Notícia
Europa fecha o dia com ganho superior a 1% à boleia da recuperação no setor tecnológico
Acompanhe aqui o dia nos mercados.
Europa termina semana com ganho de mais de 1%, com apoio das tecnológicas
As ações europeias terminaram esta última sessão da semana em alta, com o otimismo em torno da recuperação económica a ofuscar os receios em torno da subida da inflação.
O Stoxx 600, índice que agrupa as 600 maiores cotadas da Europa, subiu 1,2%, mas não foi capaz de escapar a uma queda semanal (-0,5%).
O setor da tecnologia conseguiu recuperar pela segunda sessão consecutiva e terminou o dia a valorizar 2,2%, enquanto que o retalho valorizou 2%.
As tecnológicas foram afetadas pela subida dos juros - de braços dados com o escalar da inflação -, mas estão a conseguir agora aliviar.
O setor de recursos básicos (-1%) foi o único que terminou no "vermelho".
Libra a caminho da segunda semana de ganhos
A moeda única da União Europeia está a ganhar terreno face ao rival norte-americano: o euro avança 0,44% na última sessão da semana, atingindo os 1,2134 dólares.
Ainda na Europa, a libra esterlina está a caminho da segunda semana de ganhos contra o dólar, avançando 0,29%, para os 1,4093. A moeda do Reino Unido já valorizou 1,8% face ao dólar desde o início deste mês. Os ganhos desta divisa acontecem depois das declarações do governador do Banco de Inglaterra e também dos anúncios de desconfinamento gradual do Reino Unido, auxiliado por uma campanha de vacinação que decorre a bom ritmo.
Em sentido contrário, o dólar norte-americano está a perder força. O índice que mede o desempenho da nota verde perante um cabaz combosto por outras divisas está a recuar, caindo 0,41% para os 90.38 pontos.
Esta sexta-feira foram conhecidos mais indicadores económicos nos EUA: as vendas a retalho no mês de abril permaneceram inalteradas e a produção industrial subiu 0,7% em cadeia no mês de abril.
Ouro recupera face da primeira queda em seis sessões
O preço do ouro segue a subir à boleia da desvalorização do dólar e dos receios dos investidores de um maior aumento da inflação depois dos números de abril terem saído acima do esperado nos Estados Unidos, embora a Reserva Federal americana considere que esta é fruto de circunstâncias "transitórias" e continue a reiterar que manterá os juros diretores durante mais algum tempo nos atuais mínimos históricos.
O metal amarelo sobe 0,6% para os 1.838,01 dólares por onça e está a caminho de um ganho semanal de 0,3%.
Depois de atingir um máximo de três meses no início da semana, o preço do ouro estabilizou perante o crescimento menor do que esperado na oferta de trabalho nos Estados Unidos.
Petróleo soma com perspetiva de maior consumo
O "ouro negro" segue a ganhar terreno, sustentado pela perspetiva de maior procura, apesar do aumento de casos de covid-19 na Índia.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em junho soma 1,88% para 65,02 dólares por barril.
Já o contrato de julho do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, avança 1,98% para 68,38 dólares.
Os preços estão a conseguir recuperar parte das perdas dos últimos dias, se bem que os ganhos sejam menos expressivos por conta da situação crítica na Índia – terceiro maior importador mundial de petróleo – devido ao coronavírus.
A motivar o otimismo estão as recentes revisões em alta para a procura de crude no segundo semestre, nomeadamente por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e da Agência Internacional da Energia (AIE).
Bolsas dos EUA sobem pela segunda sessão
Os principais índices dos Estados Unidos abriram em alta esta sexta-feira, 14 de maio, seguindo com sinal positivo pela segunda sessão consecutiva, numa altura em que os preços mais moderados das commodities estão a tranquilizar os receios em relação ao aumento da inflação.
Nesta altura, o tecnológico Nasdaq avança 1,19% para 13.277,46 pontos, enquanto o industrial Dow Jones valoriza 0,48% para 34.187,13 pontos.
Os mercados acionistas seguem assim otimistas apesar de os dados sobre as vendas a retalho e produção industrial de abril, nos Estados Unidos, terem falhado as estimativas dos analistas. De acordo com os números revelados antes da abertura do mercado, as vendas a retalho ficaram inalteradas em abril depois da subida de 10,7% em março, quando as estimativas apontavam para um aumento de 1%. Já a produção industrial cresceu 0,7%, em cadeia, abaixo das projeções de um aumento de 0,9%.
Bolsas europeias sobem à boleia do mercado laboral americano
As principais praças bolsistas do velho continente estão a negociar em alta na sessão desta sexta-feira. O índice de referência europeu Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, avança 0,23% para 438,33 pontos, apoiado em especial nas valorizações dos setores da banca, retalho e media, enquanto apenas três setores (matérias-primas, viagens e automóvel) contrariam a tendência de ganhos, travando subidas mais expressivas na Europa.
No meio destas subidas generalizadas, é o índice lisboeta PSI-20 que liderada os ganhos entre os principais congéneres europeus, estando a bolsa nacional a somar 0,72% para 5.150,10 pontos na terceira subida consecutiva. Com uma valorização de 3,19% para 15,52 cêntimos por ação, é o BCP que mais apoia a subida em Lisboa.
