Notícia
Emprego nos EUA dá fôlego à Europa. Juros a aliviar e petróleo a subir
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Dados sobre emprego nos EUA animam praças europeias
As ações europeias voltaram a atingir recordes, animadas pelos dados sobre o emprego que chegaram dos Estados Unidos. A taxa de desemprego nos EUA baixou em maio para 5,8%, menos três décimas face ao mês de abril. Note-se que esta foi a primeira vez desde o início da pandemia em que a taxa de desemprego nos EUA fica abaixo do 6%. Os sinais sobre o retomar da economia permitiram aliviar alguns dos receios sobre um possível aumento da inflação.
O índice Stoxx 600 avançou 0,4% esta sexta-feira, terminando a semana com ganhos de 0,8%. Os setores da tecnologia, minério e saúde lideraram os ganhos na última sessão da semana.
Nas principais praças europeias o dia foi de subidas, com especial destaque para a bolsa italiana. O FTSE MIB fechou a ganhar 0,5%, atingindo um máximo de outubro de 2008. O inglês FTSE 100 avançou 0,1%, o alemão DAX 40 ganhou 0,4%, o francês CAC 40 valorizou 0,1% e o holandês AEX subiu 0,4%. Apenas a praça espanhola contrariou as subidas, com o IBEX 35 a cair 0,6%.
Euro inverte tendência matinal e já sobe face ao dólar
O euro segue esta tarde a ganhar terreno face ao dólar, com a nota verde a ver-se enfraquecida pelos bons dados recentes do emprego nos Estados Unidos.
A moeda única europeia valoriza 0,38% para os 1,2173 dólares.
Ao inicio da manhã, o euro estava em queda face à moeda norte-americana, mas os dados entretanto revelados indicam uma recuperação do emprego acima do esperado nos Estados Unidos, o que revela uma boa retoma económica do país e leva os investidores a procurar vender a moeda.
Juros aliviam por toda a Europa face ao apetite por ativos seguros
Os juros da dívida soberana das principais referências europeias seguem em queda esta sexta-feira, com as yields da dívida portuguesa a 10 anos a aliviarem 1,6 pontos base para os 0,445%.
Em Espanha o cenário é idêntico, com a yield a 10 anos a recuar 1,8 pontos base para os 0,449% e em Itália uma queda de 2,4 pontos base faz recuar os juros da dívida na mesma maturidade para os 0,873%.
Na Alemanha, a economia de referência para a zona euro, a queda é superior. A yield a 10 anos recua esta tarde 2,9 pontos base para os -0,215%.
A descida da yield evidencia uma maior procura pelas obrigações destes países, já que os investidores continuam a priveligiar ativos mais seguros face aos bons dados do emprego nos Estados Unidos, que inensificam os receios de aumento da inflação e consequente subida dos juros diretores pela Fed mais cedo do que o previsto.
As obrigações soberanas enquadram-se neste quadro de ativos mais seguros procurados pelos inestidores, e o aumento da procura tem feito descer a yield ao longo do dia.
Ouro valoriza com descida dos juros da dívida nos EUA e depreciação do dólar
Os preços do metal amarelo estão a negociar em alta, numa altura em que os juros da dívida soberana dos EUA estão a descer, o que não os torna tão atrativos em termos de remuneração (o ouro não remunera juros, pelo que normalmente é preterido quando as "yields" das obrigações estão em alta).
O ouro a pronto (spot) segue a somar 1,11% para 1.891,39 dólares por onça no mercado londrino.
No mercado nova-iorquino (Comex), os futuros do ouro valorizam 1,14%, para 1.892,60 dólares por onça.
A contribuir para a valorização do metal precioso está a descida dos juros das obrigações soberanas dos Estados Unidos.
Também a depreciação do dólar está a ajudar a sustentar, já que torna o ouro mais atrativo para quem negoceia com outras moedas.
