" positivo devido às notícias otimistas quanto ao desenvolvimento de uma vacina capaz de travar o coronavírus.
O Stoxx 600 - índice que reúne as 600 maiores cotadas da Europa - perdeu 0,6%, um dia depois de ter conseguido superar a média móvel de 200 dias pela primeira vez, nas últimas duas semanas.
Apenas os setores de meios de comunicação e turismo registaram ganhos, com o último a registar o melhor mês desde abril de 2009. O setor das operadores de comunicação tiveram uma liquidez 108% superior à média do último mês.
Os líderes das principais economias da Europa estão a descartar novas restrições na deslocação enquanto tentam apoiar a recuperação económica. Os setores defensivos, como imobiliário, saúde e serviços públicos desvalorizaram.
Entre as empresas com maiores ganhos estiveram a WPP (+6,5%), a CD Projekt (+5,4%) e a Carnival +(5,2%). No campo contrário estiveram a BioMerieux (-12,6%), a DiaSorin (-8,6%) e a Eurofins Scientific (-8,3%).
A meio da sessão desta quinta-feira, as bolsas europeias conseguiram anular as quedas, por breves instantes, depois do discurso de Jerome Powell, líder da Reserva Federal dos Estados Unidos, que anunciou uma alteração na política do banco central.
A Reserva Federal dos Estados Unidos anunciou uma alteração à sua estratégia de política monetária, durante o seu encontro anual em Jackson Hole, que vai permitir que a inflação suba mais do que os 2% estipulados, durante alguns períodos, com o objetivo de suportar o mercado laboral em particular, manter as taxas de juro baixas e impulsionar a economia do país em geral.
Juros de volta às subidas
Os juros da dívida portuguesa a dez anos voltaram a terreno positivo, depois de uma sessão na qual visitaram o vermelho e que interrompeu um ciclo de três sessões de subida. Estes sobem 1,1 pontos base para os 0,399%.
Na Alemanha, a referência europeia, a tendência também é ascendente, e mantém-se dessa forma há quatro sessões consecutivas. As bunds avançam 1,1 pontos base para os -0,406%, colocando-se num máximo de dia 2 de julho.
Petróleo afasta-se de máximos de cinco meses
O ouro negro afasta-se dos máximos que atingiu na última sessão, ao mesmo tempo que o furacão Laura se afasta da Costa, onde se esperava que interferisse na atividade das refinarias e provocasse, desta forma, cortes relevantes na oferta. Mais de 80% da produção de petróleo no Golfo do México, correspondente a quase três milhões de barris diários, encerrou de forma a recolher-se da tempestade natural.
O Saxo Bank comenta, em declarações à Bloomberg que "é incrível o que umas poucas milhas podem significar em termos de danos ou de não haver danos nas principais refinarias".
Powell empresta força ao dólar
O presidente da Fed, Jerome Powell, emprestou força ao dólar depois de ter assumido que as taxas de juro diretoras podem subir caso o banco central não esteja a atingir as respetivas metas de inflação.
Neste cenário, o euro perde 0,30% para os 1,1794 dólares, contabilizando a terceira sessão da semana no vermelho.
Powell tira brilho ao ouro
O ouro desliza 1,65% para os 1.922,21 dólares por onça, a terceira queda desta semana, depois de o presidente da Fed, Jerome Powell, ter dito que o banco central vai abandonar a política de aumentar as taxas preventivamente para evitar um aumento da inflação, ao mesmo tempo que se mostrou disponível para atuar caso os preços ao consumidor subam acima dos seus objetivos.
Desta forma, as cotações oscilaram entre ganhos de mais de 1% e quedas também acima de 1%, encontrando-se agora no terreno negativo.
S&P500 marca novo máximo em dia de novidades da Fed
Os principais índices norte-americanos estão a negociar em alta ligeira esta quinta-feira, 27 de agosto, com os investidores a acompanharem o discurso do presidente da Fed, Jerome Powell, e a assimilarem as alterações aprovadas ao nível da estratégia de política monetária.
Nesta altura, o industrial Dow Jones avança 0,49% para 28.490,57 pontos enquanto o ganha 0,18% para 3.484,49 pontos, um novo máximo histórico. O Nasdaq contraria a tendência com uma descida muito ligeira de 0,11% para 11.651,98 pontos, depois dos máximos de ontem, à boleia das empresas do setor da tecnologia.
A Reserva Federal dos Estados Unidos anunciou hoje uma alteração à sua estratégia de política monetária, durante o encontro anual do banco central em Jackson Hole, que vai permitir que a inflação suba acima dos 2%, durante alguns períodos, com o objetivo de suportar o mercado laboral em particular, manter as taxas de juro baixas e impulsionar a economia do país em geral.
"A economia está sempre a evoluir e a estratégia da Fed para atingir os seus objetivos deve adaptar-se para responder aos novos desafios que surgem", disse Jerome Powell, na conferência de hoje, acrescentando que "a declaração revista reflete a nossa apreciação pelos benefícios de um mercado de trabalho forte, especialmente para muitos em comunidades de rendimentos baixos e moderados, e que um mercado de trabalho robusto pode ser sustentado sem causar um aumento indesejado na inflação".
A contribuir para o otimismo estão ainda os dados revelados antes da abertura do mercado, que mostram que a economia dos Estados Unidos contraiu menos do que era esperado no segundo trimestre deste ano, e que os pedidos de subsídio de desemprego diminuíram na semana passada face à anterior.
