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Abertura dos mercados: Bolsas, euro e juros sobem. Matérias-primas recuam

As bolsas europeias transaccionam em terreno positivo, acompanhadas pelo euro que também negoceia em alta face ao dólar. Os juros das dívidas públicas da Zona Euro também seguem em alta ligeira. Petróleo, ouro e prata desvalorizam.

Reuters
16 de Julho de 2018 às 09:20
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Os mercados em números

PSI-20 valoriza 0,47% para 5.646,11 pontos

Stoxx 600 ganha 0,05% para 385,23 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 0,7 pontos base para 1,741%

Euro aprecia 0,06% para 1,1692 dólares

Petróleo desvaloriza 0,58% para 74,89 dólares por barril em Londres 

 

Indústria europeia apoia bolsas do Velho Continente

Depois de um início de sessão no vermelho, as principais praças bolsistas europeias já inverteram e estão a negociar em alta apoiadas sobretudo pelas valorizações registadas no sector industrial europeu que assim está a compensar algum pessimismo decorrente do abrandamento da economia chinesa no segundo trimestre, a pior evolução trimestral desde 2016. As bolsas japonesas não transaccionaram por ser feriado nacional no país.

 

Os investidores europeus continuam atentos ao desenrolar da disputa comercial em curso depois de o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter afirmado que a União Europeia é um "adversário" no plano comercial. Entretanto, na abertura da cimeira anual UE-China, o primeiro-ministro chinês defendeu uma relação comercial mais equilibrada entre Pequim e Bruxelas.

 

O índice de referência europeu Stoxx 600 soma ligeiros 0,05% para 385,23 pontos, o terceiro dia consecutivo em alta para a bolsa que agrega as 600 maiores cotadas europeias. Já o lisboeta PSI-20 avança 0,47% para 5.646,11 pontos, o que permite à bolsa nacional interromper um ciclo de três sessões em queda.

 

O destaque neste início de dia cabe à Galp Energia que soma 2,01% para 17,22 euros, isto depois de a cotada ter aumentado em 20% a produção petrolífera no segundo trimestre.

 

Euro valoriza pelo segundo dia contra o dólar

A moeda única europeia transacciona em alta contra o dólar, estando nesta altura a apreciar ligeiros 0,06% para 1,1692 dólares. É o segundo dia seguido de ganhos do euro face à divisa norte-americana, face à qual negoceia no valor mais alto desde 11 de Julho.

 

Isto num momento de maior optimismo para o euro devido à perspectiva de ganhos decorrentes de uma relação comercial mais robusta com a China.

 

Juros da dívida com subida ligeira

O mercado da dívida soberana regista pequenas subidas depois de o abrandamento da economia chinesa ter colocado o foco dos investidores nas consequências nefastas da guerra comercial promovida pelos EUA.

 

A taxa de juro associada às obrigações de dívida portuguesa no prazo a 10 anos sobe 0,7 pontos base para 1,741%. Tendência idêntica à registada pelas "yields" da dívida italiana (cresce 0,8 pontos base para 2,559%) e espanhola (avança 0,5 pontos base para 1,268%). Por fim, as "bunds" germânicas acompanham a tendência com uma subida de 1 ponto base para 0,35%.

 

Petróleo recua com intenção de Riade de reforçar produção

O petróleo está a desvalorizar pelo segundo dia consecutivo numa fase em que a matéria-prima está a ser pressionada pela intenção demonstrada pela Arábia Saudita de promover um aumento na produção petrolífera. O Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e utilizado como valor de referência para as importações nacionais, perde 0,58% para 74,89 dólares por barril, e em Nova Iorque o West Texas Intermediate (WTI) recua 0,75% para 70,48 dólares.

 

Riade revelou mesmo estar disponível para fornecer crude extra a alguns dos principais clientes no âmbito do plano de aumento da produção. Perante os receios de que a guerra comercial provoque uma diminuição na procura de crude, os investidores aguardam por sinais da OPEP com vista a um aumento da produção capaz de compensar a redução na oferta provocada pelas sanções dos EUA ao Irão.

 

Ouro e prata recuam pelo segundo dia

O metal dourado está a desvalorizar pela segunda sessão consecutiva, estando o ouro a cair 0,13% para 1.242,74 dólares por onça. Também a prata cai ligeiros 0,04% para 15,8085 dólares, isto depois de a matéria-prima ter culminado na sexta-feira a quinta semana consecutiva a acumular saldos semanais negativos. Se também fechar a presente semana em queda, este será o pior ciclo de quedas desde 2015.

Estas quedas acontecem num momento em que os investidores aguardam o discurso previsto para o final desta semana do presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos, Jerome Powell, que deverá deixar indicações quanto ao rumo da política monetária da Fed e que deverá passar por dois novos aumentos dos juros até ao final deste ano.

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