As praças europeias dão assim continuidade às valorizações já hoje registadas pelos futuros europeus e norte-americanos, otimismo alimentado pela evolução favorável do mercado laboral norte-americano. É que os dados mais recentes mostram que recuou o número de novos pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos, o que concorre a favor de reforçar a convicção dos investidores quanto a um relançamento económico mais forte.
A agência Bloomberg sinaliza que também a contribuir para um maior otimismo quanto ao comportamento da economia está a possibilidade de as autoridades do Reino Unido avançarem em breve com a administração da segunda dose das vacinas contra a covid-19 a milhões de britânicos.
Juros agravam-se no euro e "yield" alemã sobe há oito dias
Os juros correspondentes às dívidas públicas dos países do espaço da moeda única europeia estão novamente a agravar-se na sessão desta sexta-feira, com o apetite dos investidores a recair mais sobre os títulos acionistas num contexto de resultados robustos de várias cotadas.
A "yield" associada às obrigações soberanas portuguesas com maturidade a 10 anos cresce 1,2 pontos base para 0,601%, movimento acompanhado pelas taxas de juro referentes à dívida com o mesmo prazo da Espanha e da Itália, que avançam respetivamente 1,6 e 1,7 pontos base para 0,598% e para 1,072%. As três "yields" sobem pelo quarto dia seguido.
Já a dívida de referência da Zona Euro regista o ciclo mais longo de subidas, com a taxa de juro relativa à dívida alemã a 10 anos a agravar-se 0,8 pontos base para -0,115%, tratando-se esta da oitava subida consecutiva.
Ouro avança com sinais de pressão inflacionista
A pressão decorrente da possibilidade de forte subida da taxa de inflação nos Estados Unidos está a refletir-se numa maior aposta dos investidores em ativos considerados de refúgio, o que se repercute na subida dos metais preciosos, como é o caso do ouro e da prata.
A contrabalançar a pressão exercida pelos receios inflacionistas agora reforçados com o aumento acentuado e inesperado do índice de preços nos consumidores norte-americanos estão a garantias reiteradas por elementos da Reserva Federal dos Estados Unidos de que tais riscos de aumento expressivo da inflação são apenas de carácter transitório.
Seja como for, esta sexta-feira o ouro está a valorizar 0,32% para 1.832,61 dólares por onça na segunda subida seguida do metal dourado. Já a prata ganha 0,38% para 27,1945 dólares.
Crude sobe mas está a caminho da maior queda semanal desde o início de abril
O preço do petróleo negociado nos mercados internacionais inverteu face à tendência de desvalorização registada nas últimas horas, havendo agora ganhos ligeiros em Londres e também em Nova Iorque.
Na capital inglesa, o Brent do Mar do Norte, que é usado como referência para as importações nacionais, aprecia ténues 0,03% para 67,07 dólares por barril, enquanto em Nova Iorque o West Texas Intermediate (WTI) ganha 0,14% para 63,91 dólares.
Apesar destes ganhos ligeiros, o crude está a caminho de fechar esta semana com o maior saldo negativo desde o início de abril. A matéria-prima vem sendo pressionada nos últimos dias pela deterioração da crise pandémica em vários países da Ásia, o que adensa os receios quanto a uma potencial quebra da procura.
Apesar de cair, dólar está a caminho de ganho semanal
Após ter depreciado acima de 1% no acumulado da semana passada, a divisa norte-americana segue a somar 0,37% no conjunto desta semana, isto apesar de esta sexta-feira estar a transacionar em queda, após duas sessões em alta, no índice da Bloomberg que mede o comportamento do dólar contra um cabaz de 10 moedas de economias desenvolvidas e emergentes.
Por seu turno, o euro sobe 0,22% para 1,2107 dólares na segunda valorização consecutiva face à moeda americana.
A apreciação do dólar nos mercados cambiais acontece numa altura em que os investidores aguardam a divulgação de um relatório referente às vendas a retalho, esperando-se que este reforce a expectativa quanto a uma retoma robusta da maior economia mundial, isto depois da subida surpresa e expressiva do índice de preços no consumidor e da diminuição do número de novos pedidos de subsídios de desemprego.
Futuros recuperam com sinais de retoma reforçada
Os futuros acionistas negoceiam em alta esta sexta-feira, com os futuros do europeu Stoxx50 a crescerem 0,7% e os do S&P 500 a somarem 1,2%.
Já o índice nipónico Topix apreciou 1,9% na sessão desta sexta-feira, enquanto o Hang Seng de Hong Kong ganhou 0,8% e a bolsa australiana subiu 0,6%.
Esta tendência altista deverá permitir a Wall Street interromper um ciclo de três sessões no vermelho, permitindo também que as principais bolsas europeias retomem a negociação em terreno positivo.
A impulsionar a subida dos futuros europeus estão sobretudo as valorizações dos setores industrial e financeiro. Em sentido inverso, os futuros do setor da energia recuam em linha com a quebra também observada dos preços do petróleo. O crude encaminha-se para registar a maior desvalorização semanal desde início de abril passado numa altura em que vários países asiáticos enfrentam uma agudização da situação pandémica.
A contribuir para quebrar o recente período de volatilidade esteve a subida acentuada e inesperada do índice de preços no consumidor nos Estados Unidos, assim como a quebra verificada no número de novos pedidos de subsídio de desemprego na maior economia mundial, o que permite reforçar a convicção dos investidores quanto à uma retoma económica mais célere e robusta.