A carregar o vídeo ...
Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia
Ao minutoAtualizado há 4 min10h33

Europa pinta-se de verde com ímpeto das ações tecnológicas e mineiras

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.

Sérgio Lemos
  • ...
há 4 min.10h33

Europa pinta-se de verde com ímpeto das ações tecnológicas e mineiras

Os fantasmas do estoiro da bolha das ‘dot.com’ em 2000 e da crise financeira de 2008-09 voltaram a assombrar os mercados.

As bolsas europeias estão a corrigir das quedas registadas na quarta-feira, no rescaldo da vitória de Trump nas eleições norte-americanas. A dar ímpeto às principais praças europeias estão as ações tecnológicas e mineiras, num dia marcado por decisões de política monetária por parte de vários bancos centrais do mundo – com destaque para a Reserva Federal (Fed) dos EUA e para o Banco de Inglaterra.

O "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, avança 0,6% para 509,82 pontos, com quase todos os setores que compõem este índice no verde. O otimismo que se vive, a esta hora, na Europa justifica-se ainda por uma série de bons resultados trimestrais.

A luxemburguesa ArcelorMittal avança 4,84% para 24,25 euros, depois de a segunda maior produtora de aço do mundo ter apresentado contas ao mercado esta quinta-feira. O EBITDA da empresa acabou por cair menos do que o esperado pelos analistas, registando uma quebra de 15% para 1,58 mil milhões de dólares no terceiro trimestre – a expectativa era de apenas 1,49 mil milhões.

O setor bancário também está a negociar em alta esta manhã, depois do italiano Banco BPM ter chegado a crescer quase 10% em reação aos planos da instituição financeira de lançar uma oferta para o controlo total da gestora de ativos Anima Holding. O negócio pode alcançar os 1,6 mil milhões de euros e está a fazer com que as ações da Anima cresçam perto dos 10%.

Entre as principais praças europeias, o claro destaque vai para Frankfurt. O DAX, principal índice alemão, avança 1,26% e parece estar a ignorar o cenário tumultuoso que se avizinha para a política do país, numa altura em que a coligação tripartidária que forma o Governo alemão se encontra em risco após o chanceler Olaf Scholz ter anunciado que iria demitir o seu ministro das Finanças.

"Tem havido uma grande desconexão entre a economia alemã e o mercado acionista. A composição do índice mudou nos últimos tempos, há mais tecnologia e isso tornou-o mais resistente e menos dependente da economia nacional", como explicam os analista do BNP Paribas, numa nota consultada pela Reuters.

Por sua vez, o francês CAC-40 valoriza 0,61%, o holandês AEX regista um acréscimo de 0,35%, enquanto o britânico FTSE 100 sobe 0,12% e o italiano FTSEMIB avança 1,17%. Já o espanhol IBEX 35 salta 0,53%.

há 27 min.10h10

Incerteza política na Alemanha faz "yields" da Zona Euro dispararem

Os juros da dívida soberana da Zona Euro estão a agravar-se esta quinta-feira, numa altura em que a incerteza política na Alemanha domina as atenções dos investidores. A coligação tripartidária que forma o Governo alemão está em risco após o chanceler Olaf Scholz ter anunciado que iria demitir o seu ministro das Finanças. O líder do executivo vai submeter-se a uma moção de confiança a 15 de janeiro.

Os juros das "bunds" alemãs, com maturidade a dez anos e de referência para a região, crescem 5,5 pontos base para 2,457% e registam a maior subida entre os pares do bloco da moeda única. Por sua vez, as "yields" das obrigações soberanas francesas avançam 4,8 pontos para 3,218%. 

Por cá, os juros da dívida portuguesa a dez anos registam uma subida de 4,5 pontos base para 2,942%, enquanto a rendibilidade da dívida espanhola agrava-se em 4,9 pontos base para 3,196%. Em Itália, as "yields" aumentam 4,2 pontos base para 3,771%.

Fora do bloco europeu, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, contrariam a tendência de subida e recuam 2,2 pontos base, para 4,537%, num dia em que o Banco de Inglaterra deve coltar a cortar nas taxas de juro. 

09h32

Dólar corrige após atingir máximos de quatro meses. Bancos centrais dominam atenções

O euro acumula um ganho de 2,57% face ao dólar desde o início do ano, apesar da retoma da divisa dos EUA nas últimas semanas.

O dólar encontra-se em movimento de correção esta manhã, depois de ter atingido máximos de quatro meses no rescaldo das eleições norte-americanas. Com a Reserva Federal (Fed) norte-americana e o Banco de Inglaterra a reunirem esta quinta-feira, os investidores antecipam alguma volatilidade na negociação no mercado cambial.

O banco central dos EUA deve avançar com um corte de 25 pontos base nas taxas de juro – um cenário já incorporado na totalidade por parte do mercado. Daí a atenção dos "traders" virar-se para o discurso do presidente da Fed, Jerome Powell. Os mercados querem perceber se, com Trump no horizonte, a autoridade monetária vai ter de pôr o pé no travão já na próxima reunião, marcada para dezembro.

O índice do dólar recua, assim, 0.,28% para 104,79 pontos, afastando-se do máximos de quatro meses que atingiu na quarta-feira. O euro avança 0,28% para 1,0759 dólares, enquanto a libra recupera 0,25% para 1,2911 dólares.

