Europa recua com perdas das farmacêuticas a ofuscarem ganhos no lazer e viagens

As bolsas europeias encerraram em ligeira baixa, num dos dias mais movimentos desta época de divulgação de resultados trimestrais. A queda da farmacêutica Novartis após o reporte de contas ofuscou o bom desempenho dos títulos ligados ao lazer e às viagens.

O Stoxx 600 encerrou a deslizar 0,18% para 439,41 pontos.

Os títulos ligados aos recursos básicos (-1,1%) e aos seguros (-0,8%) foram os que mais terreno cederam, ao passo que a Biomerieux e a Novartis pesaram nas ações dos cuidados de saúde.

Enquanto isso, o setor das viagens e lazer somou 3%, com a Evolution Gaming em destaque pela positiva depois de os seus resultados terem sido bem recebidos. Também a banca subiu (+1,5%), animada pelos lucros do HSBC.

Entre os principais índices da Europa, o alemão Dax cedeu 0,3%, o francês CAC-40 ficou inalterado, o italiano FTSEMIB desceu 0,2% e o britânico FTSE 100 registou um decréscimo de 0,3%. Em Amesterdão, o AEX desvalorizou 0,5%.

Em contraciclo esteve o espanhol Ibex, que ganhou 0,6%.

"O sentimento do mercado permanece incerto com a aproximação do fim do mês, enquanto a perspetiva de curto prazo continua a estar dividida entre resultados corporativos sólidos e picos de contágio", sublinhou Pierre Veyret, analista técnico da ActivTrades, na sua análise diária.

No entanto, acrescenta, "embora a maioria das preocupações venha dos países emergentes, o facto de as nações desenvolvidas continuarem a registar dados económicos sólidos, devido ao sucesso do processo de vacinação, provavelmente sustentará a postura comercial otimista no médio prazo".

Petróleo sobe à espera da OPEP+

O "ouro negro" segue a negociar em alta, animado pelos relatos de que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+), que se reúnem amanhã, deverão manter o atual plano de abertura gradual das torneiras.

O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em junho avança 0,66% para 62,32 dólares por barril.

Já o contrato de junho do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 0,41% para 65,92 dólares.

Os preços estão a ser sustentados pelo facto de algumas fontes da OPEP+ terem dito à Reuters que o cartel e os seus aliados irão manter os planos existentes de aumentar ligeiramente a produção a partir de 1 maio.

Isso sugere que a OPEP+ não prevê que o forte aumento de casos de covid na Índia tenha um impacto duradouro sobre a procura. A Índia, recorde-se, é o terceiro maior importador mundial de petróleo.

O atual plano, que será revisto na reunião de amanhã, é aumentar a produção da OPEP+ em 350.000 barris em maio e de novo em junho, passando o aumento de julho para 440.000 barris por dia.

Ouro cai com perspetiva de crescimento do PIB dos EUA

O metal precioso dourado deprecia 0,18% para 1.778,10 dólares por onça ante as projeções que apontam para um crescimento da economia americana de 6,9% no primeiro trimestre deste ano, bem acima das previsões que anteriormente apontavam para uma expansão do PIB americano de apenas 4,3% entre janeiro e março.

Por outro lado, os investidores aguardam novidades quanto ao rumo da política monetária da Reserva Federal, esperando-se com expectativa o discurso de amanhã do líder do banco central americano, Jerome Powell.

Em sentido inverso, a prata segue a ganhar 0,5%.

Juros portugueses acima dos 0,4%

Os juros da dívida portuguesa a 10 anos avançaram 1,4 pontos base e superaram novamente a fasquia dos 0,4%, ao atingirem os 0,413%.

A tendência crescente é comum aos restantes países da Zona Euro, com Espanha a ver as yields para a mesma maturidade subirem 1,3 pontos, para 0,411%, e Itália a registar uma escalada de 2,2 pontos base, até aos 0,819%.

As bunds alemãs, referência para o mercado europeu, subiram de forma mais ligeira - apenas 0,1 pontos base - para os -0,254%.

Euro cede ligeiramente face ao dólar e libra ganha força

A moeda única europeia recua de forma ligeira perante a "nota verde" mas mantém-se em patamares estáveis, animada pelo progresso da vacinação contra a covid-19 na UE e a indicação de que os turistas norte-americanos vacinados poderão viajar para o Velho Continente no verão, impulsionando o turismo.

A moeda europeia desliza 0,06%, para os 1,2079 dólares.

A valorizar segue a divisa britânica, beneficiando da fase mais avançada de vacinação no Reino Unido. 

Assim, o euro perde 0,16%, cotando nas 0,8681 libras esterlinas, e a moeda britânica ganha 0,11% face à divisa norte-americana, para os 1,3914 dólares.

Wall Street ainda sem tendêcia com Fed e resultados em foco

Os três maiores índices dos Estados Unidos estão a negociar de forma mista na sessão desta terça-feira, numa altura em que os investidores estão a posicionar-se perante a chegada de uma nova fornada de resultados empresariais.

Por esta altura, o Dow Jones cai 0,16% para os 33.925,54 pontos e o S&P 500 recua 0,06% para os 4.184,99 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite está a valorizar 0,12% para os 14.152,93 pontos.

Hoje, o destaque vai para os números que serão apresentados logo, depois do fecho de sessão, pela Microsoft e pela Alphabet, dona da Google, bem como para a reunião de dois dias da Reserva Federal dos EUA.

