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Abertura dos mercados: Juros portugueses abaixo dos 1,3% pela primeira vez

Os juros portugueses estão a beneficiar da melhoria do rating da República por parte da Standard & Poor's. A dívida portuguesa está agora dois níveis acima do "lixo", o que levou os juros a negociarem abaixo dos 1,3% pela primeira vez nesta segunda-feira.

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Os mercados em números
PSI-20 valoriza 0,43% para 5.2462,52 pontos
Stoxx600 avança 0,24% para os 382,01 pontos
Nikkei subiu 0,61% para 21.584,5 pontos 
Juros da dívida portuguesa a dez anos aliviam 1,1 pontos base para 1,299%
Euro ganha 0,17% para os 1,1344 dólares
Petróleo sobe 0,13% para os 67,25 dólares por barril, em Londres

Bolsas europeias em máximos de outubro
Na Europa, as bolsas arrancaram quase inalteradas, mas negoceiam neste momento em alta. Isto depois de, na sexta-feira, o S&P500 ter completado a melhor semana desde novembro, e os principais índices chineses terem fechado a sessão de hoje em máximos de quase seis meses e meio, animados pelos estímulos anunciados pelo governo chinês – que incluem uma descida dos impostos – e pela expectativa de que a Fed vai reiterar a sua postura "paciente" no que respeito à subida dos juros na reunião desta semana.

Esta é a quarta subida consecutiva do Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, que avança 0,24% para os 382,01 pontos nesta segunda-feira, 18 de março. Neste momento, o índice está a negociar em máximos de outubro do ano passado. Na semana passada tinha registado a maior valorização semanal em um mês. 

Um dos setores que se destaca pela positiva é o da banca europeia. Os ganhos estão a ser liderados pelos alemães Deutsche Bank e Commerzbank, depois de terem anunciado este domingo que aprovaram o início das negociações formais para a fusão entre as duas instituições, que poderá dar origem ao maior quarto banco europeu.

As principais praças europeias também seguem em alta, como é o caso do PSI-20 onde a maior parte das cotadas está a valorizar.

Juros portugueses atingem novo mínimo histórico

A agência de notação financeira Standard & Poor’s decidiu aumentar o "rating" de Portugal em um nível para BBB. A melhoria da notação financeira do país foi justificada com o excedente orçamental primário de perto de 3% do PIB do ano passado, o que colocou "o rácio da dívida pública no PIB numa firme trajetória descendente".

A decisão está a ter consequências positivas no mercado secundário da dívida soberana. Os juros da dívida portuguesa a dez anos já baixaram neste início da manhã para um novo mínimo histórico. Pela primeira vez, os juros portugueses neste prazo estão abaixo dos 1,3%. Neste momento, a taxa de juro alivia 1,1 pontos base para os 1,299%.


Libra sobe depois de ganhar 2,1% na semana passada
Depois de uma semana positiva para a divisa britânica, a libra continua em alta. Na semana passada, a subida de 2,1% foi impulsionada pela decisão do Parlamento britânico de chumbar uma saída do Reino Unido da União Europeia sem acordo. Neste momento, a primeira-ministra Theresa May continua em negociações para colher apoios para o acordo firmado com Bruxelas, sendo que poderá haver um novo voto sobre este documento na terça-feira. 

A libra está a subir 0,32% para os 1,3282 dólares. O euro sobe 0,17% para os 1,1344 dólares, beneficiando da queda da divisa norte-americana. 

Petróleo sem rumo definido
Na semana passada, o saldo do petróleo foi positivo, sendo o melhor em um mês. Já o arranque desta semana está a ser misto para a cotação do barril. O setor petrolífero está a beneficiar da confirmação de que a Rússia deverá comprometer-se totalmente com o plano de redução da produção da Arábia Saudita. Contudo, o adiamento da próxima reunião está a pesar na negociação.  

Este fim de semana realizou-se a reunião em que se discutiu a proposta da Arábia Saudita de prolongar os cortes na produção na segunda metade do ano. Um dos resultados desse encontro foi que os sauditas garantiram que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) vai manter os cortes de produção enquanto os inventários continuarem a aumentar. Contudo, o prolongamento dos cortes, que deveria ser decidido em abril, deverá ser adiado para quando houver mais informação sobre o andamento do mercado. 

O crude, negociado em Nova Iorque, regista uma queda de 0,14% para os 58,45 dólares. Já o Brent, negociado em Londres, que serve de referência para as importações portuguesas, valoriza 0,13% para os 67,25 dólares. 


Ouro cavalga queda do dólar
A cotação do "metal precioso" está a beneficiar neste arranque de sessão da queda do dólar numa altura em que as bolsas estão em alta. O ouro sobe 0,1% para os 1.303,68 dólares por onça. 

Os investidores estão com as atenções viradas para a reunião da Reserva Federal desta semana, aguardando mais sinais de que a normalização da política monetária continuará em "stand by". De acordo com um inquérito da Bloomberg, os economistas esperam que a Fed aumente os juros mais uma vez este ano e depois pare.
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