A segunda estimativa do US Bureau of Economic Analysis, revelada hoje, aponta para uma contração do PIB dos Estados Unidos de 31,7%, inferior aos 32,5% avançados inicialmente.
Já os pedidos de subsídio de desemprego totalizaram um milhão na semana que terminou a 22 de agosto, abaixo dos 1,104 milhões da semana anterior.
Juros dos periféricos do euro caem pelo segundo dia
As taxas de juro dos países da Zona Euro estão a aliviar esta quinta-feira no bloco do euro, sendo que as "yields" dos periféricos da área da moeda única recuam pela segunda sessão consecutiva.
É o caso da taxa de juro associada às obrigações de Portugal com prazo a 10 anos, que desce 2,2 pontos base para 0,363%.
E é também o das "yields" correspondentes aos títulos soberanos da Espanha e da Itália que caem respetivamente 1,8 e 1,3 pontos base para 0,353% e 1,002%.
Também a taxa de juro associada às obrigações germânicas (bunds) com maturidade a 10 anos alivia 2,5 pontos base para -0,444%, a primeira queda em quatro sessões.
Ouro cai antes de Powell falar
O metal precioso dourado deprecia 0,64% para 1.941,96 dólares por onça, o que acontece no dia em que se aguarda o discurso de Jerome Powell em Jackson Hole.
A convicção generalizada de investidores e analistas é a de que a Fed manterá os juros diretores em níveis próximos de zero durante cinco ou mais anos.
Os investidores mostram-se ainda atentos às tensões na relação bilateral EUA-China depois de uma escalada de tensão no disputado Mar do Sul da China observada esta quarta-feira.
Brent valoriza com ameaça à oferta da matéria-prima
O preço do petróleo segue sem rumo totalmente definido nos mercados internacionais, sendo que em Londres, o Brent, que é usado como valor de referência par as importações nacionais, aprecia 0,35% para 45,80 dólares por barril.
Já em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) transaciona inalterado nos 43,39 dólares.
Voltam a verificar-se perturbações à produção e refinação de crude sobretudo devido à ameaça apresentada pelo furacão Laura. Apesar de ter mudado de direção e poupado a zona portuária e de refinação na zona de Houston, Texas, o furacão encaminha-se para uma zona costeira que representa cerca de um quarto da capacidade de refinação dos EUA.
Por outro lado, e também a justificar a subida do Brent, está a quebra de 4,7 milhões de barris registada, na semana passada, nas reservas petrolíferas norte-americanas que assim caíram pela quinta semana consecutiva.
Euro com perdas ligeiras pela segunda sessão
A moeda única europeia transaciona em queda ligeira face ao dólar pelo segundo dia seguido, estando nesta altura a depreciar 0,06% para 1,1823 dólares.
Por sua vez, o dólar recua pela terceira sessão no índice da Bloomberg que mede o desempenho da divisa norte-americana face a um cabaz composto pelas principais moedas mundiais.
A desvalorização do dólar acontece numa altura em que os investidores aguardam pistas sobre a política monetária dos EUA que poderão sair do aguardado discurso de Powell em Jackson Hole.
Bolsas recuam à espera que Powell avance novidades
A generalidade das principais abriu a sessão desta quinta-feira em queda, sendo que a bolsa holandesa regista a exceção ao subir ligeiros 0,17%.
O índice de referência europeu Stoxx600 recua 0,24% para 372,24 pontos, com as descidas dos setores das matérias-primas e da banca a sobreporem-se aos ganhos registados pelo setor das viagens e tecnológico. As perdas registados pelas setores europeias das matérias-primas e da banca sobrepõem-se assim às subidas dos setores das viagens e tecnológico.
O lisboeta PSI-20 acompanha a tendência com uma descida de 0,29% para 4.377,97 pontos.
Os investidores mostram-se na expectativa pelo discurso que fará hoje o presidente da reserva Federal dos Estados Unidos, Jerome Powell, a propósito da reunião anual de bancos centrais em Jackson Hole, e que este ano decorrerá, pela primeira vez, à distância.
Além de pistas do o rumo da política monetária norte-americana, os investidores aguardam em concreto as declarações de Powell sobre a evolução da economia global e um potencial reforço do objetivo de colocar a taxa de inflação nos EUA nos 2%, o que a confirmar-se manterá por mais tempo os juros diretores da maior economia mundial próximos de zero.
Futuros das ações europeias em queda ligeira
Os futuros das ações europeias estão em queda esta quinta-feira, 27 de agosto, apontando para um início de sessão negativo no velho continente, antes do discurso do presidente da Fed, Jerome Powell, agendado para hoje.
Nesta altura, os futuros do Stoxx 50 deslizam 0,1%, enquanto os futuros do norte-americano S&P 500 descem 0,2%, depois de mais uma sessão de recordes em Wall Street. Tanto o S&P500 como o Nasdaq atingiram ontem novos máximos históricos impulsionados pelas cotadas do setor tecnológico.
Na Ásia, as bolsas negociaram sem uma tendência definida, com o Japão, Coreia do Sul e Hong Kong a registarem perdas e a China a marcar ganhos pouco acentuados.
Na agenda dos investidores está hoje o discurso do líder da Fed, que falará no simpósio de Jackson Hole, este ano realizado de forma virtual, sobre a revisão do quadro de política monetária do banco central.
"Os mercados estão agora focados na Fed dos EUA. O discurso do presidente Powell em Jackson Hole deverá ser positivo para o mercado ", disse Stephen Innes, estrategista de mercado da AxiCorp.