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Abertura dos mercados: Bolsas caem pela quarta sessão e petróleo sobe para máximos de um mês
As tensões geopolíticas continuam a pesar no sentimento dos investidores, quando o mercado já está em contagem decrescente para a reunião entre Trump e Xi Jinping. As bolsas descem, os juros sobem e o petróleo segue em máximos do final de maio.
Os mercados em números
PSI-20 desce 0,08% para 5.058,24 pontos
Stoxx 600 perde 0,37% para 381,97 pontos
Nikkei desvalorizou 0,51% para 21.086,59 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 0,2 pontos para 0,474%
Euro recua 0,02% para 1,1365 dólares
Petróleo em Londres sobe 1,28% para 65,88 dólares o barril
Bolsas europeias caem pela quarta sessão
As bolsas europeias estão a negociar em queda esta quarta-feira, 26 de junho, pela quarta sessão consecutiva, penalizadas pelas tensões entre os Estados Unidos e o Irão, que continuam a causar receios de uma escalada para um conflito militar.
Por outro lado, o mercado está expectante em relação à reunião entre Donald Trump e Xi Jinping agendada para este fim de semana, à margem da cimeira do G-20, e na qual os chefes de Estado poderão lançar as bases para um futuro acordo comercial.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, perde 0,37% para 381,97 pontos, numa altura em que só o setor do petróleo e gás segue com sinal positivo, a beneficiar da subida do petróleo.
Na bolsa nacional, o PSI-20 desce 0,08% para 5.058,24 pontos, pressionado sobretudo pela Jerónimo Martins e pela EDP Renováveis. A retalhista cai 0,84% para 14,12 euros e a EDP Renováveis desliza 0,67% para 8,94 euros.
Juros sobem após novos mínimos
Depois de terem atingido novos mínimos na sessão de ontem – a beneficiar da fuga ao risco dos investidores - os juros da dívida soberana dos países do euro estão a registar subidas ligeiras na sessão desta quarta-feira. Na Alemanha, a yield associada às obrigações a dez anos sobe 1,3 pontos para -0,321%, em Espanha avança 0,9 pontos para 0,383% e em Itália sobe 1,9 pontos para 2,176%. Em Portugal, os juros a dez nos quebraram ontem pela primeira vez a fasquia dos 0,5%, e é aí que permanecem esta quarta-feira, com uma subida de 0,2 pontos para 0,474%.
Dólar sobe pelo segundo dia
O índice que media evolução do dólar face às principais congéneres mundiais está a subir pela segunda sessão consecutiva, depois de ter sido fortemente penalizado na semana passada pela expectativa de que a Fed vai cortar os juros nos Estados Unidos. A subida ligeira da nota verde, na sessão de hoje, acontece apesar de o presidente da Reserva Federal ter voltado ontem a dar sinais nesse sentido, garantindo que "uma onça de prevenção é melhor do que uma libra de cura".
A moeda dos Estados Unidos sobe 0,07% enquanto o euro cai 0,02% para1,1365 dólares.
Petróleo em máximos de um mês
O petróleo está a negociar no valor mais alto desde o final de maio, impulsionado pelos dados do Instituto do Petróleo Americano, que dão conta de uma queda acima do esperado das reservas de crude dos Estados Unidos. Segundo os dados do Instituto, as reservas terão diminuído em 7,55 milhões de barris na semana passada, o que, a confirmar-se, foi a maior queda em mais de três meses. Os números da Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos serão revelados esta tarde.
Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, sobe 1,68% para 58,80 dólares, enquanto o Brent, transacionado em Londres, avança 1,28% para 65,88 dólares.
Ouro corrige de forte subida
O ouro segue com sinal negativo, depois das fortes subidas recentes que o levaram para máximos de mais de seis anos. Esta quarta-feira, o metal amarelo está a perder terreno, contrariando a evolução do dólar norte-americano. O ouro cai 0,82% para 1.411,72 dólares enquanto a prata desliza 0,44% para 15,3039 dólares.