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Abertura dos mercados: Juros dos EUA saltam para máximos de 2011. Investidores fogem das acções

As bolsas europeias estão a negociar em queda, numa altura em que os juros da dívida dos Estados Unidos a dez anos já superou os 3,2%. O dólar também segue em máximos de mais de seis semanas.

EPA
04 de Outubro de 2018 às 09:21
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Os mercados em números

PSI-20 desce 0,27% para 5.280,24 pontos

Stoxx 600 perde 0,39% para 382,34 pontos

Nikkei desvalorizou 0,56% para 23.975,62 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 1,8 pontos para 1,912%

Euro recua 0,01% para 1,1477 dólares

Petróleo em Londres recua 0,17% para 86,14 dólares o barril

 

Bolsas europeias em queda com subida das yields dos EUA

As bolsas europeias estão a negociar em queda esta quinta-feira, 4 de Outubro, numa altura em que os juros da dívida dos Estados Unidos estão a subir para máximos de 2011, desafiando o apetite dos investidores por outros activos.

 

A motivar esta subida nos juros das obrigações norte-americanas estão os dados revelados na quarta-feira sobre a evolução dos serviços e das contratações no sector privado, que levaram o mercado a antecipar um crescimento mais robusto da economia dos EUA e uma subida mais acelerada dos juros por parte da Fed. O próprio presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, avisou ontem que o banco central poderá ter de subir os juros para níveis que começam a restringir o crescimento.

 

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desce 0,39% para 382,34 pontos.

 

Em Lisboa, o PSI-20 cai 0,27% para 5.280,24 pontos, penalizado sobretudo pelas cotadas do sector do papel e pelo grupo EDP.

 

Juros dos Estados Unidos a dez anos saltam para máximos de 2011

Depois da forte subida registada ontem, os juros da dívida dos Estados Unidos continuam a agravar-se, com a yield das obrigações a dez anos a avançar 1,7 pontos para 3,1984%, depois de já ter tocado nos 3,2305%, o valor mais alto desde Maio de 2011.

 

A justificar este aumento estão os dados revelados ontem que apontam para uma aceleração do crescimento económico, que poderá levar a Fed a aumentar o ritmo de subida dos juros. Na quarta-feira, foi revelado que a actividade dos serviços cresceu, em Agosto, ao melhor ritmo desde 1997, enquanto a criação de postos de trabalho no sector privado, em Setembro, foi a mais forte em sete meses.

 

Na Europa, os juros da dívida acompanham o movimento. Na Alemanha, a yield das obrigações a dez anos sobe 5,0 pontos para 0,525%, em Espanha avança 1,6 pontos para 1,552% e em Itália sobe 2,4 pontos para 3,337%.

 

Em Portugal, os juros avançam 1,8 pontos para 1,912%.

 

Dólar em máximos de mais de seis semanas

Os dados positivos sobre a economia norte-americana estão a suportar os ganhos da nota verde. O índice que mede o desempenho do dólar face às principais congéneres valoriza pela sétima sessão consecutiva, seguindo no valor mais alto desde 20 de Agosto.

 

Já o euro recua 0,01% para 1,1477 dólares.

 

Petróleo em baixa ligeira

O petróleo está a negociar em baixa ligeira nos mercados internacionais, aliviando dos máximos de quatro anos atingidos nas últimas sessões, devidos aos receios de uma quebra da oferta, decorrente das sanções sobre o Irão.

 

Em Nova Iorque, o West Texas Intermediate (WTI) desce 0,21% para 76,25 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, cai 0,17% para 861,4 dólares.

 

Ouro sobe e prata desce

O metal amarelo está a negociar em alta ligeira, com os investidores a privilegiarem este activo de refúgio, numa altura em que se assiste a um movimento de vendas nas obrigações norte-americanas.

 

Depois de ter descido 0,5% na sessão de ontem, o ouro valoriza 0,15% para 1.199,16 dólares por onça, enquanto a prata cai 0,19% para 14,6075 dólares.

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