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Abertura dos mercados: Travagem da economia europeia dita queda das bolsas e mínimos dos juros

As bolsas europeias estão a deslizar, depois de terem sido divulgados dados económicos que apontam para uma travagem mais acentuada das duas maiores economias europeias. Os investidores protegem-se na dívida soberana, cujos juros estão a negociar em mínimos.

EPA
22 de Março de 2019 às 09:38
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Os mercados em números

PSI-20 perde 0,58% para 5.236,99 pontos

Stoxx 600 desce 0,29% para 379,59 pontos

Nikkei valorizou 0,09% para 21.627,34 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recua 2,1 pontos base para 1,262%

Euro cede 0,59% para 1,1307 dólares

Petróleo cai 0,68% para 67,40 dólares por barril, em Londres

 

Bolsas europeias em queda após dados económicos
O arranque da sessão ainda foi positivo nas bolsas europeias, mas a divulgação de dados económicos, que apontam para a contração de França e uma travagem maior da Alemanha, ditaram a inversão de tendência.

 

O indicador PMI para atividade económica de França caiu para 48,7 pontos, em março. Isto, sendo que todas as leituras abaixo dos 50 pontos revelam contrações. Em fevereiro, este indicador estava nos 50,4 pontos e os economistas consultados pela Bloomberg esperavam um ligeiro aumento. Um cenário que não se confirmou.

 

O mesmo indicador para a Alemanha desceu para 51,5 pontos. Continua a indicar crescimento económico, mas o ritmo é o menor em quase seis anos, com especial enfoque na indústria, que revelou mesmo uma contração maior.

 

Estes indicadores, conjugados com a elevada incerteza em torno do Brexit, estão a minar a confiança dos investidores. O Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, desce 0,29% para 379,59 pontos.

 

A bolsa nacional acompanha esta evolução e o PSI-20, que ainda iniciou o dia com ganhos, segue agora a perder 0,58% para 5.236,99 pontos.

 

Investidores refugiam-se nos juros
Neste contexto de elevada incerteza, os investidores estão a tentar proteger-se e apostam na dívida soberana. A dívida alemã e a dívida francesa estão mesmo em mínimos de 2016.

 

A taxa de juro associada à divida a 10 anos da Alemanha está a ceder 3,1 pontos base para 0,1%, aproximando-se novamente de valores negativos. Já a taxa associada à dívida de França está a recuar os mesmos 3,1 pontos para 0,368%. Em ambos os casos, os juros estão a negociar no valor mais baixo desde outubro de 2016.

 

No caso português a queda é menor (2,1 pontos), colocando a taxa implícita da dívida nacional nos 1,262%, negociando próxima de mínimos históricos.

 

Euro desliza
A moeda única europeia já seguia em queda contra o dólar, mas os dados económicos acentuaram a tendência. O euro perde 0,59% para 1,1307 dólares, tendo chegado a negociar abaixo de 1,13 dólares.

 

Os receios em torno de uma travagem maior da economia europeia apontam para que a política monetária continue a ter uma postura mais expansionista, o que acaba por pressionar a moeda.

 

Petróleo prepara-se para subir pela terceira semana consecutiva

Os preços do petróleo estão a descer esta sexta-feira, o que não anula a subida registada no início da semana. O ouro negro está próximo de completar três semanas seguidas de ganhos, o que já não acontecia desde janeiro. A contribuir para esta subida semanal esteve a queda das reservas dos EUA, numa altura em que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) estão a reduzir a sua produção. Ainda assim, nesta última sessão esta matéria-prima está a aliviar dos ganhos recentes, recuando 0,68% para 67,40 dólares, em Londres.

 

Ouro sobe em clima de incerteza

O metal dourado está a valorizar, a beneficiar do clima de incerteza que impera. O ouro está a apreciar 0,17% para 1.311,64 dólares por onça.

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