Petróleo supera 72 dólares em Londres com disciplina da OPEP+ e perspetivas de maior consumo
O "ouro negro" segue em terreno positivo, impulsionado pelas boas perspetivas quanto ao nível da procura por combustível e também pela disciplina revelada pela OPEP+ em matéria de oferta.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em julho segue a ganhar 1,05% para 69,53 dólares por barril. O WTI já transacionou hoje nos 69,76 dólares, o valor mais alto desde outubro de 2018.
Já o contrato de julho do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 0,81% para 71,89 dólares.
O Brent já esteve hoje a negociar acima dos 72 dólares por barril, nos 72,17 dólares, o que não acontecia desde maio de 2019.
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A impulsionar o movimento de subida estão as expectativas de um maior consumo de combustível durante o verão nos EUA, bem como um aumento da procura em geral em todo o mundo com o fim dos confinamentos decorrentes da pandemia, à conta da aceleração dos programas de vacinação contra a covid-19.
Além disso, na terça-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) decidiu manter o plano delineado em abril sobre o volume da oferta adicional em junho e julho, o que agradou ao mercado, já que mostrou disciplina – até porque a perspetiva de aumento da procura deixa antever um défice na oferta, mesmo com esta abertura de torneiras da OPEP+.
Aumento do emprego em maio ofusca receios de inflação e iça Wall Street
As bolsas norte-americanas abriram em alta, com o relatório do emprego a temperar os receios em torno do aumento da inflação no país.
O Dow Jones segue a somar 0,40%, para se fixar nos 34.715,96 pontos. O seu máximo histórico foi atingido a 10 de maio, quando tocou nos 35.091,56 pontos.
Já o Standard & Poor’s 500 avança 0,56%, para 4.216,32 pontos. A 7 de maio, recorde-se, fixou um recorde nos 4.238,04 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 0,76% para 13.718,51 pontos.
A impulsionar os principais índices do outro lado do Atlântico está mais um sinal de retoma do mercado laboral, depois do anúncio de hoje relativo a um aumento de 559.000 empregos no mês de maio.
Estes números confirmam o bom andamento da recuperação económica dos Estados Unidos, o que acaba também por aumentar os receios de um aumento da inflação e eventual subida dos juros diretores, pela Fed, mais cedo do que o previsto, mas hoje o otimismo está a levar a melhor.
Bolsas europeias sem rumo definido e de olhos nos EUA
O início da sessão bolsista na Europa está a ser marcado por enorme volatilidade, com as principais praças do velho continente divididas entre ganhos e perdas, sendo que várias bolsas, como é o caso do PSI-20, já alternaram entre terreno positivo e negativo.
Ainda assim, o principal índice nacional estabilizou entretanto no verde e segue a somar ligeiros 0,11% para 5.126,84 pontos, pondo fim a um ciclo de dois dias em queda e recuperando do mínimo de 13 de maio ontem registado.
Já o índice de referência europeu Stoxx 600 soma 0,13% para 451,39 pontos, reaproximando-se assim do máximo histórico alcançado na passada terça-feira.
Os setores europeus das matérias-primas, retalho, automóvel e imobiliário registam as maiores valorizações, enquanto os setores da banca e petrolífero estão a travar ganhos mais expressivos na Europa. Já o setor das viagens mantém-se volátil desde o início da sessão, estando a ser pressionado pela atualização da "lista verde" do Reino Unido, que voltou a excluir Portugal como destino seguro.
Mesmo que com desvalorizações menos expressivas do que as subidas vistas na Europa, a bolsa francesa e as praças londrina e de Amesterdão transacionam em queda ligeira.
Tal como vem acontecendo nas últimas semanas, os investidores estão sobretudo na expectativa por sinais que permitam aferir com maior certeza quando irão os bancos centrais, em especial o europeu e o americano, começar a levantar os apoios à economia, isto num contexto de progressiva retoma económica e de pressão inflacionista.
Juros recuam na moeda única à espera de dados nos EUA
Os juros das dívidas públicas dos países da Zona Euro seguem em queda esta sexta-feira, com a "yield" referente às obrigações soberanas de Portugal com prazo a 10 anos a cair 0,5 pontos base para 0,456%.
