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Abertura dos mercados: Juros aliviam e euro cai
As bolsas europeias arrancaram pouco definidas, com os resultados das cotadas a pesarem na negociação. Os juros estão a aliviar das subidas de ontem e o euro regressa às quedas.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,45% para 4.576,26 pontos
Stoxx 600 sobe 0,20% para 362,34 pontos
Nikkei desvalorizou 0,35% para 18.910,78 pontos
"Yield" 10 anos de Portugal recua 7,9 pontos base para 4,165%
Euro cai 0,71% para 1,0674 dólares
Petróleo cede 0,11% para 55,66 dólares por barril em Londres
Bolsas europeias pressionadas por resultados
Empresas como a BP e o BNP Paribas apresentaram resultados que ficaram aquém do esperado, o que está a pressionar a negociação bolsista na Europa. Do lado oposto, e a travar as quedas, está o alívio de pressão relacionado com a incerteza política nos EUA e na Europa, que ontem ditou a descida das bolsas.
O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas da Europa, sobe 0,20%, enquanto em Espanha, França e Portugal a tendência é de queda.
O PSI-20 está a ceder 0,45%, pressionado, sobretudo, pela descida de 5,77% do BCP. O BPI também recua 0,36% para 1,102 euros, naquela que é a última sessão em que os investidores poderão vender as acções no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo CaixaBank.
Juros aliviam dos ganhos recentes
A última sessão foi marcada por subidas generalizadas dos juros da dívida europeia, com excepção da Alemanha, cujas taxas de juro voltaram a descer, já que os investidores usam as obrigações alemãs como refúgio. A penalizar a dívida europeia estão os receios em torno das eleições de França, depois de Marine Le Pen ter apresentado as linhas do seu programa, sendo que uma das propostas é retirar a França do euro. Os receios levaram os prémios de risco das dívidas de Portugal e França para máximos de três anos.
A taxa de juro da dívida a 10 anos portuguesa recua 7,9 pontos base para 4,165%, enquanto as bunds estão a ceder 3,3 pontos para 0,337%, o que reduz o spread da dívida portuguesa para 382 pontos.
Euro recua após Draghi manter disponibilidade de estímulos
O euro está a cair frente ao dólar, depois de na segunda-feira o presidente do Banco Central Europeu (BCE) ter reiterado a disponibilidade da autoridade em manter o plano de estímulos, tendo adiantado que poderá mesmo aumentar o programa, em montante e em período, caso o contexto o justifique. O euro cede 0,71% para 1,0674 dólares.
Petróleo mantém quedas
Os preços do petróleo continuam em queda, a reflectir os últimos dados que apontam para o aumento da produção dos EUA, o que poderá anular parte do impacto do corte de produção realizado pelos membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), bem como de outros países com peso neste sector, como o caso da Rússia. O barril do Brent desce 0,11% para 55,66 dólares, depois de ontem já ter caído quase 2%.
Ouro alivia de máximos de Novembro
O ouro está a descer pela primeira vez em quatro sessões, depois de ter atingido um máximo de Novembro. A onça de ouro recua 0,32% para 1.231,56 dólares. Os investidores têm-se refugiado nesta "commodity", devido à incerteza em relação às políticas económicas que serão prosseguidas pelos EUA, em relação ao ritmo de subida de juros por parte da Reserva Federal (Fed) e também em relação à Europa, num ano que será marcado por várias eleições no Velho Continente.