As ações das duas gigantes de tecnologia estão a valorizar menos de 1%. No global, os lucros registados pelo S&P 500 deverão registar um ganho médio de 34,3%, de acordo com os dados da Refinitiv.

Os dados recentes indicam que a economia dos EUA está a recuperar a bom ritmo, apoiada pelo plano de vacinação bem sucedido e pelo apoio monetário e orçamental sem precedentes.

No encontro de hoje e amanhã, o banco central não deverá cehagr a qualquer alteração na sua política monetária.

Euro volta a perder força para o dólar

As duas maiores moedas da Europa estão a perder força face ao rival dólar norte-americano nesta manhã.

O euro, a moeda única da União Europeia (UE), está a depreciar 0,19% para os 1,208 dólares e a libra esterlina está a perder 0,19% para os 1,387 dólares.

Ouro em leve queda antes de reunião da Fed

O ouro está a recuperar ligeiramente, com os investidores neste metal precioso de olhos postos na reunião do banco central dos EUA.

Não se esperam grandes mudanças na política acomodatícia da Reserva Federal norte-americana, mas ainda assim existe alguma cautela na véspera das decisões.

O metal precioso derrapa 0,17% para os 1.778,45 dólares por onça.

"Spread" entre Itália e Alemanha em máximos de quase três meses

Os juros da dívida soberana dos países da Zona Euro estão novamente a subir na sessão desta terça-feira, com os investidores atentos ao que será dito e decidido na reunião de dois dias da Reserva Federal dos Estados Unidos, entre hoje e amanhã.

Os juros a dez anos da Alemanha, a referência para o bloco, subiram 0,4 pontos base para os -0,250%, enquanto que a "yield" com a mesma maturidade de Itália avança 1,5 pontos base para os 0,8205, alargando o "spread" entre eles - que mede o risco do mercado de dívida na região.

Este "spread", ou a diferença, está neste momento nos 106 pontos base, um máximo desde o dia 2 de fevereiro deste ano.

Em Portugal, os juros estão novamente acima dos 0,4% - perto de máximos desde setembro do ano passado - graças a uma subida de 0,4 pontos base.

Europa na linha de água com resultados a agitarem sentimento dos investidores

As ações europeias estão a negociar na linha de água no início de sessão desta terça-feira, com os investidores a prepararem-se para mais uma fornada de resultados empresariais, neste que será um dos dias mais agitados nesse aspeto.

O Stoxx 600, índice que reúne as 600 maiores empresas da Europa, está parado nos 0% a negociar nos 440,14 pontos. 

As ações do setor de energia receberam um impulso com a subida dos preços do petróleo e com os resultados da petrolífera britânica BP, que está a valorizar 2,8% após registar lucros acima do previsto e de anunciar um plano de recompra de ações próprias.

As ações do setor do turismo também estão a ter um desempenho superior, à medida que a recuperação económica se vai desenhando.

O banco UBS está a derrapar 4% depois de divulgar um impacto de 774 milhões de dólares com o colapso do "family office" Archegos.

Apesar de um início forte para a temporada de lucros, as ações da região só têm recuperado de forma gradual, depois de terem recuando de forma mais brusca no início do mês, após novos máximos históricos.

Petróleo recupera após OPEP mais otimista

Os preços do petróleo estão a recuperar na sessão de hoje, depois de a OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados, liderados pela Rússia) ter projetado uma recuperação global para este ano, mesmo que a covid-19 continue a propagar-se em massa por vários países do continente asiático.

O Brent, que serve de referência para Portugal, ganha 0,7% para os 66,11 dólares por barril e o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) sobe 0,8% para os 62,39 dólares por barril.

Ontem, os preços foram pressionados pelo avanço da covid-19 principalmente na Índia, o terceiro maior consumidor de petróleo do mundo, atrás de EUA e China. Ainda assim, e apesar de o cartel de petróleo ter alertado para o lado sanitário neste país, assim como no Japão e no Brasil, elevou as suas projeções quanto à procura pela matéria-prima para este ano.

Futuros da Europa em leve alta apesar de sessão em queda na Ásia

Os futuros das ações europeias e norte-americanas estão a negociar em leve alta na pré-abertura de sessão desta terça-feira, apesar das quedas registadas, durante a madrugada em Lisboa, no continente asiático, devido à propagação da covid-19 naquela região.

A juntar ao avanço do coronavírus em vários países asiáticos, está também a nova onda de apertos regulatórios na China contra empresas que possuem monopólios no setor onde atuam.

Depois das empresas de tecnologia, agora foi a vez de o regulador chinês abrir uma investigação à Meituan, empresa dedicada à entrega de comida ao domicílio, por práticas anti-concorrenciais.

Em Xangai, o principal índice recuou 0,5%, com a tendência a espalhar-se pelo Japão (-0,4%), Coreia do Sul (-0,3%) e Hong Kong (-0,2%). 

Enquanto as economias emergentes, como a Índia ou o Brasil estão a lutar, novamente, contra o avanço da pandemia, as economias mais desenvolvidas estão a caminho de uma recuperação mais firme com um ritmo mais rápido de vacinações.

Os dados dos EUA nesta semana devem mostrar um crescimento da economia de 6,8%, em termos anuais, no primeiro trimestre.

Apesar do otimismo, a postura altamente acomodatícia do banco central deverá manter-se, com a expectativa de que a Reserva Federal vai deixar as políticas inalteradas.