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Duas refinarias indianas suspendem compra de petróleo russo

A Índia tornou-se um importante comprador de petróleo russo, à medida que se foram intensificando as sanções de Bruxelas contra o Kremlin, na sequência da invasão russa à Ucrânia.

Riade diz não ter pressa em recuperar o milhão de barris/dia de corte adicional da sua quota de produção.
Karim Sahib/AFP
18 de Outubro de 2022 às 16:12
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As refinarias indianas Indian Oil e Bharat Petroleum suspenderam as compras de petróleo russo até que haja clareza sobre o pacote de sanções da União Europeia contra Moscovo, que entrará em vigor no próximo dia 5 de dezembro.

 

O novo pacote proíbe as seguradoras europeias de constituir apólices e prestar outros serviços ao comércio russo. Tanto a Indian Oil e Bharat Petroleum estão entre as refinarias públicas que compravam maiores volumes de crude russo até agora.

 

A Índia tornou-se um importante comprador de petróleo russo, à medida que se foram intensificando as sanções de Bruxelas contra o Kremlin, na sequência da invasão russa à Ucrânia.

 

Segundo a Bloomberg, as reservas das duas refinarias devem-se o facto de poderem surgir dificuldades de pagamento pela entrega dos barris de petróleo russo, assim como problemas relacionados com a localização dos navios.

 

Na compra de petróleo no mercado à vista – em que se aplicam estas situações – em que a compra e venda é instantânea, o risco é transmitido para o comprador, o que não acontece nos negócios com contratos a longo prazo de entrega, em que o risco até à mesma se mantém na esfera do vendedor.

 

Em princípio, a UE permite a prestação de serviços de europeus a compradores de petróleo russo, dispostos a adquirir o ouro negro até a um limite imposto pelas sanções, uma exceção que, de acordo com agência de informação norte-americana se deve ao "lobby do Tesouro dos EUA".

 

No entanto, este detalhe ainda não foi consagrado expressamente na legislação europeia e depende ainda que o teto máximo na compra de petróleo russo seja aprovado no âmbito do G7.

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