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Abertura dos mercados: Bolsas e petróleo regressam às quedas com receios de abrandamento económico

As bolsas europeias não escapam ao sentimento negativo que ontem ganhou uma nova dimensão, depois de a Apple ter anunciado uma redução das previsões devido à procura inferior à prevista por parte da China. Os receios em torno do abrandamento económico estão a marcar a sessão.

Reuters
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Os mercados em números
PSI-20 desliza 0,45% para os 4.719,59 pontos
Stoxx 600 recua 0,63% para os 335,07 pontos
"Yield" a 10 anos de Portugal cede 0,4 pontos base para 1,717%
Euro aprecia 0,27% para 1,1374 dólares
Petróleo cai 1,58% para 54,04 dólares em Londres

Nuvem negra volta a atingir bolsas
Na sessão de ontem, a primeira do ano, as bolsas iniciaram a sessão em terreno negativo, mas depois inverteram. Na sessão desta quinta-feira, 3 de Janeiro, as bolsas voltam a arrancar no vermelho, registando quedas. O sentimento negativo volta a pesar na negociação com a chegada de uma nuvem negra chamada Apple

A tecnológica cortou as estimativas de receitas do quarto trimestre por causa do mercado chinês. Ontem tinham sido os sinais cada vez mais claros de desaceleração económica na China - a segunda maior economia do mundo - a pesar nos mercados. As bolsas chinesas fecharam em queda e as bolsas japonesas estão fechadas até sexta-feira. 

Os investidores têm-se afastado dos ativos de risco, o que está a beneficiar o ouro ou as obrigações soberanas. Acresce que estas primeiras sessões do ano têm registado baixa liquidez - cerca de 75% da média dos últimos 90 dias, segundo a Reuters - uma vez que muitos investidores mantêm-se de férias. 

As bolsas europeias estão a perder mais de meio por cento. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, recua 0,63% para os 335,07 pontos, penalizado principalmente pelo sector tecnológico que desvaloriza 2,5% influenciado pela Apple. 

Em Lisboa, o rumo é semelhante. Depois de três sessões de subidas, recuperando de mínimos de fevereiro de 2017, o PSI-20 abriu hoje em queda ao ceder 0,45% para os 4.719,59 pontos. A bolsa nacional está a ser penalizada principalmente pela Galp, num dia em que o petróleo volta a cair, e pelo BCP.

Juros seguem com ganhos ligeiros

As taxas de juro associadas à dívida dos principais países europeus estão a subir na generalidade dos mercados. A "yield" da dívida a 10 anos de Portugal está a avançar 0,4 pontos base para 1,717%. Já a taxa associada às obrigações alemãs está a avançar 0,3 pontos para 0,168%.

 

Iene sobe

A moeda japonesa está hoje em destaque face às principais divisas. O iene está mesmo a valorizar contra todas as 146 moedas seguidas pela Bloomberg. E tudo devido aos dados económicos que estão a elevar os receios em torno do crescimento económico. 

 

Petróleo cai com receios de abrandamento económico

Os receios em torno do abrandamento económico mundial estão a afetar a negociação do petróleo, com os preços da matéria-prima a voltarem a cair mais de 1,5%. Com menor crescimento haverá menor consumo de petróleo e dos seus derivados, o que justifica o comportamento nas bolsas. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a ceder 1,58% para 54,04 dólares.

 

Ouro sobe para máximos de seis meses

O ouro está a subir, beneficiando dos receios dos investidores em torno do crescimento económico mundial. A fuga ao risco está a aumentar as apostas neste metal precioso e a fazer com que o ouro suba 0,34% para 1.288,98 dólares por onça.

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