Descida acompanhada pelas taxas de juro associadas aos títulos de dívida a 10 anos da Espanha e da Itália, que descem 0,6 e 1,2 pontos base para 0,461% e para 0,885%, respetivamente.
Também em queda está a negociar a taxa de juro relativa à dívida de referência para o bloco do euro. A "yield" germânica a 10 anos desce 0,3 pontos base para -0,189%.
As obrigações soberanas mostram-se estáveis na Zona Euro antes de serem conhecidos os dados mais recentes em relação aos salários nos Estados Unidos, isto depois de ontem ter sido divulgada a atualização da criação de emprego, tendo em maio sido criados 978 mil novos postos de trabalho no setor privado, o maior crescimento desde junho do ano passado.
A robustez da recuperação económica dos EUA tem vindo a adensar os receios dos investidores de que a Reserva Federal do país, também pressionada pela subida da inflação, decida nos próximos meses iniciar a retirada dos estímulos económicos adotados em resposta à pandemia.
Ouro recupera após registar mínimo de quase duas semanas
O metal precioso está a apreciar 0,16% para 1.873,73 dólares por onça numa sessão em que até já chegou a recuar para a cotação mais baixa desde 19 de maio.
Esta valorização acontece depois da queda abrupta das importações de ouro feitas pela Índia ao longo do mês de maio, período muito marcado por nova vaga da pandemia da covid-19 no país, o que se refletiu na quebra da atividade económica e social.
Euro em mínimos de três semanas face ao dólar
A moeda única europeia transaciona em queda contra o dólar pelo quarto dia consecutivo, tendo já renovado mínimos de 14 de maio em relação à divisa norte-americana.
Por sua vez, o dólar aprecia pelo terceiro dia seguido e segue em máximos de três semanas contra um cabaz composto por 10 moedas de países com economias desenvolvidas e emergentes.
A valorização do dólar nos mercados cambiais segue-se à subida das "yields" da dívida americana verificada durante a madrugada e numa altura em que, depois dos dados robustos ontem conhecidos quanto ao mercado laboral, os investidores aguardam hoje por novas indicações com a divulgação dos salários nos Estados Unidos (excetuando o setor primário).
Bolsas à espera de mais dados sobre economia dos EUA
Os futuros acionistas negociaram em queda ligeira nesta sexta-feira já depois de as principais praças asiáticas terem transacionado sem tendência definida, isto numa altura em que os mercados aguardam com expectativa a divulgação de novos indicadores relativos à economia norte-americana.
Os futuros acionistas do S&P 500 caíram 0,4% e os europeus negociaram praticamente inalterados, enquanto o índice nipónico cedeu 0,1% e o Kospi da Coreia do Sul recuou 0,3%. Em sentido oposto, a bolsa australiana somou 0,5% e o Hang Seng de Hong Kong ganhou 0,2%.
Os investidores continuam a tentar antecipar qual o momento em que os bancos centrais, em especial a Reserva Federal dos Estados Unidos, irão iniciar o levantamento dos estímulos económicos numa fase de crescente robustez da retoma.
Apesar da tendência de quedas ter predominado durante a noite, surgiram depois indicações de que o presidente Joe Biden estará na disposição de ceder para obter um compromisso relativamente à tributação sobre as empresas.
Petróleo em alta ligeira a caminho da segunda semana de ganhos
O petróleo segue em alta ligeira nos mercados internacionais, com a matéria-prima a encaminhar-se para a segunda semana consecutiva de ganhos.
O West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, avança 0,13% para 68,90 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, valoriza 0,10% para 71,38 dólares.
O chamado "ouro negro" atingiu máximos de outubro de 2018 esta semana, impulsionado pelas perspetivas positivas para a procura. A Arábia Saudita aumentou os preços do petróleo para clientes na Ásia acima do previsto para julho, depois de a OPEP+ ter sublinhado na segunda-feira que o mercado está a contrair rapidamente.
Segundo o CEO da Gazprom, Alexander Dyukov, a OPEP+ pode precisar de aumentar a oferta ao mercado em agosto ou setembro para responder à recuperação, depois de ter sido confirmado um aumento na produção para julho.