Os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate soma 0,90% para 44,94 dólares por barril. E o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, avança 0,61% para 49,41 dólares por barril.

Apesar de a cotação do petróleo estar a subir, aliviando um pouco das quedas registadas, os preços do "ouro negro" estão a aproximar-se da maior série de quedas mensais em Londres, de acordo com a Bloomberg. Este comportamento tem lugar numa altura em que a produção de crude nos Estados Unidos é a mais elevada em mais de 30 anos e o mercado acredita que o excesso de petróleo nos mercados mundiais vai persistir.

A Arábia Saudita, o maior produtor de petróleo do mundo, já defendeu que não vai tomar medidas para equilibrar o mercado petrolífero "unilateralmente". Esta posição foi tomada nos últimos dias e depois de, na semana passada, o rei Abdullah ter morrido e Salman bin Abdulaziz Al Saud ter chegado ao poder. 

No último encontro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), realizado no final de Novembro de 2014, os estados-membros desta organização determinaram a manutenção da produção diária em 30 milhões de barris. Alguns membros deste organismo, que estavam já a sofrer as consequências da queda da cotação da matéria-prima, queriam uma diminuição da produção, o que poderia fazer com que os preços subissem, mas países como a Arábia Saudita não partilhavam dessa posição e a produção foi mantida.

"Temos assistido à construção de grandes reservas", afirmou à Bloomberg Torbjoern Kjus, analista da DNB ASA, em Oslo, Noruega. "O mercado continua a ter um excesso de oferta e as pessoas estão muito inseguras sobre o que vai acontecer. As pessoas tomaram consciência que a Arábia Saudita e a OPEP não vão intervir", acrescentou.