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Só ganhos mensais nos portefólios dos supermercados

Agosto foi simpático para os investidores e isso está reflectido no desempenho dos portefólios recomendados pelos bancos portugueses que mais fundos têm nas suas ofertas. A carteira agressiva do Deutsche Bank conseguiu valorizar-se quase...

03 de Setembro de 2009 às 10:00
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Agosto foi simpático para os investidores e isso está reflectido no desempenho dos portefólios recomendados pelos bancos portugueses que mais fundos têm nas suas ofertas. A carteira agressiva do Deutsche Bank conseguiu valorizar-se quase 3,5%, fruto da escalada das acções europeias e norte-americanas. Para o segundo mês, os analistas dos supermercados de fundos afinam só algumas estratégias, à espera de fortes ganhos.





Conheça o desempenho das oito carteiras de fundos

As Carteiras Prudentes
foram construídas para um prazo de investimento de três anos e são destinadas a aforradores conservadores que não aceitam perdas anuais superiores a 4%.

As Carteiras Agressivas
estão desenhadas para um prazo de investimento mínimo de cinco anos e com um limite de perdas anuais até 10%.


ActivoBank 7
Brasil ajuda

O Parvest Brazil valorizou-se 5% e levou a carteira agressiva atrás.

O ActivoBank7 continua a acreditar que a recuperação está para breve. "A evolução dos mercados financeiros no último mês não justifica nenhuma alteração às nossas carteiras quanto à sua composição e ao peso de cada um dos fundos, com a divulgação de dados macroeconómicos de algumas economias de referência a validar o que já havíamos dito no mês passado, ou seja, que estaremos perto do fim da recessão, embora com um longo período de convalescença pela frente", explica Rui Olo, da direcção de "marketing" do banco. Nas duas carteiras, os fundos UBS continuam a absorver metade dos activos e, logo, a serem decisivos para a evolução das estratégias. O UBS SF Yield (EUR) BG, presente no portefólio prudente, é composto maioritariamente por obrigações, enquanto o UBS SF Equity (EUR) BG, da carteira agressiva, tem mais 90% dos activos no mercado accionista.

Dois dos fundos virados para os mercados emergentes presentes na estratégia agressiva tiveram comportamentos díspares. Embora o peso dado pelo ActivoBank7 ao Parvest Brazil seja reduzido, o forte salto de 5% no último mês colocou-o entre os activos que mais contribuíram para o ganho de 1,87% do portefólio agressivo. Do lado oposto, o Skandia Pacific perdeu 0,47%. "Continuamos a acreditar que a região asiática (excluindo Japão) e Brasil poderão proporcionar as melhores retornos no mercado accionista", diz Rui Olo. Na estratégia conservadora, além do UBS SF Yield (EUR) BG, o Schroder Euro Corporate Bond B foi o que maior contribuinte para o desempenho mensal. "Mantemos a mesma visão para o mercado de dívida pública e privada em euros, aproveitando a relação favorável no binómio risco-rendibilidade", diz Rui Olo.



Banco Best
China penaliza

O portefólio agressivo ficou aquém devido à aposta no DWS Invest Chinese Equities.

Sem mexer nos pesos dos restantes, os especialistas da direcção de investimentos do Banco Best trocaram dois fundos: em substituição do Invesco Euro Corporate Bond entrou o BlackRock Euro Short Duration Bond e, em vez do JPMorgan Highbridge Statistical Market Neutral, optaram pelo Parvest Step 90 Euro Classic. "Com a primeira alteração, pretende-se diminuir o risco da carteira conservadora, pois o fundo Euro Short Duration Bond investe em obrigações de curto prazo com risco maioritariamente governamental", justificam. O produto da Invesco foi o que mais contribuiu para o avanço da estratégia conservadora do Banco Best, a par do fundo Parvest Europe Dividend, que selecciona acções com base na taxa de rendibilidade dos dividendos. "A segunda alteração foi efectuada por a 'performance' do fundo JPMorgan Highbridge Statistical Market Neutral ter sido inferior ao que era expectável e o Parvest Step 90 Euro Classic nos parecer uma alternativa mais interessante no momento actual", concluem. No último mês, o fundo da JPMorgan teve um desempenho negativo de 0,66%.