A movimentação no mercado cambial britânico acontece numa altura em que o Banco de Inglaterra se prepara para cortar novamente nas taxas de juro. No entanto, o caminho para o banco central advinha-se tumultuoso, uma vez que o orçamento apresentado na semana passada pelo governo de Keir Starmer prevê um grande aumento de impostos e despesa pública – o que os economistas preveem que possa levar a um crescimento da inflação.

Já no mercado cambial chinês, o renminbi caiu esta quinta-feira para o valor mais baixo desde o início de agosto face ao dólar norte-americano. Este forte movimento não se deve tanto à fraqueza da divisa chinesa, mas à forte subida do dólar, que reflete os efeitos de uma segunda presidência de Trump, que prometeu baixar os impostos e subir as taxas sobre as importações: no caso da China, até 60%.

09h18

Ouro inalterado à procura de novos catalisadores

Com o dólar em movimento de correção, os preços do ouro voltaram a crescer esta madrugada, depois de terem atingido mínimos de mais de três semanas no rescaldo da eleição de Trump como Presidente dos EUA.

O metal amarelo chegou a avançar 0,3% esta manhã para 2.665,86 dólares por onça, mas entretanto reduziu os ganhos e encontra-se, agora, inalterado em relação ao fecho da sessão de quarta-feira.

O ouro continua à procura de novos catalisadores, agora que a incerteza política nos EUA terminou, com Trump a assegurar mais do que os 270 votos no Colégio Eleitoral necessários para ser eleito Presidente. Com o republicano no poder, espera-se que o caminho para a Reserva Federal (Fed) norte-americana continuar a cortar nos juros seja tumultuoso, o que pode representar más notícias para o ouro no curto prazo.

No entanto, o previsível aumento do défice orçamental dos EUA e uma redução da carga fiscal podem vir a dar ímpeto ao metal precioso, que serve de cobertura para os investidores em tempos de incerteza económica, como explica à Reuters Kelvin Wong, analista da OANDA.

A travar um maior crescimento dos preços do ouro está ainda a decisão do banco central chinês em suspender a compra deste metal precioso pelo sexto mês consecutivo, de acordo com dados oficiais lançados esta quinta-feira.

09h00

Petróleo estável após vitória de Trump

Tal como na sessão de quarta-feira, os preços do petróleo estão a negociar entre ganhos e perdas, numa altura em que o dólar encontra-se em movimento de correção após ter disparado com o impulso da chegada de Trump ao poder.

A esta hora, o WTI – de referência para os EUA – perde 0,04% para 71,66 dólares, enquanto o Brent, que serve de "benchmark" para a Europa, avança 0,09% para 74,99 dólares. 

A vitória do candidato republicano à presidência dos EUA levou o dólar a registar a maior subida diária desde setembro de 2022. O crescimento da divisa norte-americana pesa sobre os preços das matérias-primas, uma vez que as mesmas são negociadas nesta moeda no mercado internacional.

Com Trump no poder, os mercados esperam políticas ambientais e energéticas bastante distintas da anterior administração de Biden, que vão ter claros impactos na produção de petróleo e de energia eólica "offshore".

"Existem várias forças em oposição", disse Warren Patterson, da ING Groep NV, à Bloomberg. "Se por um lado mais otimista, tem-se o potencial de uma aplicação mais rigorosa das sanções contra o Irão e um maior crescimento do PIB nos EUA em 2025. Por outro, a força do dólar e as perspetivas de um aumento do arrendamento de petróleo e gás em terras federais são mais pessimistas", explicou.

08h00

Ásia em alta com estímulos económicos chineses em foco. Europa aponta para o verde

Depois de o S&P 500 ter respondido à eleição de Donald Trump como o 47.º Presidente dos EUA com máximos históricos e o melhor dia pós-eleitoral da história, também as bolsas asiáticas encerraram em território positivo.

As ações chinesas foram o grande destaque da sessão com os investidores otimistas que Pequim vai continuar a dar apoio à economia através de uma série de estímulos, numa altura em que os mais recentes dados económicos retiram algumas preocupações de cima da mesa - as exportações da China em outubro registaram o maior aumento em dois anos.

Em Hong Kong, o Hang Seng até arrancou a sessão no vermelho, pressionado pela chegada de Trump ao poder, mas a perspetiva de novos estímulos rapidamente levou um dos principais índices chineses a reverter as perdas e terminar a valorizar 1,5%. Já o Shanghai Composite acelerou 2,3%, numa sessão que também foi extremamente positiva para o CSI 300 – o "benchmark" da negociação da China continental.

"As esperanças estão a aumentar em relação à China e a um possível pacote fiscal substancial nos próximos dias, dando uma injeção de adrenalina à sua economia enfraquecida", Frederic Neumann, economista-chefe para a Ásia da HSBC Holdings Plc, à Bloomberg.

Pelo Japão, o Nikkei 225 foi o único principal índice asiático a encerrar no vermelho, perdendo 0,43% do seu valor, enquanto o Topix cresceu 0,95%. As ações nipónicas valorizaram de forma expressiva esta quarta-feira, em reação à chegada de Trump à Casa Branca.

As atenções de hoje vão estar viradas para a reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana, onde se espera que o banco central corte as taxas de juro em 25 pontos. Os investidores vão focar-se no discurso do presidente da autoridade monetária, à espera de sinais sobre o rumo da política monetária sob uma presidência Trump. 

Pela Europa, a negociação de futuros aponta para uma abertura em alta, com o EuroStoxx 50 a avançar 0,4%. 

Ver comentários
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio