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Abertura dos mercados: Bolsas sobem com resposta branda da China aos EUA e juros sobem com Merkel envolta em nova crise

As bolsas europeias seguem novamente a valorizar, isto depois de a resposta de Pequim ao proteccionismo de Trump ter sido mais branda do que o esperado. Juros da dívida alemã avançam com uma nova crise política a fragilizar o Governo germânico. Petróleo e ouro negoceiam em alta.

David Santiago dsantiago@negocios.pt 19 de Setembro de 2018 às 09:36

Os mercados em números
PSI-20 cresce 0,18% para 5.370,62 pontos
Stoxx 600 valoriza  0,29% para 379,83 pontos
Nikkei ganhou 1,08% para 23.672,52 pontos 
Yield a 10 anos de Portugal sobe 0,1 pontos base para 1,855%
Euro aprecia 0,24% para 1,1694 dólares
Petróleo, em Londres, aumenta 0,28% para 79,25 dólares por barril

Bolsas europeias sobem pela quarta sessão com decisão de Pequim

As principais bolsas europeias iniciaram a sessão desta quarta-feira, 19 de Setembro, a transaccionar em terreno positivo, no quarto dia consecutivo de ganhos na Europa.

 

O índice de referência europeu Stoxx 600 avança 0,29% para 379,83 pontos, sobretudo apoiado pelas subidas dos sectores das matérias-primas, em especial do mineiro, e automóvel.

 

As bolsas europeias seguem assim a tendência altista já verificada na Ásia, com as bolsas japonesas em máximos de três meses e as chinesas também no verde. Já o português PSI-20 avança pela terceira sessão consecutiva com uma subida de 0,18% para 5.370,62 pontos.

 

O optimismo na Europa acontece depois de a China ter anunciado novas tarifas aduaneiras sobre as importações de bens norte-americanos no valor de 60 mil milhões de dólares, bem aquém da taxa alfandegária de 10% que incidirá sobre 200 mil milhões de dólares de importações de produtos chineses anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

 

Esta espécie de trégua está a contribuir para uma acalmia generalizada nos mercados, que acreditam haver agora margem reforçada de conversação capaz de interromper a escalada na disputa comercial entre as duas maiores economias mundiais.

 

Juros da Alemanha em máximos de mais de três meses
Os juros das dívidas públicas na Zona Euro seguem a negociar no mercado secundário sem tendência definida. A taxa de juro correspondente às "bunds" germânicas com prazo a 10 anos está em máximos de 14 de Junho ao avançar 1 ponto base para 0,49%, na quinta sessão seguida em alta.

 

Este aumento na taxa de referência para a área do euro surge numa altura delicada para a chanceler alemã Angela Merkel que se vê envolvida numa crise política relacionada com a demissão do líder dos serviços de informações da Alemanha, que alegadamente teria ligações a sectores da extrema-direita.

 

Esta demissão, pedida pelo parceiro júnior da coligação de governo (SPD), foi feita a contragosto do líder da CSU (partido-irmão bávaro da CDU de Merkel), o que voltou a gerar dúvidas quanto à solidez da histórica aliança democrata-cristã.

 

Já a taxa de juro associada às obrigações soberanas portuguesas com maturidade a 10 anos sobe ténues 0,1 pontos base para 1,855% e a "yield" correspondente aos títulos da Itália no mesmo prazo cai pelo terceiro dia, estando a recuar 1,8 pontos base para 2,772%, continuando assim próxima do mínimo de mês e meio ontem registado.


Dólar sobe para máximo de dois meses face ao iene

O dólar está a valorizar nos mercados cambiais contra o iene, estando mesmo em máximos de dois meses face à divisa japonesa, o que acontece num momento de aparente recuo na imposição mútua de medidas proteccionistas entre a China e os Estados Unidos.

 

Entretanto, as autoridades chinesas garantiram que não vão tomar medidas para desvalorizar o yuan por forma a tornar mais competitivas as exportações chinesas num contexto de maior dificuldade de acesso ao mercado norte-americano provocado pelas tarifas impostas pelo presidente Donald Trump.

 

Por sua vez, o euro segue a valorizar 0,24% para 1,1694 dólares e a libra está a perder 0,20% para 1,1247 euros, com a moeda britânica depois de o ex-líder das negociações para o Brexit do lado do Reino Unido, David Davis ter afirmado que não haverá acordo sobre a relação futura entre Bruxelas e Londres.

 

Crude valoriza com expectativa de contínuo aumento do preço
O preço do petróleo está a subir nos mercados internacionais, com o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e utilizado como referência para as importações nacionais, a somar 0,28% para 79,25 dólares por barril, e o West Texas Intermediate (WTI) a avançar 0,43% para 70,15 dólares.

 

Esta subida acontece numa altura em que ganha força a expectativa de que os preços do crude vão manter a tendência de subidas, isto depois de a Arábia Saudita ter sustentando que deixará em breve de ser possível que as sanções financeiras aplicadas pelos EUA ao Irão não impliquem subidas no valor do barril de petróleo.

 

Ouro aprecia com investidores a avaliarem guerra comercial

O metal precioso está a valorizar 0,47% para 1.203,98 dólares por onça, estando assim acima da barreira psicológica dos 1.200 dólares, com os investidores a tentarem perceber o rumo da disputa comercial em curso entre Washington e Pequim.

 

A garantia da China de que não procederá à desvalorização da sua moeda para robustecer o seu sector exportador, poderá contribuir para travar uma subida do dólar, o que reforça o valor do ouro enquanto activo de refúgio.

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