A aposta no mercado accionista chinês impediu a carteira agressiva de acompanhar o desempenho das estratégias dos restantes três bancos. O fundo DWS Invest Chinese Equities desvalorizou-se mais de 5% no último mês, mas os especialistas do Banco Best continuam optimistas em relação ao futuro sobre o potencial de crescimento económico da China. "As recentes quedas neste mercado accionista não parecem pôr em causa esta análise a longo prazo, sendo encaradas como uma correcção pontual depois da valorização registada nos últimos meses", justificam.



Banco BIG
Ligeiro ajuste

O banco afasta-se das obrigações de alto rendimento.

O Banco Big fez apenas uma pequena alteração à carteira conservadora: eliminou os 5% que tinha aplicado no mês passado no fundo CAAM Dynarbitrage High Yield e juntou-os ao que já tinha no Pictet Absolute Return Global Diversified, um produto que pretende render o equivalente às taxas de curto prazo mais 4%, embora tenha perdido mais de 5% no último ano. "Em termos de exposição, mantemos a nossa alocação diversificada entre diferentes prémios de risco e áreas geográficas", diz Rui Broega, director da gestão de activos do Banco Big. "O estreitamento dos 'spreads' de crédito continuou e foi mais intenso no segmento de dívida 'high yield'. A procura por este tipo de activos continuou a dominar o mercado neste último mês colocando uma pressão ao nível dos preços destes activos que poderá ter originado algum desajuste ao nível do prémio de risco exigido. Por isso, reduzimos a exposição e realocámos o investimento no reforço de uma estratégia de investimento mais diversificada e com maior dinamismo", explica.

Os portefólios desenhados pelo Banco Big floriram como o restante mercado. "Entrámos no Verão com os mercados financeiros a acompanharem a meteorologia característica desta época - subida de temperatura. Os mercados têm estado 'quentes' nas últimas semanas, continuando a transaccionar em máximos desde o período pós-falência da Lehman Brothers", declara Rui Broega. "A recuperação do mercado foi repentina, a recuperação económica não o será certamente", avisa o especialista.

De realçar que, no último mês, o fundo World Express World Equities DEH mudou a designação para Threadneedle World Equities DEH, mas a sua política de investimentos - seleccionar as melhores acções de todo o mundo - mantém-se.



Deutsche Bank
Boa aposta europeia

Graças ao fundo da BlackRock, a carteira agressiva sobe 3,46%.

Os analistas do centro de investimento do Deutsche Bank acertaram no alvo quando escolheram o fundo BlackRock European para representar as acções europeias nas carteiras prudente e agressiva. O fundo da BlackRock valorizou-se 6,73% desde a recomendação original, elevando o desempenho do primeiro mês do portefólio mais arriscado para 3,46%. "A publicação de resultados empresariais melhores do que o esperado, a melhoria do sector imobiliário, a normalização das condições de crédito e a perspectiva de uma recuperação económica relegaram para segundo plano a queda da confiança dos consumidores e o aumento do desemprego", explicam os especialistas do banco de origem alemã. No final do primeiro semestre da BlackRock, o fundo tinha uma forte exposição ao sector financeiro, como acções do Banco Santander, do HSBC e do Unicredito Italiano. "As participações de sucesso incluem o banco de investimento Crédit Suisse e os bancos Barclays, HSBC e Société Générale", comentou o gestor Nigel Bolton no último relatório do fundo.

As acções norte-americanas também desempenharam um papel importante na evolução da carteira agressiva, graças ao avanço do DWS US Equities, que se valorizou quase 2%. Os analistas do centro de investimento do Deutsche Bank acreditam que os portefólio traçados no mês passado estão bem preparados para para fazerem face às actuais condições de mercado, por isso não introduziram qualquer alteração. Assim, a carteira prudente continua a ser conduzida pelo Schroder Euro Short Term Bond e o portefólio mais arriscado mantém-se liderado pelo fundo DWS Invest US Equities.






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